Piúma: Idoso espera por um diagnóstico desde agosto, já não se alimenta, não fala e não anda

O caso é de urgência, não pode esperar mais. Seu Sebastião está definhando e morrendo de fome, na cama. Ele mora no bairro Céu Azul.

Seu Sebastião já fez o exame, agora precisa de um otorrinolaringologista para olhar e dar o diagnóstico – Fotos/ Luciana Maximo

O Jornal “Espírito Santo Notícias” recebeu nesta terça-feira, 19, um apelo da aposentada Diná de Araújo Ferreira, 68 anos, residente no bairro Céu Azul, em Piúma.

Ela contou que o irmão, Sebastião Sérgio da Silva, 83 anos, é acamado e está precisando de um diagnóstico médico para começar um tratamento de uma doença que está tirando dele a voz, e o mesmo já não consegue mais comer. Fraco, ele não anda mais sozinho. Qualquer sopinha, sai pelo nariz.

Dona Diná disse que todas as portas foram fechadas para ela e por isso apelou para o jornal. Entretanto, coube ao jornal averiguar a informação.

O idoso aguardava o exame desde agosto, a doença se agravou mais

Ao Jornal coube o papel de apurar e buscar a solução para o problema. A reportagem entrou em contato com o Centro de Especialidades, o secretário de Saúde e também com a Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo.

O aposentado não anda, mora sozinho e não se alimenta mais.

O Centro de Especialidades informou que o pedido do exame está no sistema, e o mesmo é ofertado pelo Estado. Informou também que, mesmo a dona Diná estando com o exame já realizado particular, ela precisa dar entrada na Unidade de Saúde do bairro, para que o médico regulador possa incluir no sistema. Mas, a dona Diná disse que foi na unidade do Céu Azul e lá a informaram que não havia médico, pois o mesmo estava saindo para “tirar uns dias”.

O secretário de Saúde disse que, na Unidade, mesmo que saia um médico, haverá outro para substituir. Ele se colocou à disposição.

O laudo do exame

Na Unidade de Saúde do Céu Azul a informação é que, dona Diná esteve nesta terça, 19, no momento o coordenador e o médico estavam em uma reunião fora do posto. A recepcionista, segundo o coordenador teria informado a dona Diná que ela poderia voltar nesta quarta-feira, 20, ou deixar os documentos com ela que seriam repassados a ele. Porém, a usuária estava um pouco nervosa e queria o atendimento imediato.

O coordenador garantiu falou nesta manhã com o jornal que iria a casa do paciente fazer uma visita domiciliar e pegar o exame para dar andamento. E realmente foi a casa do seu Sebastião, pegou os documentos e iria providenciar ainda nesta quarta a regulação.

Sesa

O jornal encaminhou uma demanda à Secretaria Estadual de Saúde questionando a demora na realização do exame, que era de urgência, e acabou sendo feito particular. Em tempo solicitou que deem a máxima atenção ao caso do seu Sebastião.

E quanto ao Estado, a consulta com o otorrinolaringologista não ocorre, nós pedimos a um médico com esta especialidade que se coloque à disposição para analisar o laudo do exame e passe um tratamento para seu Sebastião. Todo cidadão merece ter dignidade e a saúde é um dever do Estado, segundo Constituição Federal.

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