Bandido rouba pistola de policial civil, dentro da delegacia, atira na coxa do agente, troca tiros com a PM e acaba morto, em Itapemirim

Ruan é de Iconha, havia furtado um celular, quando era levado à cela, na Delegacia, para aguardar a condução ao CDP. Entrou em luta corporal, pegou a pistola do policial civil, atirou contra o agente, fugiu, trocou tiros com a PM, e acabou morto. Uma cena de filme de ação que assustou a pacata Vila.

Ruan entrou em luta corporal com o policial civil dentro da Delegacia de Itapemirim – Foto: Luciana Maximo
Ruan teria entrado entrado em luta corporal com o policial, acabou morto na troca e tiros com os policiais – Foto/ divulgação

Bandido rouba pistola de policial civil, dentro da delegacia, atira na coxa do agente, troca tiros com a PM e acaba morto, em Itapemirim. Ruan é de Iconha, havia furtado um celular. Quando era levado à cela, na Delegacia, para aguardar a condução ao CDP, entrou em luta corporal, pegou a pistola do policial civil, atirou contra o agente, fugiu, trocou tiros com a PM e acabou morto. Uma cena de filme de ação que assustou a pacata Vila. Um policial civil acabou baleado, na perna, na manhã deste domingo (14), após ter a própria arma, uma pistola .40, roubada pelo detido Ruan Gomes, 20 anos, que chegava na 9ª Regional da Delegacia da Polícia Civil, em tapemirim. Ruan era suspeito de ter furtado um celular em Iconha. O bandido ainda tentou balear outros agentes e entrar em uma casa, mas acabou morto na troca de tiros. De acordo com informações do delegado plantonista, Thiago Viana, a Polícia Militar – PM havia detido o suspeito em Iconha. No momento em que o homem percebeu que seria encaminhado para a cela da delegacia, entrou em luta corporal com o policial civil que estava recebendo a ocorrência e com o policial militar que a entregava. O detido, que estava sem algemas, roubou a arma do policial civil e efetuou um disparo, que atingiu a perna do mesmo, e empreendeu fuga, trocando tiros com os militares. “Opolicial civil foi atingido por um disparo no fêmur, que provocou uma fratura. Ele foi socorrido para a UPA de Marataízes e depois, transferido para a Unimed, em Cachoeiro de Itapemirim, para ser submetido à cirurgia. Ele está bem”, frisou o delegado. Após balear o policial civil, Ruan saiu correndo pelas ruas próximas à delegacia. Houve troca de tiros e os moradores ficaram assustados. Pelo menos cinco disparos atingiram o prédio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que fica em frente à Delegacia de Itapemirim. Policiais civis, militares, Guarda Civil Municipal, além de policiais de folga, foram acionados para capturar o criminoso. Três agentes da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) estavam de folga, e também atuaram no cerco ao fugitivo. Novo confronto, foi solicitado apoio, imediatamente, por policiais militares, agentes da Guarda Municipal de Itapemirim e da Secretaria de Justiça, além de policiais de folga.
O criminoso foi alcançado mais à frente. Ao ser detido, ele estava baleado, e foi socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento de Marataízes, onde evoluiu a óbito.A pistola do policial foi apreendida. Informações de um policial militar dão conta de que, Ruan, já tentou, em outra oportunidade fazer o mesmo que fez na Delegacia de Itapemirim, inclusive, entrando em luta corporal com o policial. Ele tem um extenso curriculum na vida do crime, passagens por tráfico de drogas, furtos e crimes relacionados à Lei Maria da Penha.O corpo do suspeito foi encaminhado ao Serviço Médico Legal – SML de Cachoeiro de Itapemirim, onde será necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares.

