Escritora Bárbara Pérez lança obra em homenagem as mulheres capixabas
O lançamento deste livro não apenas celebra as histórias dessas mulheres, mas também marca um passo importante na direção de uma sociedade mais inclusiva e equitativa. Fotos: Divulgação
Obra “Mulheres Capixabas e suas Histórias” Celebra o Legado Feminino no Espírito Santo em Noite Memorável, em uma noite que entrelaçou cultura, história e emoção, o Sítio Histórico São Pedro do Itabapoana foi palco do lançamento da obra literária “Mulheres Capixabas e suas Histórias”, de Bárbara Pérez. O evento, realizado na sede da Academia Maria Antonieta Tatagiba, não só marcou a estreia da publicação, mas também prestou homenagem às mulheres que teceram o rico mosaico cultural do Espírito Santo com suas vidas, vivências, afazeres e lutas.
A homenagem a Maria Antonieta Tatagiba ressoou profundamente entre os presentes, reafirmando o propósito da obra em fazer ecoar as vozes dessas mulheres influentes pelas gerações. A realização do evento na sede da Academia Maria Antonieta Tatagiba serviu como um elo emocional e cultural, reforçando o impacto dessas narrativas na identidade capixaba.
A autora, Bárbara Pérez, capturou a atenção de todos com um discurso pungente, enfatizando a importância da obra como um canal de promoção da justiça social, igualdade de gênero e um veículo para a expressão de amor, empatia e solidariedade. “Mulheres Capixabas e suas Histórias” se destaca não apenas pelo conteúdo narrativo, mas como um reconhecimento da resiliência e influência transformadora das mulheres na sociedade capixaba.
O evento contou com a presença de figuras importantes do meio cultural e acadêmico, além de um público diversificado, demonstrando o amplo interesse e a relevância do tema abordado pela obra. Bárbara Pérez fez questão de homenagear Maria Antonieta Tatagiba, cujo legado serve de inspiração para a obra, sublinhando a conexão profunda entre a cultura capixaba e as histórias de mulheres extraordinárias.
A escolha da sede da Academia Maria Antonieta Tatagiba para o lançamento da obra não foi ao acaso, representando uma homenagem simbólica e reforçando o compromisso de fazer com que as vozes dessas mulheres reverberem pelas gerações. Bárbara Pérez expressou sua gratidão ao Doutor Pedro Antônio de Souza e aos demais membros da academia, cujo apoio foi fundamental para a realização do evento.
Bárbara Pérez, em seu tocante discurso, destacou a obra como uma plataforma de promoção para justiça social e igualdade de gênero, além de ser um veículo de amor, empatia e solidariedade. A escolha do mês de março para o lançamento do livro foi intencional e simbólica, coincidindo com o Dia Internacional da Mulher no dia 8, uma data emblemática na luta por direitos iguais, e o dia 13 de março, marcando a homenagem póstuma a Maria Antonieta Tatagiba, cuja partida precoce deixou um legado indelével na cultura capixaba. Pérez destacou que o objetivo da obra vai além da preservação da memória dessas mulheres marcantes; visa também provocar reflexões e diálogos sobre a igualdade de gênero e o papel essencial das mulheres na construção de uma sociedade mais justa.
Mulheres importantes desfilam nas páginas do livro, como Maria de Jesus em ‘As lavadeiras do Rio Muqui’, um clamor a justiça social, ‘As Parteira de Mimoso do Sul’, que traz as vivências dessas mulheres que se destaca, naquela época, a Dona Benedita, que por suas mãos trazia ao mundo as crianças do interior de Mimoso do Sul e inclusive da autora da obra.
Cada história é um tributo à identidade e ao legado das mulheres que, por meio de suas vivências, contribuíram para a história e cultura do Espírito Santo. Entre elas, Maria Laurinda Adão, que, em suas oito décadas de vida, é considerada uma das figuras mais importantes para a preservação das raízes e tradições do povo afrodescendente, autodefinindo-se como missionária, viajando pelo Brasil e pelo mundo para difundir a cultura que aprendeu na comunidade quilombola de Monte Alegre, em Cachoeiro de Itapemirim.
Portanto, o livro enaltece e celebra vivências e afazeres de vidas femininas de várias localidades, como Miralda, a andarilha que viveu em Marataízes, a Lendária Indígena Isis, que desempenha até os dias atuais, um chamamento às lendas que introduz no cenário de uma cidade o legado do seu nome. É valioso destacar estórias de mulheres de cenários fictícios, mas, com o propósito do legado para as futuras gerações.
Ao concluir, a autora agradeceu a presença de todos, compartilhando sua esperança de que o livro atue como um encontro para a reflexão e ação, inspirando cada um a valorizar e promover a igualdade de gênero em todos os aspectos da vida.
“Mulheres Capixabas e suas Histórias” é, portanto, mais do que uma obra literária; é um manifesto em honra ao espírito indomável das mulheres do Espírito Santo, um convite à reflexão sobre os desafios ainda enfrentados pelas mulheres e uma recordação do poder transformador que elas exercem na sociedade.
