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Corpo de Beto Pintor é encontrado no banheiro de sua casa, já em estado de decomposição
O pintor era de Juiz de Fora, mas residia em Piúma desde a década de 70. Um apaixonado pela “Cidade das Conchas”.
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O artista José Roberto Camarinho, 67 anos, mais conhecido como Beto Pintor, foi encontrado morto no banheiro de sua casa, situada à Rua Benedito Gomes Távora, no bairro Jardim Maily, em Piúma.Beto Pintor foi visto na rua, sexta-feira (29), quando conversou com um vizinho. Cotidianamente ele cumprimentava a vizinhança e, de repente, sumiu. O sumiço dele por dois dias, mais o mau cheiro que exalava de sua casa atraíram a atenção dos vizinhos que chamavam por ele que não atendia.
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Nesta manhã, uma das vizinhas acionou a Polícia Militar – PM, que arrombou a porta e o encontrou no banheiro, morto, e com o chuveiro ligado. Imediatamente a PM acionou a Perícia Científica que esteve no local, fez os trabalhos e removeu o corpo de Beto para o Serviço Médico Legal – SML de Cachoeiro de Itapemirim, onde será necropsiado e liberado para sepultamento.
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Beto morava sozinho e era acumulador de coisas. Estava sofrendo com um câncer de próstata, mas não fazia nenhum tratamento. Ultimamente, ele não estava bem de saúde, segundo uma vizinha.
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Cidadão Piumense com título de honra, Beto deixou suas digitais em diversos trabalhos artísticos em Piúma. Era cartazista do Supermercado Polonini. Um dos últimos trabalhos dele foi a sereia esculpida na parede da Prefeitura, onde ele e o artesão seu Lili fizeram um belíssimo trabalho. Outros trabalhos de Beto foram deixados nos muros de escolas. Ele também esculpiu a sereia que ficou no Quiosque da Loura, por muitos anos.
A advogada Adivânia Fernandes Alexandrino era considerada uma filha de Beto. “Ele era muito especial para mim, nós tínhamos uma relação muito forte. Desde 2010 a gente se conhece. Ele era uma pessoa muito especial, gostava muito dos amigos, dos vizinhos. Uma pessoa muito alegre, tinha um coração gigante, vai deixar muita saudade. É um susto muito grande essa notícia da morte dele”, disse.
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O professor Francisco Polidoro era vizinho de Beto, e contou que quando um morador viajava deixava a chave da casa com ele e ele cuidava das plantas e animais. Era muito solícito e de bom coração. “Beto era uma pessoa que nós tínhamos muito carinho por ele, sempre foi uma pessoa que sempre que precisava dele, estava pronto a ajudar. Nós só temos a sentir. Carinho nunca faltou. Ele cuidava da casa quando a gente viajava. O último dia que o vi foi na sexta-feira”, lamentou o professor que confiava a Beto a casa e o cachorro quando viajava.