Iconha vive o maior pesadelo da sua existência, deve perder 400 empregos

No meio da tragédia, solidariedade, politicagem, oportunismo e muita dor

Casas estão condenadas

ICONHA vive um pesadelo que parece não ter fim e pelo que falam por lá, é o maior da sua existência. Não pela quantidade de vítimas fatais, que até o momento, registra três mortos e alguns desaparecidos.

Segunda-feira triste só o barulho das máquinas

A tragédia que lambeu a cidade, sexta-feira, 17, a mesma que viu o seu rio transbordar e carregar tudo pela frente acorda nesta segunda-feira, 20 ainda suja de lama. Está vazia, só o barulho das máquinas e dos caminhões e a tristeza nos olhos do povo.

Não tem nada no centro, tudo vazio

O seu comércio, do centro e das comunidades a margem do rio, de portas entreabertas e fechadas, sem um funcionário atendendo um cliente. Não sobrou nada para vender, nem para comprar.

Rua Muniz Freire todos os comércios perderam tudo

As casas atingidas na parte baixa da cidade, perderam mesmo tudo. Bancos, câmara, cartório, farmácias, lojas, barbearias, funerária, casa de ração, supermercados, lojas de sapatos, joalherias, casas de peças, concessionárias, bares, restaurantes, padarias, floriculturas, não tem mais nada, o Centro Cultural perdeu a sua memória, a Praça foi destruída, os postos de combustível, os carros foram levados. E tudo acabou…

Pelo menos 400 pessoas perderam os empregos

Estima-se que pelo menos 400 empregos se percam e dezenas de comércios correm o risco de não mais existirem. Os proprietários não têm dinheiro para reconstruir, estão tristes, desanimados, desolados.

DEVASTAÇÃO

Os comerciantes investiram nas compras de fim de ano, no estoque, e nem começaram a pagar as primeiras parcelas. O prejuízo é incalculável. “Os comércios ao longo da Rua Muniz Freire (rua de acesso ao Fórum) com a Avenida Coronel Antônio Duarte (Av. do Bancos) perderam tudo, tudo. 100% dos associados da Associação Comercial e Industrial de Iconha – Acinic foram atingidos. Não tem loja, não tem posto, não tem comércio, não tem emprego, não tem dinheiro circulando na cidade. Sobrou uma loja no Centro, a Bamba Rio que se mudou para o andar de cima recentemente. 20 lojas deverão não abrir mais as portas. Os bancos acabaram todos. Fico triste pelo número de desemprego que vai gerar na cidade. Tive um prejuízo na minha loja de mais de R$700 mil. Ano passado fiz um balanço, tínhamos R$740 mil em mercadorias, mas eu comprei mais para as vendas de final de ano e nem comecei a pagar ainda. Terei de pedir prazo aos fornecedores. Reconstruir no meio da lama com a população desempregada é muito difícil. Moro há 20 anos aqui e nunca vi nada parecido. Agradeço a Deus por ter nos poupado a vida. Parece que fomos bombardeados e ficamos embaixo da lama”, ressaltou o vice-prefeito de Iconha, Mauri Assis Monteiro, proprietário de duas lojas na cidade.  

Três concessionárias na cidade, duas delas tiveram todos os carros atingidos, um prejuízo a perder de vista.

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