Outubro Rosa | Findes apoia o mês da conscientização do câncer de mama

O mês de outubro é marcado como o mês da conscientização e prevenção do câncer de mama. Esse movimento, conhecido mundialmente, se chama “Outubro Rosa” e ressalta a importância da detecção precoce do câncer de mama. A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) apoia todas as iniciativas que ajudam a educar, prevenir, diagnosticar precocemente e tratar a doença.

Para a presidente da Federação, Cris Samorini, o mês de outubro vem para reforçar a prevenção ao câncer de mama. “Esse movimento, assim como todos os outros que reforçam a atenção à saúde, colabora para alertar a importância do autocuidado e o autoexame entre as mulheres, como som de alerta, mas, principalmente, para prevenção e possível tratamento precoce da doença”, destaca Samorini.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o que mais acomete as mulheres e, um dos mais importantes fatores de risco, é a idade. Cerca de quatro em cada cinco casos ocorre após os 50 anos. Neste ano, o INCA lançou sua sexta cartilha com foco principal na prevenção primária e no fortalecimento das recomendações do Ministério da Saúde para o rastreamento e o diagnóstico precoce do câncer de mama. Clique aqui e conheça a cartilha!

Aqui no Espírito Santo, temos a Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer (Afecc) – Hospital Santa Rita de Cássia, reconhecido como o maior complexo oncológico do Estado. Para conhecer esse movimento, assim como nos anos anteriores, a Loja Outubro Rosa da Afeec está montada no Shopping Vitória. Toda a arrecadação será destinada ao tratamento de câncer dos pacientes do SUS no Hospital Santa Rita.

“Com o movimento Outubro Rosa, levamos informação e orientação às mulheres e também a toda sociedade, independentemente de sexo e idade. Há anos ampliamos nossa abordagem no Outubro Rosa para o câncer como um todo. Nossa missão é orientar, alertar para a importância da detecção e tratamento precoces da doença, além da importância do cuidado diário e permanente com a saúde”, destaca a presidente da Afecc, Marilucia Silva Dalla.

Dúvidas sobre o tema

Dr. Loureno Cezana, oncologista clínico

Para esclarecer algumas dúvidas sobre o tema, conversamos com o Dr. Loureno Cezana, oncologista clínico do grupo da Afecc – Hospital Santa Rita de Cássia.

– Como diagnosticar o câncer de mama?

O câncer de mama no Brasil afeta anualmente próximo de 65 a 70 mil mulheres. Essas mulheres têm o diagnóstico por meio do exame de rastreamento, as vezes numa fase assintomática. Outras pacientes descobrem a doença por meio do exame físico, quando percebem um nódulo no seio, muitas vezes num estágio mais avançado e sendo o diagnóstico definitivo feito através de uma biópsia.

– Quais os fatores que levam o desenvolvimento do câncer de mama?

Na maioria dos casos, o câncer de mama tem como fator de estímulo o hormônio feminino. Então, situações que levam a grandes exposições de hormônio feminino, seja por origem exógena (quando a paciente usa anticoncepcional ou quando faz reposição hormonal) ou por fatores endógenos (menopausa tardia e a primeira menstruação precoce), são fatores de risco. Além disso, a obesidade e alguns hábitos de vida levam ao desenvolvimento de câncer de mama. Em 5 a 15% dos casos existe hereditariedade.

– Existe alguma forma de se evitar o câncer de mama?

Como fatores de proteção, nós temos: hábitos saudáveis, a prática de esportes e atividades físicas, controle de peso e a amamentação.

– Como a mulher pode perceber a doença?

O melhor método de rastreamento da doença é a mamografia.

– O que é a mamografia?

A mamografia é um raio-x da mama que deve ser realizado obrigatoriamente a partir dos 50 até os 70 anos de idade. Numa situação ideal, a partir dos 40 anos fazer a mamografia para se detectar lesões precursoras ou tumores de fase inicial.

– Com o autoexame podemos rastrear a doença?

O autoexame é muito importante para a paciente conhecer o próprio corpo. Mas não utilizamos como método eficaz de rastreamento. O autoexame vai detectar um nódulo maior que 1 a 2 cm, que é o caso de uma doença mais avançada. E nós, precisamos detectar de forma precoce.

– O que mais a mulher pode fazer para se cuidar?

Orientamos eliminar os fatores de risco modificáveis já citados. Por exemplo, caso tenha histórico de câncer na família, é necessário analisar outro método anticoncepcional que não seja hormonal e procurar, ainda jovem, um médico para conversar sobre o risco individual. Além disso, é muito importante realizar os exames de rastreamento conforme indicado para cada faixa etária.

Compartilhe nas redes sociais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *