Eftur 18 anos formando profissionais nas áreas de turismo, hotelaria e gastronomia na região

Mais de 3.500 alunos passaram pela Escola Família e Turismo, muitos abriram o seu próprio negócio, comoOs Gonzagas, Restaurante a Ilha, Like Drinks, Kalifas Frango e Peixe, Retsurante 2º Piso, Meleips Bar…

Aula inaugural Turma 17 e 18 do curso Técnico em Piúma 2022

A Escola de Formação em Turismo (EFTUR) passou por diversas transformações ao longo de seus 18 anos de existência. Uma história de desafios e sucesso. Formou ao longo destes anos mais de 3.500 alunos. Depois de passarem pela Eftur alguns abriram seus próprios negócios, outros fizeram cursos para melhorar a própria empresa e muitos outros foram contratados. Uma história de sucesso, que começou em Piúma, mas acabou indo para Anchieta.

De acordo com a diretora, Eliza Venzi, dois nomes são fundamentais na criação da escola, o ex-prefeito de Anchieta, Edival Petri e o saudoso padre Humberto Pietrogrande, fundador do MEPES. Visionários, Padre Humberto e Edval vislumbravam o crescimento e a expansão das indústrias na região. E se preocupavam com a vinda de trabalhadores de outras localidades e o risco da perda da identidade cultural. Eles concordaram que era necessário crescer, porém de forma sustentável, não apenas em termos ambientais, mas também em termos urbanos e culturais. Sabiam o que estava por vir.

Assim, em 2002, um grupo de empresários, membros da comunidade e representantes do poder público dos municípios de Iconha, Piúma e Anchieta, coordenados por uma equipe do MEPES, iniciaram o projeto da escola. “Foram três anos de trabalho, criação, busca por parcerias e elaboração do Projeto Político Pedagógico. Em 2005, fomos contratados e a escola abriu suas portas em Piúma, oferecendo um curso de qualificação em Turismo, Hotelaria e Gastronomia com 600 horas, contando com 10 alunos de Anchieta, 10 de Iconha e 10 de Piúma. Os prefeitos de Anchieta e Iconha se comprometeram a fornecer transporte até Piúma e dividir os custos da escola entre os três municípios”, ressaltou Eliza.

Turma 4 do Curso Técnico em 2012

Ao longo dos 18 anos a EFTUR passou por diversas transformações. Relembra a diretora Eliza Venzi que inicialmente ela era uma escola regional sediada em Piúma, contudo, em 2007, perdeu o apoio da Prefeitura e ficou impossibilitada de continuar operando, momento que Anchieta acolheu. O prefeito da época, Edival Petri, reformou e ampliou um antigo prédio do MEPES por meio de um convênio estabelecido, permitindo que a escola continuasse suas atividades.

Segundo Eliza, outro momento difícil foi em 2017, quando foi preciso sair do Termo de Colaboração mantido entre o MEPES e a Secretaria Estadual de Educação – Sedu, pois a Eftur é uma escola profissionalizante e não faz parte da Educação Básica. “As escolas do MEPES recebem recursos do FUNDEB, o que não era aplicável à nossa situação. De repente, nos vimos à deriva mais uma vez. Fomos em busca de ajuda e explicamos a situação ao secretário de turismo de Anchieta na época, Edinho e ao prefeito Fabrício Petri. Cientes da importância da escola para o município, eles nos atenderam e assumiram integralmente a responsabilidade pela escola até os dias de hoje”, frisou Venzi.

Alunos do curso de Qualificação de 600 horas em 2008

Padre Anchieta

Duas situações contraditórias e muito significativas ocorreram em Anchieta pouco antes de 2017. Em 2014, a canonização do padre José de Anchieta abriu a possibilidade de investimentos no turismo religioso, que não é sazonal. Em 2015, o acidente com a barragem de Mariana da Samarco mostrou que o futuro seguro e estável para a região seria o turismo. Era preciso ver a oportunidade e investir no turismo de maneira profissional e sustentável.

A EFTUR é reconhecida como escola, e o curso é autorizado desde 2010, oferecendo o Curso Técnico em Serviços de Restaurante e Bar. “A cada três anos, renovamos a autorização do curso e fazemos ajustes adicionando ou alterando disciplinas para acompanhar a realidade e o contexto sócio profissional em que a escola está inserida. Por exemplo, consideramos a canonização de São José de Anchieta e a valorização da gastronomia local”.

Além das disciplinas técnicas de Cozinha, Sala e Copa, Bar e Recepção, e das disciplinas complementares é trabalhado os temas transversais. Assim é possível fazer com que um aluno evangélico compreenda a importância do Santuário Nacional de São José de Anchieta como um complexo arquitetônico que deve ser preservado como patrimônio cultural. Ou que compreendam a importância do Padre José de Anchieta para a história do Brasil, de São Paulo e de Anchieta. “É essencial que os alunos se apropriem de sua história, sejam participativos, enxerguem oportunidades e transformem o ambiente em que vivem”, afirmou a diretora.

