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Canoa Havaiana transforma a vida de pessoas que lutam contra o câncer e o Clube Amar a Vida conquista o 8º no Va’a, em Guarapari

O mar, o remo, a canoa havaiana, o horizonte, um amigo, mudaram a vida de Juliana Bassul, que também se importou com outras pessoas com a mesma luta, daí; nasce uma iniciativa, o Projeto Bassul.

Uma história de superação – Fotos: Divulgação Amar a Vida

ma história emocionante, uma história de superação, uma história que merece ser compartilhada. Sábado, 02, na Praia do Morro, em Guarapari, o Clube Amar a Vida conquistou o 8º lugar na 2ª Etapa Estadual de Va’a – campeonato de Canoa Havaiana. Esta conquista é de um grupo de pessoas que passaram pelo câncer e, Juliana Bassul aceitou contar a história para o Espírito Santo Notícias.

O Clube Amar a Vida conquistou o 8º lugar no Va’a – campeonato de Canoa Havaiana disputado em Guarapari, sábado

O jornal conversou com Juliana para saber mais sobre o Clube Amar a Vida, onde nasceu o Projeto Bassul, que traz o sobrenome dela.

Rodrigo Kiffer é o “pai” do Projeto que transformou a vida de Juliana e vem ajudando outras pessoas que passaram pelo câncer ou estão passando pela doença

Juliana conta que, em 2020, no começo da pandemia da Covid-19, descobriu um câncer no abdômen, passou por uma grande cirurgia e ficou um longo período no hospital, tendo uma recuperação bem difícil. Um amigo de infância que ajudou muito na recuperação dela, o fisioterapeuta, Rodrigo Kiffer, apresentou a canoa havaiana e, de lá pra cá, a vida ganhou novo significado.

Participar da competição já é uma vitória

“E, então eu fui convidada por um amigo de infância, Rodrigo Kiffer para fazer uma aula de canoa havaiana. Depois de um tempo da cirurgia, a primeira vez que eu entrei numa canoa e entrei no mar, aquilo foi transformador, eu me senti viva pela primeira vez, depois do que eu tinha passado. Eu comecei a remar com frequência, todas as vezes que eu remava, mandava uma mensagem agradecendo a oportunidade que ele tinha me dado, desta nova chance, desta nova vida”.

E foi durante um café com o amigo de infância, Rodrigo, que ele sugeriu a ideia de levar para outras pessoas, o bem estar que Juliana estava tendo com o remo e canoa havaiana.

Nasceu o Clube Amar a Vida, e dele surgiu o Projeto Bassul – um projeto que envolve a canoa havaiana e pessoas que passam ou passaram pelo câncer. “Para elas remarem, para elas terem este contato com a natureza, a gente fala das boas energias, o contato com o mar e ter um grupo que represente essas pessoas. A gente tem o objetivo de provar que é possível amar a vida, independente da situação que você esteja e, que o câncer não é um limitador de coisas que a gente pode fazer”.

O Clube Amar a Vida começou a participar de competições levando mulheres e pessoas que tiveram câncer, para competir. “Esse ano, na segunda etapa, nós viemos com uma canoa mista: três mulheres que venceram o câncer, três apoiadores, três homens, inclusive o Rodrigo que é o nosso capitão, que é o nosso professor. E saímos também com uma canoa OC2, dois lugares com o Rodrigo, que é o capitão e um dos fundadores do Clube, e o Conrado, marido de uma das meninas que tiveram câncer”, contou Juliana.

Amar a Vida transformou a vida de Juliana

Segundo Juliana, participar das competições é uma forma de levar o nome do Clube e mostrar o Projeto como uma oportunidade para que outras pessoas entendam que é possível, realmente, amar a vida e que o câncer não é limitador, que você pode fazer coisas e ter uma vida feliz, é possível, com amor, mesmo com a doença’, disse.

Momentos antes da saída em Guarapari

A segunda etapa, em Guarapari, foi um desafio, mas o Clube Amar a Vida enfrentou ondas imensas e o mar gigante. “Foi um campeonato difícil, pela primeira vez a gente conseguiu ficar em 8º lugar e, pra gente que compete com pessoas que são esportistas, de alto nível, pessoas que treinam muito, que tem uma saúde física inteira, foi desafiador. Sabemos que temos as nossas limitações por conta da doença, para nós foi maravilhoso conseguir chegar entre os dez primeiros, foi uma gratíssima surpresa para nós, do projeto, e estamos muito felizes com essa possibilidade”.

O capitão Rodrigo Kiffer e Conrado Fonseca: 2º lugar

O grupo se reúne todo sábado, em Vitória, a partir das 6h00, compartilham um café gratuito e sai para remar. “Saímos em várias remadas, aqui em Vitória, ao lado da ponte da Ilha do Frade. Fazemos uma grande confraternização, trocamos experiências. Na verdade, é um grande grupo de apoio, apoiamos umas às outras. Tem pessoas que estão iniciando o tratamento, tem pessoas que estão saindo de tratamento, tem pessoas que já tiveram câncer há um tempo, mas estavam perdidas. Na verdade, é um grande grupo de apoio, as pessoas se encontram, elas se reconhecem. O câncer tem muito disso, deixa a gente meio isolada, porque na maioria das vezes, as pessoas a nossa volta não tiveram, nossos amigos não tiveram câncer. Enfim, familiares não tiveram. A gente se encontra e se reconhece como pertencentes a um local, a um lugar, a uma situação”, frisou Juliana Bassul, emocionada.

Turma de Anchieta onde Juliana rema quando está na cidade

Para Juliana, o esporte proporciona qualidade de vida. Além de ser extremamente saudável, principalmente para pessoas que passaram pelo câncer. Isso não deixa de ser uma indicação para quem não tem o hábito de fazer uma atividade física. “Além da parte física, tem a parte mental também. Faz muito bem, então, remar faz bem pra saúde, faz bem para as pessoas que já passaram pelo câncer ou que estão passando pela doença e nos traz esperança, a possibilidade de continuar viva, independente do que esteja acontecendo”.

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