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Novos andarilhos de Guarapari ameaçam, agridem, intimidam comerciantes e população no centro de Piúma

Pessoas em situação estão passando dos limites no centro de Piúma, de água no rosto de uma atendente de padaria, a agredir uma assistente social e um educador

Piúma novamente está na rota de vários homens que vivem em situação de rua e estão literalmente incomodando os comerciantes e clientes nas proximidades do Fórum da cidade. A Reportagem foi acionada por uma comerciante na manhã desta sexta-feira 17 que disse não saber mais o que fazer com estas pessoas que, além de intimidar os clientes, se passam por agentes de trânsito no estacionamento, aglomeram em frente ao comércio pedindo dinheiro e ameaçando quem não atende os pedidos deles.

A situação é complexa porque estes homens que apareceram nesta semana não estavam em Piúma e pelo que a reportagem apurou são de Guarapari. Tudo indica que foram trazidos (despejados) aqui propositalmente.

A jornalista conversou com alguns e não vai expor os nomes deles que lhe contaram que querem voltar a sua cidade. Mas não parece ser verdade, porque antes eles se contradizem, afirmam ser da Bahia, do Rio de Janeiro e de outros estados. Contam histórias diversas e são dependentes químicos, alguns extremamente agressivos, inclusive um deles ameaçou a jornalista (esta que vos escreve).

A reportagem tentou falar com a Secretaria de Assistência Social de Guarapari, mas ninguém atendeu. A situação é complicada, porque Piúma já tem a sua demanda e estes andarilhos não demonstram que querem voltar a sua cidade e encontrar seus parentes, muito menos querem ajuda, querem dinheiro para saciar os seus vícios.

Durante o tempo que a Reportagem os entrevistou e observou o comportamento deles, não é comida que querem, é dinheiro e se não for atendido acabam agredindo as pessoas que sentem medo.

O pastor Luiz César Ferreira de Oliveira, coordenador do Projeto Alfa Comunidade Terapêutica disse que nesta quinta-feira foi procurado pela caixa da Padaria da Família dizendo que haviam algumas pessoas abordando, ameaçando e coagindo alguns clientes na porta e até mesmo dentro do estabelecimento e também no verdurão. Outros estavam no estacionamento em frente ao Fórum abordando as pessoas e pedindo dinheiro, de forma ameaçadora. Alguns diziam que são traficantes e bandidos e que precisa de dinheiro a qualquer custo. “Uma das atendentes da padaria, um deles pediu água, ela entregou o copo e ele jogou a água no rosto dela. Ficou uma situação bem complicada, quando nossa equipe chegou ao local, que foi abordar para fazer a escuta qualificada com eles, perguntando nome e de onde são, eles falaram que são de Guarapari, um partiu para cima da nossa assistente social para agredi-la fisicamente. Nosso educador social entrou na frente dele e o conteu, ele o empurrou, surgiu o começo de uma confusão. A auxiliar administrativa teve que atravessar a rua porque ele partiu para cima dela. Elas ligaram para a PM, que veio, mas, disse para elas que não tinha como fazer nada, que não era o caso deles e que elas deveriam representar uma queixa crime contra eles e que não era lá, deveria ir para a delegacia, infelizmente, ficou por isso mesmo”, ressaltou o coordenador do Projeto Alfa.

Oportunamente, pastor Luiz disse que além da solicitação do jornal, o vereador Pretinho também pediu interferência na situação por parte do Projeto Alfa. “Nós também estamos sendo coagidos e ameaçados para fazer o nosso trabalho, que é a abordagem de pessoas em situação de rua com escuta qualificada. Eles estão com arma branca, com chuço e ameaçando todo mundo, dizendo que é bandido. Pedimos ajuda aos poderes, a vocês do jornal, a PM para para ouvi-los e saber para onde eles querem ir, o que eles precisam, realmente, eles estão ameaçando todo mundo e muita gente está reclamando, sendo coagidas por eles. Eu quero pedir ajuda a PM, porque fugiu da nossa esfera. Nós só podemos abordar as pessoas que deixam, que passam as informações, as que ameaçam e não nos passa informação não temos como fazer um trabalho. Passou a esfera da segurança”, frisou.

Disse o pastor que conversou com o vereador Pretinho e esclareceu tudo o que já foi feito em relação a denúncia dele. “Falei que vamos continuar acompanhando os mesmos pela abordagem. Ele concordou que se tornou um caso de polícia, inclusive ele orientou a moça da padaria a acionar o 190. Neste exato momento ele se encontra com outros vereadores e iria passar a minha informação e também vão pedir ajuda para a polícia nesta questão, um apoio”.

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