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CAPARAÓ: Arranjos Produtivos chega a Anchieta e Alegre/ES

O programa é desenvolvido pela Assembleia Legislativa (Ales) em parceria com o governo do Estado e apoio de prefeituras e entidades

Entregas de mudas e capacitação marcaram mais uma etapa do projeto Arranjos Produtivos, desta vez nos municípios de Alegre e Anchieta/ES. O programa é desenvolvido pela Assembleia Legislativa (Ales) em parceria com o governo do Estado e apoio de prefeituras e entidades. Na quinta-feira (18), em Anchieta, cerca de 160 produtores cadastrados no projeto tiveram treinamento e receberam 10 mil mudas de pupunha.

A secretária da Casa dos Municípios da Ales, Joelma Costalonga, explicou que os agricultores do município também passarão por treinamento e receberão mudas para o cultivo de maracujá, mandioca e frutas cítricas, como laranja, limão e tangerina.

“Aqui vão entrar ainda mais três culturas junto da pupunha e, em seguida, a gente vai incentivando e trabalhando com eles a regularização das agroindústrias, aqui no caso eles já até têm algumas, a gente vai continuar ajudando a tocar essas agroindústrias e a implementar outras”, afirmou Joelma.

Agroindústria

O empresário e pequeno produtor do município, Leandro Mezadri, trabalha com o beneficiamento da pupunha. O empreendedor contou que não consegue aumentar a produção de sua agroindústria, que trabalha exclusivamente com a pupunha, pela falta de fornecedor. 

“É muito importante porque a gente hoje está beneficiando o produto e a gente está sem ter de quem comprar. A gente compra na região de Alfredo Chaves, Anchieta, Venda Nova, Iconha, mas como a gente está aqui em Anchieta, a gente prefere comprar com os produtores do nosso município. Por isso, a gente incentiva e agradece até a Assembleia, o governo do Estado, a prefeitura, por essa parceria que está nesse programa com a pupunha aqui no município”, disse Mezadri. 

“A empresa é nova, quatro anos de existência, a gente começou pequeno, no começo da pandemia. A nossa família mesmo que ia para a linha de produção, em torno de 100 peças por dia. Hoje a gente está esperando, a partir do ano que vem, de chegar até 600 peças por dia, 600 pés de palmito por dia para produção. E hoje a Conservas Cristal está praticamente no estado inteiro, bem massivo na Grande Vitória e no sul, praticamente todos os mercados encontram o nosso produto”, acrescentou o empresário.

Diversificação

Para a agricultora familiar Neusa Dadalto, de Anchieta, o programa é uma oportunidade para diversificar a produção em sua pequena propriedade. “Para nós é sempre bom, a gente não tem estudo, então a gente tem que ter uma pessoa para poder ensinar, incentivar, ajudar, doar as mudas também é muito importante pra gente. (…) A gente já trabalha um pouquinho com leite, um pouquinho com banana, café e agora vamos mexer também com a pupunha, para ter outras espécies, diversificar”, afirmou. 

No caso da pupunha, a agricultora também ressaltou a facilidade com o manejo em relação a outras culturas. “Então vamos tentar investir, já sabemos que é um cultivo que dá menos trabalho, eu acho que pra nós que estamos ficando meio cansados, não aguenta mais o peso, então pra nós é melhor pegar mais leve um pouquinho, acho que vai ficar bom”, opinou a produtora.

Alegre

No município de Alegre são 250 produtores cadastrados no projeto. Na manhã de quinta (18), os agricultores passaram por uma capacitação voltada para o cultivo do café. Serão doadas ainda este ano cerca de 500 mil mudas (400 mil de conilon e 100 mil de arábica). O engenheiro agrônomo da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), Eduardo Dias, foi o responsável pela parte prática da capacitação.

“Hoje a gente está fazendo a capacitação dos produtores que irão receber as mudas de café, tanto o conilon quanto o arábica. Foi uma palestra voltada para esses produtores, capacitando eles na questão da poda, da condução até a produção, e mostrando não só a parte teórica, mas também a parte prática”, explicou o profissional.

Além do café, os agricultores cadastrados receberão 7 mil mudas de goiaba, 20 mil mudas de maracujá, além de 30 toneladas de cana. “Esse treinamento vai ser feito para cada uma das culturas que estão no projeto, tanto para o café, quanto para a goiaba, a cana e o maracujá. Então, é realmente uma capacitação, e teremos também uma assistência técnica, acompanhando o cultivo depois”, complementou o engenheiro agrônomo.

O prefeito de Alegre, Nirrô (PP), aposta no fortalecimento da cadeia produtiva no município. “Alegre, na década de 20, nos anos 1920, 1930, foi um dos mais prósperos do estado do Espírito Santo na produção cafeeira e, ao longo dos anos, vem perdendo essa pujança na produção do café. Esse projeto vem culminar com as ações que nós estamos desenvolvendo no governo municipal, com o fortalecimento da cadeia produtiva”, avaliou. 

“Entendemos que, através das boas práticas, da conscientização, da capacitação dos nossos produtores, nós vamos conseguir no médio e curto espaço de tempo, retomar o desenvolvimento da nossa região, do município de Alegre, e assim, novamente, colocar o município de Alegre como um dos maiores produtores de café da região do Caparaó, quem sabe, do Estado”, finalizou o prefeito. 

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