Ô MENINO, SEBASTIÃO!

Que somos um povo sem memória não é novidade   , muito menos, que endeusamos aquilo que vem de fora e nos esquecemos que no chão da nossa terra existem grandes pessoas que fizeram história. Só para se ter uma pequena noção, duvido quem não saiba nomes de celebridades de Hollywood de cor e salteado, além do mais quando o estilo é do colonizador que nos infiltraram goela abaixo para ser o dito perfeito, como por exemplo, Brad Pitt, Cris Evans, Bradley Cooper e tantos outros que seguem o padrão europeu estabelecido.

Agora, duvido quem saiba quem foi Sebastião Bernardes de Souza Prata. Com esse nome, ninguém o reconhecerá. Por ser negro, faltou-lhe credibilidade, mas, sobrou-lhe talento. Esse talento que lhe deu força para sobreviver. Afinal de contas, ter um pai que morreu esfaqueado, uma mãe alcoólatra, uma esposa que assassinou o filho e depois se suicidou, somente fugindo com o circo para ter alegria.

Porém, Sebastião queria era correr esse chão de barro Brasil afora, não era a obrigação de estar que lhe agradava, mas o prazer de ser brasileiro, com o gingado no corpo, o sorriso no rosto e um sincero despertar para declamar poesias, dançar e fazer graça que lhe renderam pais adotivos importantes na sociedade.

Ninguém mais segurou esse menino, engajado do jeito que era, atrevido e esperto do jeito que quisera, saiu da escola para ingressar na vida artística, começando pela Companhia Negra de Revistas, até chegar ao maestro Pixinguinha.

Ô menino levado, meu senhor! Baixinho na altura, grande de emoção, pele escura, cabelo pixaim, sorriso largo e uma desvergonha descarada, que surgiram no Brasil das chanchadas! Ah, Sebastião! Onde está você, o sempre menino de coração? Quero ver você Macunaíma, cangaceiro, trapalhão, colocando uma plateia inteira a dar gargalhadas sem parar, pois é para isso que nasceu, para ser menino faceiro, bem daqueles que viram depois estrela lá no céu.

Sebastião, não é com esse nome que conhecemos você. Ô, menino, deixa-me contar para esse povo brasileiro que é o seu centenário, que sua morte lá em Paris só foi uma projeção para lhe termos guardado no fundo da nossa felicidade. Não é com tristeza que vamos celebrar, mas vamos chorar de tanto rir ao ver sua imagem guardada nas sete artes.

Dê-me licença que agora quero é estender um tapete vermelho que o homenageado do ano é o Grande Otelo: baixinho na altura, pele escura, cabelo pixaim, prova eterna de um país que é rico na diversidade de pessoas, não somente um padrão estabelecido pelo ianque.

Tem mais não.

 

LI E GOSTEI

livro Guilherme Augusto Araújo Fernandes

O livro infantil Guilherme Augusto Araújo Fernandes, de Mem Fox, conta-nos a história do menino que morava ao lado de um asilo de velhos e que em um determinado dia, surgiu-lhe a curiosidade de saber o que é memória e partiu em busca da resposta.

ASSISTI E GOSTEI

Jogos vorazes

O filme Jogos Vorazes: A Esperança – o final, 2015, dirigido por Francis Lawrence, termina a saga de Katniss Everdeen e de seus amigos para destruir a capital e, automaticamente, o assassinato de pessoas no massacre quaternário.

 

PARA REFLETIR

 lixo

OUVI E APROVEI

arnaldo Antunes

E na voz de Arnaldo Antunes: Porque é natal, hoje é natal/ Todo mundo vai saber/ Ao ver toda a cidade se acender/ Porque é natal, agora é natal/ E não tem nada de mal/ Em deixar a felicidade acontecer…

E A GRAMÁTICA… COM AS CURIOSIDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA

Os nomes próprios perderam seus acentos com a nova reforma ortográfica?

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Segundo o texto oficial do Acordo Ortográfico: “Para ressalva de direitos, cada qual poderá manter a escrita que, por costume ou registro legal, adote na assinatura do seu nome. Com o mesmo fim, pode manter-se a grafia original de quaisquer firmas comerciais, nomes de sociedades, marcas e títulos inscritos em registro público”.

Isso significa que pessoas cujo nome ou sobrenome tenham sido registrados com acento continuarão a assinar assim (“Andréia”, “Sabóia”, “Pompéia”, etc.). Mas atenção: nomes e sobrenomes de pessoas mortas serão escritos de acordo com a ortografia vigente, o que também deve ocorrer com novos registros. Quando se trata de nomes de logradouros (praças, avenidas, ruas, etc.), bairros e cidades, prevalece a grafia “nova”: Pompeia (cidade paulista), Quintino Bocaiuva (nome de rua), Coreia do Sul (nome de país), Saboia (nome de região da França), etc.

Adaptado de: www.educacional.com.br

 

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