INTROMISSÃO: tentou matar o assassino e acabou assassinado no portão de casa, em Marobá, Kennedy
Após a discussão, por causa de uma câmera, Joemar foi tirar satisfação, levou um soco. Foi em casa e pegou o 22, foi recebido a bala, mas a arma mascou, acabou morto Ednardo que apertou o gatillho primeiro, no portão de casa, em Marobá.
Um crime com roteiro de filme de ação, ocorreu às 00h00 do dia 25, na noite de Natal, nas Casinhas populares, lá na pacata Marobá, em Presidente Kennedy. A vítima, colocou uma câmera em sua casa, virada para casa do vizinho, que foi tirar satisfação com ele. O clima esquentou e, acabou na morte do mestre de obras, Ednardo da Silva Moreira, 41 anos. Ele que também era traficante. Foi morto no portão de casa, com vários tiros de um revólver calibre 22.
O algoz, confessou o crime, o pedreiro, Joemar Benevides Correa Silva, 38 anos, vizinho de Ednardo. Além de contar os detalhes ao delegado, dr. Thiago Vianna, na Delegacia da Polícia Civil em Kennedy, levou com ele a arma do crime. Se entregou.
O enredo é o seguinte: Ednardo, a vítima, segundo o delegado era traficante pesado, inclusive a Força Tática da Polícia Militar apreendeu em sua casa, na mesma fatídica noite do crime, 312 pinos de cocaína, 19 munições de calibre 22 intactas e 14 munições de calibre 38.
Joemar, residia ao lado da casa de Ednardo, ele tinha uma espingarda 22 de caça – aquela espingarda 22 de pressão adaptada para caça.
Ednardo colocou uma câmera em frente a casa dele e a virou para o lado da casa do Joemar. A mulher do Joemar e a esposa do Ednardo já se “arranhavam”. E o tráfico rolava solto.
Joemar e Ednardo, como contou o dr. delegado, se cumprimentavam, mas não tinham amizade nenhuma. No final do dia de natal, Joemar foi falar com Ednardo: “tem uma câmera aí virada para nossa casa”. E Ednardo tentou negar, disse que a câmera não estava virada para a casa de Joemar e estava desligada. Joemar afirmou que estava ligada, que tinha uma foto de uma luzinha acesa na câmera. Momento em que Ednardo disparou um soco em Joemar.
Acreditando que Ednardo poderia atirar nele, Joemar não revidou o soco, foi para casa e pegou o revólver 22 que tinha. E a arma de Ednardo estava dentro da casa dele.
Ao voltar a casa de Ednardo já com o revólver 22 na mão, Ednardo pegou o revólver calibre 38 e fez o disparo, entretanto, a arma mascou e a munição agarrou dentro do cano, não atingiu a mulher do Joemar. Momento em que Joemar gritou: “ele está atirando em mim. Está atirando em mim”!
Imediatamente, Joemar com o 22 na mão mandou para cima de Ednardo. E a vítima, neste caso, Ednardo com a arma não sem conseguir atirar, com a munição agarrada no cano e, Joemar atirou até ele cair morto. O Samu foi lá e constatou o óbito. Depois a Perícia que removeu o cadáver ao Serviço Médico Legal – SML, DE Cachoeiro de Itapemirim, para ser necropsiado.
Metidinho / Intrometido
Detalhou o delegado que, quando Ednardo caiu morto, Rosana- esposa da vítima gritou: “pega arma. O Metidinho, vagabundo aqui de Kennedy, ladrão furtou a arma do Ednardo”.
Nesta terça, 26, Joemar foi a Delegacia da cidade, se apresentou e entregou a arma usada na morte de Ednardo, oportunamente, contou ao delegado o que aconteceu, na versão dele.
As testemunhas também foram ouvidas e relataram versão semelhante. Joemar disse que não tinha mais munição e se colocou à disposição da autoridade policial. “Como ele se apresentou, eu não pedi a prisão”, ressaltou o delegado.
Nesta quarta, a Polícia Civil – PC saiu à caça de Metidinho, conseguiu localizá-lo. Na casa dele há uma obra parada e a arma estava escondida, embaixo de uma pedra, na varanda. Medinho foi levado à delegacia e foi autuado por ter furtado a arma, a mesma que está raspada. “Vamos seguir ouvindo testemunhas no inquérito da morte. Até o momento a linha de investigação é de legítima defesa, tudo casa com o que as testemunhas falaram. A esposa do Ednardo, a Rosana, falou que ouviu a discussão por causa da câmera, depois ouviu o tiro e logo viu Ednardo caído. Preso foi só Metidinho, que na semana passada havia furtado duas bicicletas”, detalhou o delegado de Presidente Kennedy, Dr. Thiago Vianna.
