Euclério pede prisão de presidente da Renova durante reunião da CPI das Licenças

Executivo é acusado de mentir em depoimentos anteriores. Deputado Euclério Sampaio apresentou pedido de prisão que será apreciado na próxima quinta (3)

Durante sessão extraordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Sonegação da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, o deputado estadual Euclério Sampaio apresentou pedido de prisão do diretor-presidente da Fundação Renova, Roberto Silva Waak. O parlamentar acusou o diretor de ter faltado com a verdade em depoimentos anteriores e por interferir em investigações da Comissão.

“As empresas que coordenam a Fundação Renova são as mesmas responsáveis pelo maior desastre ambiental já ocorrido no mundo, que poluiu o rio Doce e causou graves prejuízos ao meio ambiente e milhares de vítimas tanto em Minas Gerais e no Espírito Santo. E, considerando que o prazo para a Fundação Renova tinha para buscar e indenizar os danos venceu no mês de março de 2017, demonstra descumprimento das cláusulas do TTAC (Termo de Transação e Ajustamento de Conduta firmado entre as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton com Ministério Público e Poder Judiciário)”, iniciou o deputado.

Além disso, Euclério ainda relatou denúncia que chegou ao Colegiado alegando que a Fundação direciona contratos superfaturados para empresas de funcionários ou ex-colaboradores das mineradoras, “demonstrando má gestão dos recursos que deveriam estar reparando impactos ambientais e indenizando vítimas.”

Acusando Roberto Silva Waak  de faltar com a verdade, Euclério lembrou que “o presidente da Fundação veio (prestar depoimentos à CPI) sob juramento cometeu crime ao mentir dizendo que não não era réu em ação sobre a exploração ilegal de madeira assim como informou, de forma mentirosa, que o produto TANFLOC deixou de ser utilizado no tratamento de água destinado a população a mais de dois anos, o que foi comprovado ser mentira e, em ofício encaminhado desta Casa de Leis, também se negou a prestar informações sobre valores e o contrato de seus fornecedores, violando a Cláusula 7, inciso ‘P’ do TTAC”.

Análise

Surpreendidos por um habeas corpus concedido momentos antes do início da sessão, vedando o cerceamento de liberdade do diretor da Renova, os membros da CPI suspenderam a sessão até a próxima quinta-feira (3), às 11 horas, quando serão retomados os trabalhos para analisar o pedido feito pelo deputado Euclério Sampaio.

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