“Use máscara, efetue o distanciamento e higienize as mãos, medidas que permanecerão por muito tempo ainda”, afirmou diretor-presidente da Anvisa

A declaração aconteceu na tarde desta quinta,4, em sessão de debate no Senado Federal requeria pela senadora Rose de Freitas

Assessoria de Comunicação

Na contramão das declarações do presidente Jair Bolsonaro, o diretor-presidente da Agência Nacional De Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, afirmou que as medidas de combate à pandemia, como o uso de máscara, o distanciamento social e a higienização das mãos, “ainda permanecerão por muito tempo até que se estabeleça imunidade na grande maioria dos nossos cidadãos”.

A declaração, após pergunta da senadora Rose de Freitas (MDB-ES), aconteceu em sessão de debate no Senado Federal na tarde desta quinta, 4. Sessão requerida pela própria senadora, a primeira em plenário a ter a palavra. Segundo o presidente da Anvisa, essas medidas terão de ser duradouras mesmo com “o advento vacinal”.

Enquanto acontecia o debate no Senado Federal, o presidente Jair Bolsonaro, com discurso inverso aos representantes da agência, declarou ser a hora de acabar com a “frescura e o mimimi”, referindo-se à medida de isolamento social.

No debate com a Anvisa, Rose questionou sobre a “demora do órgão para aprovação das vacinas no país”, bem como a razão pela qual os processos de validação não foram simplificados desde o início. A senadora indagou por que a retirada da exigência de estudos clínicos na chamada fase três, por exemplo, só foi determinada recentemente.

Antônio Barra Torres respondeu que só pode iniciar a avaliação de uma vacina a partir do momento em que o desenvolvedor entra em contato e apresenta documentos à Anvisa.

Segundo o presidente do órgão, dessa forma, assim que a agência teve esse contato, “a aprovação das vacinas aconteceu em tempo recorde”. “Foram nove dias para a Coronavac e a Astrazeneca, as duas em regime emergencial, e 17 dias para a Pfizer”, disse Barra torres à senadora.

Sobre a retirada recente da fase três, o diretor-presidente afirmou: “O trabalho da Anvisa de rever seus próprios atos administrativos e torná-los melhores, mais rápidos e mais leves é diuturno. Então, outras modificações possivelmente virão”, disse.

Até o momento, mais de 250 mil pessoas já morreram por conta da pandemia da Covid-19.

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