Professores capixabas concorrem ao Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora

A premiação vai acontecer em São Paulo, nesta quinta-feira (12)

Dois professores capixabas, da rede pública e privada de educação, foram selecionados para a etapa nacional do 2º Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora e vão representar o Espírito Santo na final, nas categorias Ensino Fundamental 2 e Ensino Superior. A premiação vai acontecer nesta quinta-feira (12), durante o evento da Best Educar, em São Paulo.

Os finalistas implementaram os projetos de Educação Empreendedora nas instituições onde atuam e foram reconhecidos pela segunda vez. Eles já haviam sido premiados na etapa estadual do prêmio, em dezembro.

Para a professora Fernanda da Silva Geraldo, que trabalhou a sustentabilidade e o empreendedorismo com os alunos do 9º ano da EMEF Cândida Soares Machado, em Guarapari, participar dessa final é motivo de orgulho.

“Estou muito feliz pelo reconhecimento, pois nos mostra que estamos no caminho certo. Acredito na transformação social pela educação. Coração batendo forte por estar vivendo tudo isso!”, comemora.

Com o projeto ‘Reaproveitamento, Arte e Artesanato’, a professora ensinou sobre a transformação de resíduos sólidos em artesanato com a técnica mosaico ecológico.

“Neste contexto trabalhamos sustentabilidade, responsabilidade social, cooperativismo e empreendedorismo, e através desta ação oportunizamos aprendizagens que aguçaram a autonomia de nossos alunos, direcionando-os para diferentes possibilidades de inovação em um ambiente escolar mais atrativo e mão na massa”, ressalta Fernanda.

Na categoria Ensino Superior, o finalista é o professor Marcelo Camponez, com o projeto “Inova Business”, na Universidade Vila Velha, que começou apenas com alunos do curso de engenharia, mas foi ganhando adesão, se tornou um evento, o “Inova Week”, e hoje já conta com a participação de alunos de todos os cursos.

“Inicialmente era um projeto para que alunos pudessem entender as dores de algum negócio e propusessem uma solução por meio de um protótipo dentro de um modelo de negócio e apresentassem em forma de pitch para os professores. Hoje ele é um evento que envolve cerca de 6 mil alunos da universidade e tem um público de aproximadamente 15 mil pessoas durante a semana do evento. Estou muito feliz de representar o Espírito Santo na premiação com este trabalho”, comemora o professor.

Para ele, ensinar inovação é fazer com que os alunos coloquem a mão na massa e aprendam na prática sobre os processos.

“Normalmente, o aluno participa de três a quatro vezes do Inova Week, e já começa a entrar nesse mundo da inovação, das startups, das aceleradoras. Nessas participações, ele já vai sair com uma experiência muito boa, tanto em termos de negócios, relacionamento, quanto em como fazer um pitch, como montar um plano de negócios. Estas são habilidades muito importantes para o mercado de trabalho e é a contribuição que o projeto dá aos alunos”, destaca.

Educação Empreendedora no ES

O programa Educação Empreendedora, desenvolvido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), tem como objetivo promover políticas de formação e inserção do empreendedorismo nas escolas, passando pela educação básica até o ensino superior.

Os dados mais atualizados sobre o programa estimam que, nos últimos oito anos, cerca de 182 mil alunos foram capacitados para o empreendedorismo em mais de 3 mil instituições de ensino do Espírito Santo. Só no ano passado, o programa alcançou mais de mil professores no estado e atendeu 25.872 estudantes capixabas.

“O programa trabalha o empreendedorismo como uma forma de preparar crianças e jovens para um novo mundo de trabalho, que exige flexibilidade, capacidade de iniciativa e adaptação às mudanças. Sabemos que a educação é o caminho para uma sociedade mais igualitária e somada ao empreendedorismo ela ajuda a formar cidadãos mais preparados a enfrentar os desafios do dia-a-dia, seja conduzindo seus empreendimentos ou colaborando com a construção de uma sociedade mais justa e capaz de evoluir de forma inovadora”, ressalta a coordenadora do Programa Educação Empreendedora do ES, Fabíola Bravim.

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