OPINIÃO: Isolamento social e saúde mental

O colunista Dr. Bruno Silvino é Bacharel em Direito, Licenciado em Letras – UFMG, acadêmico em Biomedicina – Estácio de Sá e Diretor administrativo do Laboratório Bioclínico

Manter o isolamento social está cada dia mais difícil. No início da pandemia era cada um na sua casa, no seu apartamento, separados e apartados.

E mesmo junto dos seus numa mesma casa isolada, a rotina mudou e nem todos se adaptaram. Ia sair, colocava a  máscara e passava álcool nas mãos quando encostava em qualquer superfície. Quando voltava, dava banho nas compras. Rotina difícil e até mesmo chata. Alguns continuam muito cuidadosos, mas o tempo passa e vamos relaxando, mantendo umas coisas e deixando outras de lado, levados pelo novo normal anormal.

Quem não quebrou o isolamento social nem uma única vez que atire a primeira pedra. Seja jovem ou idoso, homem ou mulher. Um passeio, um aniversário, uma reunião, uma visita. Com máscara e muito álcool, em gel, mas que quebramos, quebramos!

O Homem, ser social, tem sua saúde mental dependente do contato com o outro. Sem essa aproximação, sentimos mais ansiedade e solidão, ficamos mais estressados e deprimidos. Dependemos do outro para sobreviver.

Alguém sabe medir a falta que faz um abraço, um beijo ou um boa noite? Alguém pode dizer se há saúde mental quando há medo do futuro? Ou, pior ainda, o medo da falta de futuro?

A COVID-19 é democrática e pode ser cruel. As vacinas estão aí. Em passos lentos nos dão perspectiva, mas nenhuma garante 100% de eficácia.

A pandemia vai passar! Até lá, máscaras sim, higienização das mãos sempre e distanciamento social também. Mas em nome da nossa sanidade mental, isolamento total, nunca!!!

Foto: https://pebmed.com.br/

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