SAÚDE: Assembleia celebra mês de conscientização sobre o diabetes

Fachada do Palácio Domingos Martins recebeu a luz azul, a pedido do deputado Gandini, para alertar sobre os riscos da doença, que pode atacar os rins, o coração e a visão, e até causar a morte  

Quando se fala em Novembro Azul, logo vem à cabeça a prevenção ao câncer de próstata, certo? Mas o que pouca gente sabe é que o mês de novembro também é dedicado à conscientização sobre o diabetes, doença que afeta cerca de 16 milhões de brasileiros, sendo 320 mil capixabas.

E para alertar a sociedade sobre a doença, o presidente da Frente Parlamentar para Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Diabetes, deputado estadual Fabrício Gandini (sem partido), fez o pedido ao presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (Podemos), para que o Palácio Domingos Martins fosse iluminado com a cor azul durante o mês de novembro.

A intenção do parlamentar é apoiar a campanha mundial em prol da conscientização sobre o diabetes, bem como ao Dia Mundial do Diabetes, comemorado no último dia 14. E o pedido foi prontamente aceito.  

“Quando completei 37 anos, descobri que era diabético. Travo uma guerra diária: preciso fazer dieta e exercício físico. Cortei o açúcar. É uma doença crônica e silenciosa que pode atacar os rins, o coração e a visão. A cicatrização é difícil. Conheço casos em que há necessidade até de amputação. Por isso, destaco a importância da prevenção com uma vida saudável”, declarou Gandini.  

Para garantir melhor qualidade de vida para os diabéticos, Gandini criou, por meio do Ato 1.245, de 24 de abril, a Frente Parlamentar para Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Diabetes, que tem como objetivo debater as ações de acompanhamento e implementação de políticas públicas que promovam a prevenção da doença e assistência integral à pessoa com diabetes.

O deputado garantiu que vai fazer a interlocução entre o poder público e as entidades porque há uma necessidade grande de formação para lidar com o diabetes.

“Não temos o número de especialistas suficientes. Então, é preciso dar formação para os que não são especialistas, mas que atendem na rede básica. Vou discutir com o governo do Estado o que pode ser melhorado no que se refere à falta de medicamentos, principalmente em apoio às crianças. As agulhas ainda são muito grossas! Isso tudo será discutido com a participação do Ministério Público, para que as compras sejam adequadas”, informou.

A pedido da Associação de Diabéticos do Espírito Santo e Amigos (Adies), Gandini ouviu as entidades, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e o Ministério Público sobre a eficiência do aparelho utilizado para medir os níveis de glicose no sangue, o glicosímetro.

“Podemos confiar nos glicosímetros entregues na rede pública?”. Com esse tema, a Frente realizou, em setembro, uma reunião para discutir o assunto, na Assembleia Legislativa.

O glicosímetro é um aparelho utilizado para medir os níveis de glicose no sangue, sendo principalmente utilizado por pessoas que possuem diabetes do tipo 1 e 2, já que permite saber quais os níveis de açúcar ao longo do dia, sendo útil no diagnóstico de hipo e hiperglicemia, além de ser importante para verificar a eficácia do tratamento contra a diabetes.

“Os glicosímetros estão causando muitos problemas aqui no Estado e também em todo o País. Já foi pedida a substituição imediata deste equipamento em vários estados. E nós queremos o mesmo aqui no Espírito Santo”, declarou a coordenadora da Associação de Diabéticos do ES, Lorena Bucher.

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