OPINIÃO: “Mamãe me ajuda…Tomem vergonha na cara, vereadores”

O texto é de opinião e traz trechos do discurso da vereadora de Rio Novo do Sul. Não tive coragem de repetir nem uma frase das falas recheadas de falácias e fake news “dos nobres edis”, fiquei com vergonha.

Maldosos, mentirosos e hipócritas, todos estes adjetivos são poucos para os senhores vereadores da Câmara de Rio do Sul. Em especial, os que compõem a Comissão Permanente de Finanças, Economia, Orçamento, Fiscalização e Controle. Mentirosos, sim! Usaram de fake news para tentar ludibriar a população menos esclarecida da cidade. Na verdade, jogaram pra galera, como dizem, insinuaram que o projeto 15/23, de autoria da vereadora Márcia Bortoloti, para crianças, nas escolas. Crianças de seis, sete e oito anos. Ou, como disse um dos três, o mais nervosinho, atiçaria a curiosidade de crianças de 5, ou 6 anos a querer fazer sexo. Pára!
Oportunismo tem limite e cara de pau também. Em momento nenhum, lendo o projeto na íntegra, há a insinuação de ENSINAR SEXO A CRIANÇAS. Maldosos! Usam de discursos hipócritas e moralistas para enganar pessoas simples e os babacas que ficam a bajular os senhores. Não cola mais!
A cara nem queima! Um vidro de óleo de peroba é pouco para tanta cara de pau, pseudos excelências! … “Eu preciso falar da mentira que trouxeram para esta tribuna, da fake News dizendo que eu fiz um projeto para crianças de 06 a 08 anos, tomam vergonha na cara, pelo amor de Deus! Se vocês não se sentem capazes, aprendam pelo menos a ler. A LER! A saber o que é concordância. O projeto dialoga sobre a importância de instituir UMA SEMANA DE PREVENÇÃO SOBRE A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA, vereador”, enfatizou a vereadora proponente do projeto.
Claro que rejeitariam o projeto, onde iriam usar seus discursos vazios e cheios de clichês. Sugeriam até que levem pastores e padres para ensinar a bíblia nas escolas, menos, oportunizar que o Ministério Público ou a Assistência Social, quem sabe a própria educação/ instituições religiosas pudessem disseminar informações sobre gravidez na adolescência, para adolescentes.

Eu quase passei mal assistindo, online, o teatro dos vereadores. Como eles distorcem, como eles não têm nem um pingo de vergonha na cara de serem tão ridículos.
A vereadora que propõe instituir uma semana de prevenção à gravidez na adolescência, foi enfática: “Nós temos 10 adolescentes grávidas no nosso município e vocês vem dizer que isto é problema do Estado! Mamãe me ajuda… Isso é problema de Rio Novo do Sul! Isso é problema do nosso município! São meninas do nosso município, que espero, em Deus, que não votem nestes vereadores porque eles não estão aí pra vocês. Sabe o que eles dizem? Problema do Estado”, indignou-se, na Tribuna, a vereadora Márcia.
Ainda no seu discurso, à flor da pele, Bortoloti afirma que o governador, sensível aos problemas sociais do Estado, certamente, através da Secretaria de Educação, estará olhando pelo município frente a esta realidade.
O projeto não cita crianças, trata de adolescentes. E, mais indignada ficou a vereadora com o que soube, ontem. “Que nós temos uma criança grávida no Bodart. Eu choro. Isso é repugnante, e a secretária vem falar um negócio deste para vocês, vereadores?”.
Em tempo, solicitou ao presidente da casa que enviasse um ofício à Secretária Municipal de Educação para averiguar se, de fato, é verdade, e seja encaminhada uma cópia para o Conselho Tutelar e para o Ministério Público, porque se há uma criança de 11 anos ou adolescente grávida, é um caso de estupro. Está no Código Penal e precisa ser apurado. “É isso que a gente vê. Ninguém está aqui querendo ensinar sexo para crianças, até porque, nem adolescente é para fazer sexo, mas a gente sabe que se tem começado a atividade sexual muito cedo, infelizmente, nós temos uma iniciação sexual precoce. Não é isso que a gente quer para o filho da gente. eles não têm nem maturidade para isso. No meu projeto falo sobre a importância da prevenção. A prevenção não é para ensinar sexo às crianças, uma semana de prevenção abrange a todos, pastores, religiosos, psicólogos, Ministério Público; todas as pessoas capazes de tratar do assunto”.
E quem não se lembra do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD), não é vereador Hélio? Será que o Proedes ensinava as crianças a usar drogas? A vereadora se volta ao vereador a pergunta. “O senhor já foi do Proerd. O senhor estava ensinando criança usar drogas, ou o senhor estava ensinado a eles os problemas trazidos pelo uso da droga? A semana da prevenção de prevenção é uma semana de sensibilização e conscientização das consequências e dos perigos da gravidez. Nós não precisamos de adolescentes grávidas. Nós precisamos de adolescentes na escola, estudando. Nós não precisamos de adolescentes iniciando atividade sexual cedo. Não podemos aceitar, mas também nós não podemos fechar os olhos para o que acontece dentro do nosso município. Eu vou implorar aos nossos vereadores para tirem a venda dos olhos de vossas excelências! Tirem as vendas! Eu tenho duas filhas mulheres, a gente tem de parar de pensar no próprio umbigo. Ninguém aqui está falando em levar uma semana de prevenção para crianças, fizemos uma emenda ao projeto para deixar bem claro, acima de 12 anos. Nós temos pessoas no Bodart sim, e com 12 anos. Nós temos uma menina grávida, quem sabe o que aconteceu com esta criança? Eu quero presidente, que seja encaminhado, com urgência, um oficio para averiguar a veracidade destes fatos. Se de fato é verdade, se a escola já tomou uma providência, quero que seja encaminhado ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público, porque no mínimo é um caso de estupro”.

Riscos da gravidez na adolescência

Foto ilustrativa/ Divulgação


A gravidez na adolescência é sempre considerada uma gravidez de risco, já que a adolescente nem sempre está preparada, fisicamente, para a gestação, o que pode representar risco tanto para a menina quanto para o bebê. Os principais riscos da gravidez na adolescência são:
• Pré-eclâmpsia e eclâmpsia;
• Parto prematuro;
• Bebê com baixo peso ou subnutrido;
• Complicações no parto, que pode levar à uma cesária;
• Infecção urinária ou vaginal;
• Aborto espontâneo;
• Alterações no desenvolvimento do bebê;
• Má formação fetal;
• Anemia.

Além disso, a gravidez na adolescência aumenta o risco de óbito da gestante, além do risco de depressão pós-parto e rejeição ao bebê.
Além da idade, o peso da adolescente também pode significar um risco, já que uma adolescente que pesa menos de 45 quilos apresenta maiores chances de gerar um bebê pequeno para a idade gestacional.
A obesidade também representa um risco, pois aumenta o risco de diabetes e de hipertensão arterial durante a gravidez. Se a altura da adolescente for inferior a 1,60 cm, ocorre uma maior probabilidade de ter um quadril pequeno, o que aumenta as chances de trabalho de parto prematuro e de dar à luz a um bebê muito pequeno por atraso de crescimento intrauterino. Saiba quais são as consequências da gravidez na adolescência.

Fonte: tuasaude.com

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