Centro de recuperação clandestino é interditado, em Piúma, mas abre filial e continua funcionando irregular

Um pastor e uma cuidadora são os responsáveis, eles chegaram há mais de dois anos em Piúma, foram multados e o local interditado pela Prefeitura, mas abriram, agora, uma filial só para mulheres.

Chegada de interna ao Centro de Recuperação no Balneário Monte Aghá – fotos/ divulgação

Um centro de recuperação para pessoas com dependência e idosos, foi fechado pela fiscalização da Prefeitura de Piúma, mas continua com funcionamento irregular, e o pior, abriu uma filial no Balneário Monte Aghá, só para mulheres.
Segundo o gerente de Fiscalização Municipal, Victor de Souza Silva, o centro não possui nenhum tipo de profissional acompanhando os internos. É administrado por um pastor e uma pastora.
No Cajueiro, próximo à Concreviti, onde foi interditado o funcionamento do Centro de Recuperação pela Fiscalização e multado por duas vezes, por não ter a documentação exigida para funcionamento, nenhum tipo de alvará já funciona, há mais de dois anos. Lá havia idosos, mulheres e homens, e, já teve denúncia no Ministério Público – MP, Tanto é que, o MP determinou a retirada dos idosos da casa.

O CNPJ do estabelecimento está inapto, segundo a fiscalização da Prefeitura. Apesar de negarem ser o local um centro, a lista de rotinas diárias

O mesmo centro abriu uma filial só para mulheres com dependência química, no Balneário Monte Aghá, e funciona também sem nenhuma licença, além de não ter, também, profissionais para cuidar das internas, segundo a fiscalização.
Vizinhos, preocupados com o entra e sai de mulheres e a falta de estrutura do local, como, por exemplo, muro baixo, possibilitando a fuga de algumas mulheres, constantemente; entraram em contato com o jornal para denunciar o espaço. O jornal foi à fiscalização se informar sobre o funcionamento deste espaço.
O gerente de Fiscalização, Victor de Souza, garantiu que, ao tomar ciência do funcionamento irregular dos espaços, agiu pontualmente, no sentido de cessar as atividades, informando e solicitando aos responsáveis para que apresentassem, através de processo protocolado, toda a documentação pertinente ao funcionamento regular do empreendimento, como alvará/licença do corpo de bombeiros, alvará emitido pela vigilância sanitária municipal, dentre outros. Além de já terem sido notificados, receberam auto de infração com interdição dos espaços sucedido de multa, após todo o tempo concedido e a não apresentação destas documentações.
“Se trata especificamente dos mesmos responsáveis por abrirem os “Centros de recuperação” para dependentes químicos, sendo um “pastor” e uma “cuidadora” que, além de buscarem determinados “internos” em outros municípios, fazem o controle da entrada e tempo de permanência dos mesmos em cada centro de recuperação, sendo 1 local exclusivamente para mulheres (localizado no Balneário Monte Aghá), e outro exclusivamente para homens, (localizado no bairro Nova Esperança)”, ressaltou Victor.

No Balneário Monte Aghá abriram uma filial só para mulheres

Através de ação fiscal, segundo Victor, ficou constatado que os mesmos, além de não possuírem o mínimo de documentação exigida para tal funcionamento regular, não possuem também corpo técnico especializado para cuidar destes internos. “Após todas as ações realizadas por este setor, os processos seguem apensados para análise da procuradoria municipal para deliberação quanto ao que será realizado, posteriormente.
Nos colocamos sempre à disposição para resolução dos mais variados fatos que envolvam esta gerência de fiscalização municipal, e reiteramos a importância do apoio popular quanto às denúncias, nos canais oficiais da Prefeitura, bem como protocolos anônimos, nos ajudam muito a resolver todas essas problemáticas”, frisou o gerente de Fiscalização.
A Gerência vai encaminhar todos os documentos ao Ministério Público para que novas ações sejam realizadas nos espaços que continuam funcionando, normalmente, mesmo irregular.
Convém ressaltar que o CNPJ do Centro está inapto, e o ddd do telefone deles para contato, no cartão CNPJ é 77 Bahia.

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2 Comentários

  • R. C. L. disse:

    Boa noite, sempre acreditei na imparcialidade do jornalismo, sempre apoiei, e debati com muita veemência, sobre a verdade ser o lema, porém agora me pergunto porque não fui ouvida,visto que a quase 4 meses estou tentando abrir um CNPJ, tentando regularizar minha situação, e sendo impedida de tal, o CNPJ referido e da Bahia onde está nossa sede, e não foi aceito como documentário, talvez por ignorância tenha sido procrastinado, a solicitação dos alvarás, como houve um tipo de denuncia fomos até os órgãos públicos, e lá descobrimos que o CNPJ matriz estava inapto, demos a entrada no nosso processo, ata, estatuto, tudo registrado, porém morosamente levou quase dois meses para ser registrado,ai foi dada entrada no CNPJ que foi embargado pois se alegava que havia a necessidade de visitas da vigilância sanitária para emissão do CNPJ, perguntei ao mesmo senhor Vitor se estou construindo uma padaria, vou solicitar o CNPJ a vigilância vai lá na construção para liberar o CNPJ? Por mais ou menos 30 dias ficamos aguardando que a prefeitura , liberasse o pedido para ir pra federal para emitir o CNPJ, já está a mais de 20 dias, em análise, porém tal não ocorre, realmente, gostaria de ter sido ouvida expor todo o processo, antes de ser colocado na mídia que descumprindo a lei,por livre e espontânea vontade, tenho todos os protocolos em mãos, todos os recibos, de todos os gastos, posso mostrar que não estou , fazendo nenhum mal, a ninguém, e que meu desejo e ajudar

    • Luciana Máximo disse:

      Conversamos com um pastor que estaria administrando o local, mas ele não sabia muito. Um outro pastor entrou em contato, mas preferiu falar da bondade que executam, do bem que fazem. Pergunatmos, como estão na cidade há mais de três anos e ainda sem regularização.

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