Dos seis formados para serem monitores da EFTUR em 2004, Eliza Venzi e Keila Gianizeli continuam atuando, Odara Souza, ex-aluno, já é monitor há 14 anos, e Silvana Cordeiro, também ex-aluna, é monitora há 5 anos. Três da equipe tiveram a oportunidade de realizar uma formação técnica com professores italianos, e todos passaram por formação pedagógica pelo MEPES. Realizaram intercâmbio com a Itália e estágios em escolas do Instituti Profissionali di Stato Per i Servizi Alberguieri e Della Ristorazione – IPSSAR. “Tudo o que vivenciamos e aprendemos nesse intercâmbio foi adaptado à nossa realidade e aplicado na escola. A Itália é um exemplo de turismo profissional, turismo gastronômico e valorização do patrimônio e da história, sendo um exemplo a ser seguido”.

Like Drinks (equipe de open bar), surgiu seguido da formação do curso proporcionado pela EFTUR. Leila Cristina, aluna da 8° turma e Thais Miguel da 13° turma, “e que desde de então viemos conquistando um espaço nesse ramo, graças a escola que foi esse divisor de águas onde trouxe para nós todo conhecimento tanto teórico quanto prático.
Por isso sempre repetimos este curso pode sim mudar vidas”.

Profissionais capacitados

“Enfrentamos alguns problemas em relação à valorização dos profissionais formados pela escola. Não há uma cultura de valorização dos profissionais qualificados, exceto em alguns empreendimentos da região que reconhecem a importância de contar com profissionais capacitados. Ao contratar um profissional, geralmente busca-se a opção mais barata, mas precisamos considerar que temos concorrência indireta de outras cidades. De nada adianta termos um restaurante ou hotel maravilhoso se os profissionais que atendem não estão qualificados. O Brasil possui quase oito mil quilômetros de praias deslumbrantes. Como podemos atrair turistas para nossa região? Através do diferencial: identidade cultural única, gastronomia, história, patrimônio, belezas naturais, hotéis e restaurantes com profissionais competentes, oferecendo um serviço de qualidade, higiene e apresentação adequadas. Precisamos trabalhar em parceria com os empresários, poder público e comunidade para alcançar esse objetivo”, finaliza a diretora da Escola.

Empreendedores/empresários

Alguns alunos abriram seu próprio negócio depois do curso, outros fizeram o curso para melhorar a empresa que já existia e outros foram trabalhar contratados, a saber:

  • LIKE DRINKS (de Anchieta, trabalha em festas da região) – Sócias Leila e Laís, as duas fizeram o curso em anos diferentes, montaram a empresa e hoje contratam como free lancer ex alunos da escola;
  • OS GONZAGAS (Piúma), Júlio César Alves
  • A ILHA Restaurante (Piúma) – Graziela
  • Terezinha Pompermayer e Alexon – trabalham juntos fazendo cerimoniais de casamentos e eventos.
  • SEU CUCA DOCES (Anchieta) – Júlio César
  • RESTAURANTE 2º PISO (Iriri) – Carla
  • Ivani, é cozinheira do CAFÉ RERIGTIBA no Santuário de Anchieta
  • COZINHA DO PESCADOR (Iriri) – Diana
  • GORDELÍCIAS DA MIRA (Anchieta)- Mira
  • CONCEITO BAR (Anchieta) – Suanny e Júlia, duas ex alunos de anos diferentes se juntaram e montaram a empresa para drinks em festas
  • MILEIPES BAR (Iriri) –
  • QUIOSQUE DA PRAINHA (Iriri) – Luzia ex aluna e emprega várias colegas de turma
  • João desde que fez estágio no LE GUSTA (Piúma) trabalha como barman
  • PAMONHARIA DA SEBASTIANA (Castelhano) – Sebastiana, ela incrementou o carrinho de pamonha que é um sucesso
  • CALIFA’s FRANGO (Piúma) – Elifas
  • Rafael Vilaça, foi para Portugal, tem mais de 5 anos é garçom
  • CACHORRO QUENTE DA CLEIDIANE (volante, trabalha em eventos) – Cleidiane
  • Luiz Fernando, trabalha como barman em eventos e durante a semana trabalha na AMBEV
  • Márcia mora em Dores do Rio Preto, se tornou monitora de cursos rápidos de Pães, Bolos e Biscoitos  para o SENAR.

Alunos atendidos

178 alunos no Curso de 600 horas de Qualificação em Turismo: Hotelaria e Gastronomia

2.980 cursistas nos Cursos Rápidos nas áreas de Turismo, Gastronomia e Hotelaria

400 alunos passaram pelo curso Técnicos em Serviços de Restaurante e Bar

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