Software aumenta precisão no tratamento do câncer

Um software usado na radioterapia vem ajudando médicos e físicos médicos a combater o câncer com um índice de precisão cada vez maior. É o Velocity, um programa que permite a realização da radioterapia adaptativa ou personalizada para cada paciente.

Este tipo de tecnologia oferece uma segurança maior para as pessoas em tratamento, sobretudo neste período de pandemia. Com a adoção do protocolo de hipofracionamento, em que a radioterapia é realizada em um menor número de sessões, o Velocity oferece mais precisão do local a ser irradiado.

O software usa algoritmos computacionais para manipular matematicamente informações dos pacientes e fornecer informações como a evolução do tumor, a resposta ao tratamento e a dose de radiação recebida.

Uma das vantagens deste sistema é a completa compatibilidade entre as diferentes modalidades de imagens médicas mais utilizadas na oncologia, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e tomografia por emissão de pósitrons, o PET-CT.

De acordo com o físico médico André Kiister Leon, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), o software é fundamental na radioterapia adaptativa, um processo de monitoramento sistemático cujo objetivo é avaliar se o plano inicial de tratamento está sendo executado de acordo com o planejado. Caso seja necessário, uma adaptação é feita para a nova situação clínica do paciente.

“Com o Velocity, nossa equipe consegue fazer a fusão deformada da tomografia inicial com o exame mais recente após a diminuição do tumor, por exemplo. Com isso, é possível comparar se houve diminuição no volume do tumor, além de um melhor controle da doença”, explica o físico médico.

André Kiister Leon explica que durante o tratamento de câncer podem ocorrer modificações anatômicas e fisiológicas. 

“O paciente pode emagrecer, o tumor dele pode diminuir ou crescer, a fisiologia do órgão pode mudar. Então, durante o curso do tratamento, a equipe médica consegue fazer adaptações ao plano inicial”, destaca. 

A radioterapia adaptativa vem sendo realizada no IRV no monitoramento de cânceres de cabeça e pescoço, linfomas e tumores de crescimento rápido. A checagem da necessidade de ajustes é realizada semanalmente.

IGRT auxilia software

Para que o Velocity tenha sucesso em sua análise, ele conta com um poderoso aliado: o IGRT (Radioterapia Guiada por Imagem), uma técnica de posicionamento baseada em imagens que são captadas do paciente antes e durante a sessão de radioterapia. 

O IGRT produz uma espécie de fotografia do paciente, para que os médicos tenham certeza de que a pessoa está corretamente alinhada para receber o tratamento. Quando essa imagem é captada, ela é analisada pelo Velocity com exames anteriores, usados como comparação.

“O IGRT entra como uma ferramenta para a gente conseguir identificar essas possíveis modificações anatômicas ou fisiológicas para poder adaptar o tratamento de câncer”, destaca André Kiister Leon.

A radioterapia pode acontecer em diferentes momentos durante o tratamento do câncer, seja para complementar a cirurgia, aliviar a dor, seja para diminuir o tumor antes de uma cirurgia. Para isso, conta com recursos cada vez mais modernos para aumentar a sua precisão.

“Na radioterapia, tudo que a gente faz de novo basicamente serve para isso, para melhorar o índice de acerto do alvo e reduzir a toxicidade de órgãos sadios”, completa o físico médico.

Sobre o IRV

Fundado em 2005, o Instituto de Radioterapia Vitória (IRV) é a única clínica privada do Espírito Santo para o tratamento de câncer por meio deste serviço. Funciona nas dependências do Vitória Apart Hospital, na Serra, com tecnologia de ponta e equipe altamente qualificada que tem como filosofia de trabalho o acolhimento dos pacientes.

O IRV tem convênio com os maiores planos de saúde do Espírito Santo, como Unimed, Samp, São Bernardo, Bradesco Saúde, MedSênior, Pasa/Vale, ArcelorMittal, Petrobras, Cassi (BB), Saúde Caixa, Banescaixa, Amil, entre outros.

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