Referência no ES, Atílio Vivácqua ensina municípios a construírem barraginhas

Lançado há cerca de três anos em Atílio Vivácqua, com o objetivo de construir estruturas para captação de água em propriedades rurais, o “Projeto Barraginhas”, além de ter obtido ao longo desse tempo importantes premiações voltadas à sustentabilidade, tornou-se referência em conservação hídrica no Espírito Santo. 

Prova disso é que, desde então, o município tem recebido representantes de prefeituras espiritossantenses interessadas em replicar esse tipo de técnica em suas cidades. Por meio de capacitações promovidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, eles vão a campo e aprendem as práticas de uso e conservação do solo.

Uma equipe de Aracruz, cidade do Norte do Estado, veio a Atílio Vivácqua, na quinta (29) e sexta-feira (30) da última semana. Participaram do treinamento, ocorrido em uma propriedade rural da localidade de Córrego da Fama, técnicos e operadores de máquinas das secretarias aracruzenses de Meio Ambiente e de Agricultura, além de funcionários do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE).   

Já nesta terça-feira (4), foi a vez de Alegre, município da Região do Caparaó Capixaba, representada por um grupo de profissionais especializados de sua Secretaria Executiva de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. 

Também vieram, anteriormente, equipes de Irupi, de Rio Novo do Sul, de Cachoeiro de Itapemirim e de Presidente Kennedy, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), da Escola Família Agrícola (EFA) de Belo Monte (Mimoso do Sul) e do Consórcio Público Rio Guandu.

A previsão é que, nas próximas semanas, o “Projeto Barraginhas” capacite servidores da cidade de Bom Jesus do Norte (do extremo Sul do ES) e, ainda, de dois municípios de Minas Gerais.

“Sentimos imensa gratidão em podermos contribuir para as recuperações de várias bacias hidrográficas do Espírito Santo. Agradeço a toda nossa equipe e, especialmente, ao prefeito Josemar Machado Fernandes, por todo o apoio ao projeto. Pois é muito importante termos um gestor que entenda a relevância de uma iniciativa desta natureza, cujos resultados os cidadãos atilienses verão não de imediato, mas a médio prazo, em torno de dois anos”, enfatiza o secretário municipal de Meio Ambiente, Marcio Menegussi Menon.

Sobre as barraginhas

Tratam-se de pequenas bacias escavadas no solo, com diâmetro de até 20 metros, tendo de 8 a 10 metros de raio e rampas suaves. 
Esta tecnologia foi desenvolvida, originalmente, a partir de projeto desenvolvido na unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Sete Lagoas (MG), que é coordenado, até hoje, pelo engenheiro agrônomo Luciano Cordoval.

São construídas dispersas nas propriedades, com a função de captar enxurradas, controlando erosões e proporcionando a infiltração da água das chuvas no terreno. Assim, preservam o solo e promovem a recarga dos lençóis freáticos, que abastecem nascentes, córregos e rios.

Produtores e proprietários interessados em aderir devem comparecer na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Rua Florcinda Leal, nº 40, Centro). O atendimento é de segunda a sexta, das 7h às 16h. O “Projeto Barraginhas” conta com parceria da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).

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