OH, PROFESSORA QUERIDA!

Em homenagem a minha amiga Léa Anholetti

Já vou logo afirmando que trabalhar na educação não é para qualquer um. Há que se ter calor humano. Sem contar naquele velho jogo de cintura e uma preparação psicológica ensinada pela vida, pois, vivenciamos na sala de aula, muitos dias de riso, mas também derramamos rios de lágrimas tanto nas alegrias quanto nas tristezas. Agora, consegue, caro leitor, imaginar um profissional que vivenciou no seu local de trabalho todas as sensações que trinta anos de profissão podem proporcionar?

Enquanto os nossos superiores não se decidem com quantos anos um professor irá se aposentar, celebraremos aqueles que hoje têm esse direito ainda garantido e vamos oferecer-lhes o nosso muito obrigado pela tarefa cumprida por tantos anos de dedicação na formação de muitos cidadãos que passaram pelos seus caminhos. E é nesse momento que busco na memória os docentes que marcaram minha vida de ser humano em eterna formação.

Não tem jeito, sempre teremos um relacionamento de amor e ódio com muitos professores que passaram pela nossa trajetória escolar, principalmente, aqueles que possuem o maior número de aulas: Língua Portuguesa e Matemática. Definitivamente, são os inesquecíveis! Quem nunca copiou horas infinitas? Quem nunca fez infindáveis resumos de obras literárias? Quem nunca decorou a tabuada para que o professor a tomasse no dia seguinte? Quem nunca morreu de amores por esses professores?

Mas foi lá na sexta série que me apaixonei pela matemática. Não era por menos, a professora, em sua singela sapiência, acabava conquistando-nos com seus números, seu sorriso, seu carinho, porém, não posso deixar de falar também: com suas doideiras. Por isso, amava as aulas de matemática e a cada novo desafio que enfrentava nas continhas, fazia de tudo para fechar as provas e assim ter a atenção da professora querida.

 A educação é uma caixinha de surpresas.  Sabe como cheguei a essa conclusão? Passados vários anos, minha vida atravessou novamente o caminho da professora de matemática, contudo, dessa vez, tornei-me sua colega de trabalho: ela nos números e eu nas letras. Quantas gargalhadas passamos a dar juntas! Quantas situações inusitadas tivemos que sair pela tangente! Quantas vezes também discordamos em diversos pontos! Quantas vezes rimos, choramos, brigamos, gritamos e festejamos!

Quando nossa história se entrelaça a de um ex-professor, podemos concluir que chegamos aos verdadeiros objetivos da educação que são ensinar e aprender, mas não necessariamente nessa ordem, um dia descobrimos que o importante é aprender junto, o processo educacional é um ciclo constante e vamos observando que os nossos papéis oscilam entre professor e aluno para a vida toda.

Quão importante é essa professora de matemática em minha vida! Nossa amizade começou através dos números quando eu ainda era apenas uma criança, mas agora somos duas mulheres que pulamos o muro da escola para expandir os laços profissionais para a vida como ela é: cheia de obstáculos, de idas e vindas, de amores, de separações, de voltas e revoltas, de sonhos, dissabores…

Enfim, já aprendemos com o Pequeno Príncipe que somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Hoje, professora de matemática, ao completar mais uma primavera, você encerra uma parte do seu ciclo na educação, entretanto, já parou para pensar quantas gerações cativou? Já pesou na balança o quanto ensinou e aprendeu durante todos esses anos? Ah, professora querida! Apenas colocaremos um ponto e vírgula na nossa história porque agora ela tomará outros rumos para que nossa amizade seja igual aos números: cheia de infinitas possibilidades.

LI E GOSTEI

Unindo a história e a ficção, Um banquete para Hitler mostra os extremos de privilégio e opressão sob a ditadura do Fürher, expondo os dilemas morais da guerra em uma história emocionante, cheia de atos de extraordinária coragem em busca de segurança, liberdade e, finalmente, vingança. Fonte: Saraiva.

ASSISTI E GOSTEI

27 anos depois dos eventos de “It – A Coisa”, Mike (Isaiah Mustafa) percebe que o palhaço Pennywise (Bill Skarsgard) está de volta à cidade de Derry. Ele convoca os antigos amigos do Clube dos Otários para honrar a promessa de infância e acabar com o inimigo de uma vez por todas. Mas quando Bill (James McAvoy), Beverly (Jessica Chastain), Ritchie (Bill Hader), Ben (Jay Ryan) e Eddie (James Ransone) retornam às suas origens, eles precisam se confrontar a traumas nunca resolvidos de suas infâncias, e que repercutem até hoje na vida adulta. Fonte: Adoro Cinema.

Compartilhe nas redes sociais

Leia Também

ENQUANTO HOUVER SOL… 26 de outubro de 2020
Literatuando 14 de novembro de 2019
Dona da Foto 12 de agosto de 2019

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *