Anchieta “no rumo certo”

O texto é um artigo de Opinião, assinado pelo jornalista

Recentemente, tive a curiosidade de abrir um periódico que circula mensalmente na cidade de Anchieta (há quem diga que é informativo da Prefeitura) que me deixou sarcástico ao ponto de me fazer sentar para escrever este artigo de opinião. O folhetim traz como manchete “NO RUMO CERTO” que me fez parar e refletir se o município realmente está no rumo certo. Tá?

O editorial traz até romântico título, (modéstia parte, lindo) “Recordar é sobreviver”, um breve retrospecto na história política administrativa, no qual, traz um contexto inicial que eleva um grupo que estava no poder oito anos como uma administração exitosa e reconhecidamente exemplar. “… Um índice invejável de reconhecimento de bom administrador pela população;… Não conseguiu fazer seu sucessor… (Edival);… resultaram num descontrole total dos avanços obtidos até então, mergulhando a estável condição de equilíbrio financeiro e fiscal do município num precipício… (Marquinho);… A população, percebendo o desastre que havia se instalado, buscou apostar numa retomada dos anos áureos… (Fabrício Petri);… Na política, como no futebol, quase sempre é aconselhável não mexer em time que está ganhando… (grupo que estava no poder oito anos)”.

Contrapondo o autor do editorial, quero aqui expor o grupo que estava no poder oito anos no tempo do saudoso Edval Petri, pois, se era tão bom assim, ao ponto de se rotular “exitosa e reconhecidamente exemplar”, como justificar a perda das eleições quando tentaram eleger o sucessor? A resposta, com toda humildade, sempre esteve em uma verdadeira demonstração de que a população, principalmente, a mais desfavorecida estava insatisfeita com o modelo de gestão que contemplava poucos, deixando assim, a grande maioria completamente desassistida e sem esperança de dias melhores (exatamente como hoje).

A meu ver, o mesmo modelo de gestão voltou, a considerar que o mesmo grupo que estava no poder oito anos também, sem qualquer demonstração de humildade (reflexo da derrota daquela eleição) se rementem novamente como “exitosa e reconhecidamente exemplar”.

Nesta quarta-feira, 16, convido a população de Anchieta para estar às 15h na Câmara de Vereadores para assistir mais um quadro deste grupo que estava no poder oito anos.

O assunto será o acordo de dívidas ativas (IPTU) entre a Samarco e a Prefeitura, momento em que os vereadores estarão ouvindo o Procurador Geral do município sobre várias legalidades jurídicas da transação (sem conhecimento algum dos vereadores) em que o município perdeu cerca de R$ 70 milhões em receita, que poderia ser investidos em saúde, educação, pesca, agricultura, rede de esgoto, estradas, entre outras…

Entretanto, não se assustem, senhores leitores, quando perceberem que em meio a transação, ou acordo (como queira), segundo informações extras-oficiais, em plena crise, cerca de 20 servidores da Prefeitura (grupo que estava no poder oito anos) levou a bagatela de cerca de R$ 250 mil cada (a confirmar no rol de perguntas dos vereadores), com honorário do serviço prestado (verdadeiro desfile de novas marcas e modelos de carros (nada oficias)).

Afinal, como diz o final do editorial, que me instigou a escrever este artigo de opinião: “Na política, como no futebol, quase sempre é aconselhável não mexer em time que está ganhando…”. Usou bem o verbo. Bom demais!

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