Escola Lions desenvolve projeto “Sou da Quebrada” e mostra que a periferia é arte, é cultura, é realidade

O projeto “Sou da Quebrada: A arte no contexto étnico-racial.” Foi um sucesso no Lions e a professora Dandara desenvolveu oficinas de mostra cultural, abordando estilos variados, que compõem o contexto da periferia cachoeirense.

Com objetivo de apresentar à comunidade ações desenvolvidas pelos alunos que trabalharam o seu meio inserido, a professora de História, Dandara Dias de Oliveira que atua na Escola Estadual de Ensino Fundamental e MédioEEEFM “Lions Sebastião de Paiva Vidaurre”, em Cachoeiro de Itapemirim realizou durante o primeiro trimestre Eletiva “Sou da Quebrada” com os alunos, que trabalhou a arte no contexto da periferia.  

De acordo com a professora Dandara, ela aproveitou a eletiva como um componente integrador e o espaço escolar do qual recebe alunos periféricos. Semanalmente os alunos inscritos nesta eletiva recebiam um convidado, artista local, que realizava uma oficina apresentando sua arte e como ela contribuiu para a construção de sua identidade. Como culminância, os alunos produziram uma apresentação cultural com artes diversificadas.

A Eletiva “Sou da Quebrada”, partiu do desejo de desenvolver um trabalho para o jovem, com a sua cara e realidade. Falar da quebrada, favela, morro, é abordar o meio que nossos alunos se inserem, dentro de sala de aula. Defendemos o Lema “Não é porque não gosto de funk, hip-hop ou trap que isso não seja cultura.”, salientou a professora.

A estudante do 2º M3, Julya Thayane da Silva Nascimento De Andrade – 2ªm³ gostou muito de participar do projeto. “Essa eletiva é tão importante que deveria ser obrigatória em todas as escolas, pois todos merecem ter a oportunidade de passar por essa experiência”.

1º trimestre

A eletiva “Sou da Quebrada” foi realizada no 1º trimestre de 2023, todas as sextas feiras nas primeiras aulas. No último dia 26 os alunos se concentraram na quadra ao redor da escola para apresentar à comunidade os resultados propostos, pois a eletiva foi trabalhada o contexto comunitário, assim a comunidade devia visualizar os resultados obtidos.

Podemos pontuar dois traços importantes, o primeiro reconhecendo a necessidade da escola trabalhar seu meio, e entendendo-o como influenciador na construção do indivíduo, para o âmbito escolar foi possível concluir a necessidade de utilizar e trabalhar o meio que se o aluno está inserido, apresentando-o como agente social e que sua história participa do coletivo. O segundo ponto, pensando na comunidade, percebe-se que a comunidade que contribui para a construção social, é aquela que assume também junto a escola o fazer educação”, ressaltou a professora.

A eletiva foi ofertada para os alunos do ensino médio, na faixa etária de 15 a 19 anos. “Ficou nítido que os alunos inscritos para participarem desta eletiva, são os que apresentam, de certa forma, uma postura indisciplinada, pois encontraram nesta forma diferenciada, um novo modelo de estudo, aquele que respeita o seu meio”.

Para avaliar o trabalho dos estudantes, foi realizada uma pesquisa, entre 45 alunos participantes, 28 responderam às questões e amaram participar do projeto.

Citamos um feedback recebido de um aluno ao dizer “Essa eletiva é tão importante que deveria ser obrigatória em todas as escolas, pois todos merecem ter a oportunidade de passar por essa experiência”.

Fotos: Divulgação

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