Orquestra Sinfônica traduz a páscoa em concertos

Drama da crucificação é traduzido em Cantata pela Orquestra Sinfônica da Fames 

 

Os Concertos de Páscoa acontecem na Catedral Metropolitana de Vitória e no Teatro Glória com obra do século XIX, que retrata os últimos momentos de Cristo e traz a reflexão sobre a Páscoa, além da data de feriado. No dia 15 no Teatro Glória,às 19h00 e no dia 17 de abril Às 20h00.

Convém frisar que uma das passagens mais dramáticas e emocionantes do Novo Testamento é a crucificação de Cristo, momento relembrado e celebrado por todos os cristãos, em especial, durante os dias que precedem a Páscoa.

Entregue aos romanos e exposto à tortura e à humilhação, Cristo é levado à crucificação, onde passa seus últimos momentos e professa suas últimas sete frases, cobertas de significados e lições da fé cristão.

Foi inspirado nessas sete frases que o compositor francês Theodore Dubois, escreveu em 1867 “Les 7 paroles du Christ ” – As sete últimas palavras de Cristo – para coro e orquestra, uma de suas obras mais famosas.

A cantata é composta por uma introdução e mais sete movimentos, cada um retratando as emoções e as mensagens de fé proferidas por Jesus no Calvário.

“A música sacra tem grande destaque na produção musical da Europa em diversos momentos da Idade Média e Moderna. Os compositores lançavam mão se suas habilidades para escrever peças musicais que trouxessem inspiração e aproximação com o divino”, explica o maestro Sanny Souza, regente da Orquestra Sinfônica da Fames.

O que para um leigo pode parecer simples, a criação de músicas com grande carga emocional é um trabalho extremamente complexo. “São verdadeiras obras primas, criadas e registradas há séculos, que temos a tarefa de desvendar e reproduzir em nosso tempo. Um desafio complexo e cheio de detalhes”, comenta o diretor da Fames e Doutor em Música e Musicologia, Fabiano Araújo.

Uma vez que o desafio foi aceito pela Orquestra Sinfônica da Fames, a música pode se tornar um instrumento de reflexão sobre os verdadeiros sentidos do período da Páscoa e do próprio cristianismo, muitas vezes distante da nossa realidade cotidiana, especialmente no momento atual, marcado pela polarização de opiniões e pelo extremismo.

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