Gaymada está confirmada para domingo, e o Trans Fashion foi adiado para o carnaval, em Piúma

Dentro da programação da II Quinzena da Visibilidade Trans, o diretório do Coletivo Fepnes Piúma confirma a “I Gaymada Itinerante” mingo e o Desfile “Trans Fashion” foiadiado.

Está confirmadíssima a “1ª Gaymada Itinerante” domingo, 29, às 15h00, no Campinho de areia do Complexo “Willian Damasceno”, em Piúma, no início da Praia, próximo ao portal da Ilha do Gambá. Todos, todas e todes estão sendo convidados para este evento que é proposto pelo Coletivo de Fortalecimento e Empoderamento da População Negra + Diversidade do Sul do Espírito Santo – FEPNES – Núcleo de Piúma com o Conselho Estadual LGBT+ e a Secretaria de Estado de Direitos Humanos. A “Gaymada” promete sacudir a praia, muita gente bonita está de malas prontas para a “Cidade das Conchas”, fora as que já estão pelas bandas de cá. A atividade ocorre em comemoração ao “Dia Nacional da Visibilidade Trans”.
O desfile “Trans Fashion” foi adiado para o carnaval. Como estava já em cima da hora, não houve tempo hábil para que o Coletivo pudesse inserir o desfile na programação, já divulgada, da Prefeitura.
O prefeito de Piúma, Paulo Cola, se colocou à disposição para tornar o evento badalado no carnaval, e disse que, além de apoiar, quer ser jurado, se o Coletivo resolver promover um concurso de trans. “É um caso a se pensar, ter o apoio da Prefeitura já nos honra muito, somos gratos ao apoio, prefeito. Nós só queremos dar visibilidade às pessoas que, durante a vida toda, sofreu o apagamento da história, além do forte preconceito, da homofobia latente e a violência que mancha as estatísticas de sangue; uma vez que, o Brasil é um país com altíssimos índices de homicídio contra pessoas trans. Vamos dar visibilidade às pessoas que consomem, gastam dinheiro, promovem, trabalham e agora exigimos, que nossas existências no mundo sejam reconhecidas, protegidas e exaltadas”, frisou Luciana Maximo, uma das diretoras do Coletivo Piúma.
Ao mesmo tempo, falar de visibilidade para corpos trans é bastante contraditório, assegura a jornalista, já que sempre que estão em qualquer lugar que não seja “o esperado” são constantemente vigiades e ameaçades. “Por isso, acredito que esse é um mês de propagar e refletir sobre as histórias de luta e resistência coletiva, reivindicando mais segurança para todas as vidas e mais participação com qualidade nos espaços que ocupam e circulam. Não desejamos uma visibilidade individual, queremos dignidade coletiva para todes e em qualquer mês”!
A “Feira do Sol” se colocou à disposição para patrocinar o Desfile e esclareceu que, as dependências do estabelecimento não comportam um desfile, seja qual for, por conta de os corredores serem apertados para o movimento comercial de praxe, principalmente nos fins de semana.
A “Gaymada” continua e acontece exatamente no “Dia da Visibilidade Trans”. Desde 2004, janeiro é o mês em que se celebra o dia da Visibilidade Trans. A efeméride lembra o dia em que travestis e transexuais foram ao Congresso Nacional, reivindicar dos parlamentares, políticas de equidade e lançar a campanha nacional “Travesti e Respeito”, que acabou se tornando a primeira organizada por e para pessoas trans com foco na promoção do respeito e da cidadania. Apesar da data exata ser no dia 29, o mês inteiro é marcado por ações com esse foco.
Importância
A comissão coletiviana da diversidade destaca a importância de demarcar as datas, com ações que promovam visibilidadede e reflexões sobre a realidade das pessoas trans LGBTQIA+, no Estado do Espírito Santo.
“Enquanto os crimes de ódio existirem, teremos o dever de lutar para desconstruí-los, acreditamos que, ocupar e debater é necessário para que possamos viver de maneira justa, inclusiva, com dignidade e igualdade”, destacou a jornalista Luciana Maximo, uma das diretoras do Fepnes, em Piúma. “Nossa Luta é todo dia, a visibilidade faz parte da programação, e nós vamos fazer de Piúma, a cidade do Estado do ES que recebe e acolhe todas as trans e todos e todes”, frisou Karla Regina.
As diretoras das comissões LGBT, Maria Paula Amaral (Bombom), Samara da Silva Abreu e Agatha Benks, fazem coro que elas têm o “direito de ser, estar e existir”, e seguiram lutando e construindo agendas para incidir na criação e execução de políticas públicas e garantias dos direitos e respeito às diversidades.
A coordenadora executiva do FEPNES, Luciana Ciríaco Souza (Baiana), afirma que, seguirá na militância pelos direitos dos humanos, pela vida e pela democracia, até que sejamos de fato respeitados pela nossa subjetividade. O que nos define é o amor ao próximo. “Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”, citou Amarelo/Emicida.

Para se inscrever para a Gaymada acesse o link:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSey-VQDC15PlaVnkZXo4CQCNtLcyZYJoTTxl7DAI3IpwbWP_A/viewform?usp=sf_link

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