Muitos tiros – foto Tairone Brasil

Preso ou morto

A Perícia da PC recolheu diversas capsulas de pistolas. Foto/ Luciana Maximo

O comandante da 9ª Cia Ind., Major Nério, também falou com a Reportagem, disse que o desfecho foi o esperado para um criminoso que faz o que Ruan fez. “Preso ou morto, este terminou morto. Houve notícias lá dele ter enfrentado mais policiais na hora da fuga, não foi só o que ele atingiu. Deus ajudou que não houvesse mais policiais feridos na hora, dada a circunstância. Durante as buscas, a gente não sabe ao certo em qual momento, devido a reação agressiva dele, houve um disparo que acertou nele. Houve um confronto. Foi uma situação muito dinâmica, envolveu muitos policiais para ajudar no cerco, no final das contas, a gente vai apurar, e a Polícia Civil também, para tentar verificar, depois, se é possível identificar o autor deste disparo que teria levado este indivíduo à morte”, salientou o major.  O criminoso, na hora da fuga, depois de atirar no policial civil, dentro da delegacia, enfrentou também o policial militar da Força Tática, Aguilar, e uma outra agente. “Neste momento houve uma troca de tiros entre eles, e o cara conseguiu entrar em luta corporal com Aguilar e se evadir do local”, disse.O criminoso, segundo o major, tinha disposição para matar ou morrer, efetuando disparos dentro da delegacia. “A gente não pode dizer qual momento exato que ele foi alvejado, mas a gente sabe que ele também usou uma arma e efetuou disparos. Houve um confronto, nesta dinâmica do confronto, ele morreu”. Deixou claro o comandante da 9ªCia que, as polícias estão sempre buscando neutralizar este tipo de reação, na forma da lei, mas do jeito que for preciso, seja, colocando o individuo atrás das grades, ou com o infeliz desfecho de óbito de indivíduos que agem de forma tão agressiva e, levando perigo de morte a policiais ou a qualquer outro cidadão. Destacou o comandante que, o criminoso poderia ter acertado um cidadão que estivesse dentro da delegacia, para registrar um fato, ou acertado uma criança na rua, ou qualquer pessoa que não tinha nada a ver com a vida pregressa dele. “O melhor conselho é não entrar para a vida do crime, e, se preso, agir de forma a respeitar as ordens policiais e a lei. Se ele tivesse feito isso, nada tinha acontecido, ele estaria vivo e preso para responder pelos crimes dele. A polícia agiu nos limites da lei, tanto que ele estava sendo entregue dentro de uma delegacia da Polícia Civil”.   

Moradores assustados

O fato assustou os moradores da Vila. Foto: Tairone Brasil
Cinco tiros atingiram o prédio da Secretaria de Meio Ambiente de Itapemirim- foto/ Luciana Maximo

A Reportagem do Jornal foi até à delegacia de Itapemirim para mais detalhes, e acompanhou os trabalhos da Perícia Criminal que recolheu diversas cápsulas deflagradas nas ruas, e próximo à sede da Civil. Os moradores, ao lado da delegacia, estavam todos assustados com a cena, uma vez que, Ruan disparou diversas vezes contra os policiais que revidaram.O servidor público, Tairone Porto Brasil, reside bem ao lado da delegacia, ele disse que foi assustador. “Foram muitos tiros. Aqui no entorno, várias pessoas saíram de casa, depois que acabou o tiroteio, para ver o que tinha acontecido, e ficamos sabendo que o rapaz pegou uma arma lá dentro, atirou em alguém e tinha fugido. Foi quando juntaram muitas pessoas para ver o quê tinha acontecido. Os policiais saíram socorrendo o agente ferido e outros foram atrás do fugitivo. Ficamos assustados, não é algo comum. Estávamos todos reunidos, para a hora do almoço, foi muito tiro”, frisou o servidor público. Eduardo da Silva Araújo, também servidor público, disse ao jornal que nasceu e cresceu ao lado da Delegacia, e nunca havia presenciado uma cena igual à vivida neste domingo. “Ficamos apavorados, a gente nunca viu isso, de repente aquele monte de viaturas chegando, sirenes ligadas, parecia coisa de cidade grande, parecia um filme e ação. A gente nunca viu isso aqui, uma cidade pacata. E estávamos todos nos preparando para o almoço com as mães”, afirmou Eduardo.

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