Que Festa, Missionários!

Diversão com solidariedade e muito rock in roll, assim o Motoclube “Rota dos Missionários”, comemorou os 12 anos, na Nova Estrela, em Itaipava/ Itapemirim

 

“Para ser motociclista basta gostar do motociclismo, da viagem, do prazer, do vento na cara, da sensação de liberdade quando se está pilotando uma moto. Quando se está em cima de uma moto, a gente deixa de ser quem nós somos para fazer parte da paisagem”…

 

“Braba” – Esta talvez seja a definição mais próxima para a confraternização dos Motoclubes, “Rota dos Missionários” e “Polêmicos”, na Cervejaria Nova Estrela – Brutos Burguer, em Itaipava, Itapemirim, sábado, 02.
Casa lotada. No lado de fora, as motocicletas davam o tom, com as bandeiras hasteadas na lateral da Nova Estrela que, em seu interior, uma irmandade estava só a fim de comemorar os 12 anos dos “Missionários” e os 7 dos “Polêmicos”.
Pelo menos 70 moto clubes, de diversos municípios do ES, e também de outros estados registraram presença. Claro, churrasco de costela no fogo de chão, chope na promoção e muito rock in roll embalaram, o dia todo, a festa onde os motociclistas puderam, também, mostrar a solidariedade. Foram arrecadadas centenas de caixas de leite para distribuir entre os que mais precisam.
O presidente do Motoclube “Rota dos Missionários”, idealizador do evento, Roberto Acruche, estava felicíssimo com a confraternização. “Todo evento que a gente pensa, a gente coloca o pé no chão, planejamos tudo. O que nos motiva é a irmandade do motociclista, a união. Ser motociclista é isso. Hoje aqui, amanhã em Alegre, depois em Mimoso. As irmandades comparecem, não importa a quilometragem, quanto mais longe melhor”.
Roberto Acruche frisou que a filantropia é o pilar da irmandade, e o evento realizado não foi para arrecadar fundos para o motoclube e sim para ajudar as pessoas que mais precisam. “Fizemos duas rifas para ajudar uma pessoa enferma e o leite será doado às famílias necessitadas”.
Depois de 12 anos, a frente do Motoclube “Rota dos Missionários”, passamos a presidência para Rafael Americano, que assumiu a função. “É uma satisfação incrível, o “Rota dos Missionários” é um grupo que a gente prioriza ajudar as pessoas, fazer eventos filantrópicos. Nós vamos manter esta mesma sequência de eventos, onde sempre estaremos voltados a ajudar alguém. E, junto com todos os motoclubes, que sempre nos apoiam, com certeza teremos êxito em todos os eventos que gostamos de fazer, se divertir e ajudar”, disse.
Não há credo, não cor, não raça, nem classe social, os motoclubes são grupos de motociclistas que amam a liberdade, a paisagem, a viagem, curtem boa música, boa prosa e a solidariedade; é a base dos eventos que realizamos para nos divertirmos.
Roberto desmistificou o que muitos pensam sobre ser motociclista, que precisa ter uma moto potente, comprar um colete e entrar em um motoclube, colar um brasão nas costas e sair pela estrada. “Não, isso não é tudo,”garante Acruche.

Recado do presidente

“Ser motociclista de verdade é o momento em que ele conquista o direito de carregar um colete, não apenas um brasão, mas toda história do clube que ele escolheu e ele tem de honrar a segunda pele. Ser motociclista não é hobby, é um estilo de vida, é irmandade, é amizade e respeito ao próximo, independente, da cor, credo, posição social. Mas tem uns que pensam que é brincadeira. É uma brincadeira de adulto, levada a sério, e sério demais, caso contrário não teria de seguir todas as regras e haveria exigência para o cumprimento das mesmas. Para ser motociclista tem que queimar, muito, a bunda, em cima de um banco de moto, tem que comer muito pó de asfalto e estrada de terra, tem que tomar muito sol e muita chuva na cara, tem que sentir o vento. Tudo para saber o quê é pertencer a um moto clube, e, este tem compromisso, é sério e não é brincadeira”.