Luciana Maximo – 20 anos de jornalismo

A jornalista, editora e fundadora do Jornal Espírito Santo Notícias, Luciana Maximo relembra o primeiro texto escrito e publicado no Jornal Folha do ES há 20 anos.

No dia 12 de março de 1999 faleceu na UTI do Hospital Evangélico, de Cachoeiro de Itapemirim Claudiceia Maximo Sedano de Oliveira, minha irmã. Exatamente no dia em que houve um blecaute de energia em toda região sudeste. Ela faleceu poucos minutos depois da meia noite, logo após o blecaute. Ela e mais duas pessoas.

O fato inspirou a produção do primeiro texto, Vidas X Máquinas, publicado no Jornal Folha do ES.

Após o primeiro texto veiculado na Carta do Leitor, Luciana foi estagiar no jornal. Começou na editoria de Polícia. Acabou trabalhando na Folha durante sete anos, sempre escrevendo as tragédias do cotidiano.

Na noite em que ela partia, o gerador de energia não funcionou, ela estava lutando contra uma leucemia. A falta de energia e a falta de um gerador que funcionasse foi a causa antecipada de sua morte e de mais duas pessoas.

“Este fato motivou a escrita do meu primeiro texto que veiculei no jornal Folha do ES, foi o trampolim para eu entrar para o universo jornalístico.

O texto repercutiu, e de lá pra cá, nunca mais fiquei sabendo que ocorrera novamente o problema. Descobri há 20 anos, exatos, a força que tem um texto.

Vidas X Máquinas possui muitos erros, era imaturo, mas ele tocou quem precisava ser tocado na época. E lá atrás, como eu dizia, não era indenização que eu queria, nunca foi, nem buscamos este caminho, era mais respeito para com as vidas.

Hoje eu comemoro os 20 anos de jornalismo, lembrando de um episódio muito triste, a morte da minha irmã.

Obrigada Jackson Rangel pelo espaço, por ter me ensinado a ser repórter, a apurar uma notícia e melhorar o meu texto. Obrigada Folha do Espírito Santo. Obrigada Rosangela Venturi, na época minha professora de Literatura Latina quem me incentivou buscar o jornalismo. Obrigada Wagner Santos, meu ex-editor, obrigada Bruno Castilho, Tiago Rocha, Roney Moraes e tantos outros editores que me ajustaram na marra”.

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