DJ de Cachoeiro é assassinado a facadas em Vila Velha, mas foi em Piúma que ele começou a carreira artística na Green House

Thiago Crei, como era conhecido, é natural de Cachoeiro de Itapemirim, mas começou a carreira artística em Piúma, na Green House

O jovem foi morto a facadas em Vila Velha

O       DJ Thiago Crei, natural de Cachoeiro foi assassinado a facadas e seu corpo foi encontrado na manhã desta terça-feira, 10, em um matagal do bairro Ataíde, em Vila Velha. Thiago era muito conhecido, estava bombando nas casas de shows como DJ e possuía mais de 92 mil seguidores no instagram.

Segundo informações extraoficiais, o DJ teria sido assaltado e os bandidos levaram o carro dele, mas o deixaram com uma quantia de mais de R$1.000.00 no bolso.

Uma mulher que caminhava pela região, próximo ao matagal avistou o corpo da vítima e acionou a PM, por volta das 6h50 desta terça-feira. Os peritos identificaram que Thiago foi assassinado com facadas em todas as partes do corpo, inclusive no rosto. 

O crime, segundo a polícia, teria acontecido durante a madrugada, pois por volta das 23h00 Thiago havia feito um post nos storys do instagram.

Pelas marcas de sangue no asfalto e na calçada, a polícia acredita que o DJ tenha sido arrastado, depois de ferido para o matagal. Ele não portava documentos e foi identificado pelas tatuagens que possui no peito. 

A motivação e a autoria do crime ainda são um mistério para a polícia. Thiago residia em Guarapari.

Piúma, onde a carreira começou

Uma amiga da família contou ao jornal que Thiago residia com a avó em Cachoeiro de Itapemirim, no bairro Vilage da Luz, mas aos 15 anos foram morar em Marataízes. Posteriormente, a avó se mudou com ele para Vitória, mas foi em Piúma que o sonho de ser artista e famoso começou na Green House.  

Thiago começou a vida artítica em Piúma na Greenn House

No auge da carreira artística, Thiago Crei estava com a agenda lotada de shows agendados, chegava a fazer mais de 10 em um único final de semana, bombava nas redes sociais possuindo mais de 92 mil seguidores e, na tarde de segunda-feira, postou um vídeo falando sobre a correria do fim de semana. 

A última postagem, antes de ser encontrado morto, foi por volta das 23h30, divulgando o show que faria na próxima sexta-feira, 13. Antes disso, ele mostrou que estava lanchando e que se encontrou com um amigo.

O empresário Adelso Camilo, proprietário da Casa de Show Green House, hoje fechada, ressaltou que Thiago começou com ele como assistente de palco e vendedor de ingressos, era o divulgador da Casa de eventos. “Ele queria crescer no mundo artístico, me pediu uma força, pediu que eu desse oportunidade, realmente, ele fez toda divulgação. Quando acabou o verão não tinha show, eu comecei a fazer eventos menores para 500 pessoas e não dava para pagar um salário a ele, foi então que me pediu para deixa-lo com as vendas de cigarro a varejo, balas e chicletes, em troca ele divulgava os shows, quanto mais gente viesse, mais chances ele teria de vender as balas dele. Ele se comprometeu em divulgar os artistas nas redes sociais e nas contratações”, contou Adelson.

De acordo com o empresário de Piúma, o pagamento dos artistas ele fazia, mas as negociações ficavam com Thiago que articulava e negociava muito bem. Mediante a alguns acontecimentos que fizeram a casa fechar em Piúma, Adelson disse a Thiago que iria fechar a Green, mas continuaria com a parceria com ele em shows menores.

Adelson contou que na época que Thiago começou na Casa de Show ele tinha pouco mais de 2 mil seguidores nas redes sociais, mas sonhava em ser influenciador digital. “Ele me pediu que todos os shows eu desse para ele divulgar para que ganhasse seguidores, quando ele saiu estava com 12 ou 15 mil. Para ele era muito bom ter os seguidores porque acima de 10 mil qualquer casa de show que ele chegasse, ele iria entrar e poderia divulgar, como também uma marca, uma lanchonete… E em troca ele ganhava lanche, roupas… E eu ajudei a ele nesta parte. Meu instagram não tem 2 mil seguidores, eu dava tudo para ele divulgar nas redes dele. As pessoas visualizavam e começavam a segui-lo. Depois ele começou a divulgar umas raves, a Green deu um empurrão para ele”, relembrou Camilo.

O empresário ‘padrinho’ de Thiago na vida artística disse que o promoter comentou que estava pensando em fazer um curso em Vila Velha para ser DJ e o perguntou o que ele achava entre eletrônico ou funk. Adelson o aconselhou a escolher eletrônico. “Ele estava se dando bem, inclusive ia tocar na Matrix, estava fazendo uma média de seis a 10 shows nos finais de semana. Eu fico muito triste por isto ter acontecido com ele, mas na verdade, a Green House e eu demos um empurrão nele. Eu até te chamei uma vez Luciana para fazer uma entrevista com ele que tava pocando em Vitória nas casas de show, mas não deu”.

Um menino do bem, queria crescer e ser famoso. “Um cara que sempre respeitou as pessoas, tinha a preferência dele sexual, mas a mim, sempre me respeitou. A última vez que vi pessoalmente foi no Lex em Guarapari e ele me perguntou onde eu estava, me chamou para subir para o camarim e lá eu fiquei, ele me falou dos projetos dele, disse que estava tendo shows todo final de semana. Eram shows pequenos de R$1.500 e R$2.000, mas se tocasse três fazia 6 mil. Ele não era um cara violento, era bem tranquilo, um jovem que teve a vida ceifada. Um dia ele me disse que tudo que ele tinha agradecia a mim. Estou muito triste, que Deus o tenha num bom lugar”, frisou Adelson.

Investigação

Em nota, a Polícia Civil informou que o caso seguirá sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha e até o momento nenhum suspeito foi detido. 

O corpo da vítima foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares. 

Sepultamento e velório em Cachoeiro

O corpo de Thiago será velado em Cachoeiro de Itapemirim e também será sepultado lá, ainda não há informações do local do velório.

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