Tavinho e Adriana deixaram João Otávio e um legado que jamais será esquecido
Os pais de .João Otávio o deixaram ainda menino, mas o ensinaram o suficiente para ele nos dizer que, é necessário que as pessoas sejam mais honestas entre si, e também respeitosas, um mundo onde o ódio seja ausente e o amor cada dia mais presente.
A vida prega peças que a gente, às vezes, não acredita, e, na vida, tanta coisa , incrível, acontece. Histórias se entrelaçam e são construídas por pessoas de cidades, estados, costumes, cores e culturas diferentes. Isso mesmo, assim aconteceu com o casal de professores que se conheceram em Piúma, namoraram, se casaram, se separaram, e, juntos tiveram um lindo filho. Os pais se foram com a mesma doença, deixando saudades incomensuráveis, e um legado para as próximas gerações.
“Vó Solange e vô João eram mineiros, depois que ele se aposentou, veio e construiu uma casa em Piúma, minha mãe quando tinha férias vinha pra Piúma. Eles se conheceram e começaram a namorar. Meu avô faleceu, meus pais estavam separados nesta época, não namoravam, ele foi dando total apoio para ela. Com o tempo eles foram voltando, porque pertenciam ao mesmo grupo de amigos, tinham isso em comum, foram se conhecendo melhor, até que teve um dia que meu pai pediu ela em casamento, algo bem natural. Minha mãe, no processo de mudança para cá , foi o conhecendo”, contou João Otavio, filho de Adriana e Tavinho.
Quem conheceu Otavio Freire, sabe. Sempre sensível, cordial, simpático, sempre elegante, era Tavinho, assim ficou imortalizado, o professor criador da “PipoKeira”. Nascido e criado em Piúma, tinha orgulho em dizer que era um cidadão piumense.
Sim, com muito orgulho, filho de Otaviano Freire e Maria Anita, com seus 52 anos de história, fez questão de sempre ser uma pessoa presente nos acontecimentos da sociedade. Tavinho foi professor, entretanto, a cultura ficou com a sua marca e a saudade dele, é sentida todo dia. Ele faleceu no dia 09 de outubro de 2018.
Tavinho, licenciado em Geografia e Artes, pós-graduado na PUC de Minas Gerais.
Na cidade onde viveu, além da sala de aula ,foi secretário de Cultura e Turismo, um dos fundadores da “Associação dos Artesãos de Piúma”, também desenvolveu o Projeto Mais Educação, do Governo Federal, na Escola José de Vargas Scherrer, fundador do “Arraiá da Pipokeira: – sua obra mais amada, entre outros papéis importantes.
Neto de Ramiro Rodrigues – artesão que primava com os carnavais da cidade, como contam os mais antigos. A criatividade de Otavio Freire também era primordial nos momentos culturais do município. Se dedicou à cultura, ao ambiente escolar, turismo e meio ambiente, independentemente de quem estava à frente do poder Executivo ou Legislativo, apenas na busca incessante de uma cidadania melhor.
E Adriana?
Adriana de Carvalho foi uma mineira que nasceu em 06 de setembro de 1965. Partiu foi no dia 13 de novembro do ano passado, e deixou a sua marca na Cidade de Piúma.
Formou-se em Direito, trabalhou com a moda e mudou-se para o município de Piúma-ES. Na “Cidade das Conchas”, formou-se em Letras, onde lecionou Inglês e Português e foi casada com Otavio Freire de Andrade, durante 14 anos, com quem teve seu filho João Otavio.
Adriana tornou-se uma cidadã piumense com orgulho. Durante seu trabalho na rede de ensino municipal e estadual, fazia o melhor para os seus alunos e colegas. Por amor, executou diversos projetos que integraram para a mudança da educação. De forma lúdica e responsável, fazia o melhor para os seus alunos, através de contos, dança, música e entre outros.
“Apesar de ser um pequeno jovem, os anos que estive com meus pais foram essenciais para o meu crescimento interno e externo. Me ensinaram a ter forças para enfrentar os desafios do dia a dia, obter uma boa conduta e ser respeitoso com as pessoas.
Após o falecimento dos dois, enxergo o mundo de outra forma. É necessário que as pessoas sejam entre si mais honestas e respeitosas, um mundo onde o ódio seja ausente e o amor cada dia mais presente. Hoje, tenho a certeza que tenho estrelas que torcem por mim, diretamente do céu, e são estrelas que jamais irão se apagar, mesmo nos dias difíceis”, ressaltou João Otavio o chamego de Adriana e Tavinho.
