Não à violência contra a mulher, um grito de todos os dias. Creas de Piúma faz uma caminhada pelas ruas de Piúma

A Caminhada passou pelo bairro Tamarindo porque em uma pesquisa realizada foi evidenciado que muitas mulheres sofrem violência nesta região da cidade

Violência Contra mulher: um tema de todos os dias

A Secretaria Municipal de Assistência Social de Piúma através do Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, realizou uma caminhada pelas Ruas do bairro Tamarindo até o centro, em frente ao Fórum, na manhã desta sexta-feira, 05, com um grito – “Não a Violência contra a mulher”, em alusão ao Agosto Lilás, mês de combate a violência e de aniversário da Lei Maria da Penha, que completa neste domingo, 07, 16 anos.

A caminhada começou no Portal de entrada da Ilha do Gambá, onde foi feita a foto oficial, com a participação do prefeito Paulo Cola, da primeira dama Pantilla Tononi, com a presença das Secretárias Municipais: Assistência Social, Jaqueline Surrage, Educação, Maira Marcarini, Meio Ambiente, Saúde, Mariana Metri, Meio Ambiente, Sofia Nogueira, a procuradora, Letícia Martins Gomes, a chefe de Gabinete, Lenilce Carvalho entre outras. Também estiveram presentes a coordenadora do Creas, Márcia Roncete e Thainá Toledo, Coordenadora do Cras, Sandra Feres, coordenadora da Casa de Passagem e as conselheiras tutelares, Daniele e Nega.

Marcaram presença também na Caminhada, a secretária Municipal de Mulheres do PSB, Thayane de Oliveira, a presidente do Movimento de Mulheres de Piúma – Momupi, Catarina de Souza e a delegada da Polícia Civil, Dra. Rosane Cysneiros, que falou da importância da Lei Maria da Penha e da ressignificação feminina.

De acordo com a secretária de Assistência, Jaqueline Surrage, a caminhada faz parte da Campanha Nacional Agosto Lilás, em alusão ao aniversário da Lei Maria da Penha, “a Assistência Social através do Creas, da coordenação de Márcia Roncete e sua equipe realizou a Caminhada como forma de promover uma reflexão sobre a violência contra a mulher que é praticada diariamente de várias maneiras, psicológica, patrimonial, sexual, física e moral”, disse. 

O prefeito Paulo Cola frisou que a violência contra a mulher é um tema que precisa ser enfrentado com muita responsabilidade. “Não se enganem, as notícias que saem na mídia, as violências que você toma conhecimento, é um número mínimo daquelas que estão subnotificadas, estão escondidas, estão dentro de casa e ninguém fica sabendo, quando uma mulher, é notícias de crime, muitos outros crimes estão escondidos, sufocados. É necessário trabalhar em duas frentes, punir severamente quem pratica violência contra mulher e também encorajar quem é vítima para que estas pessoas denunciem”, frisou o prefeito.

Oportunamente Paulo Cola assegurou que a municipalidade possui uma estrutura capaz de dar segurança e de atender a mulher vítima de violência contra a mulher. “Crie coragem e denuncie, vá ao Ministério Público, ao Poder Judiciário, as polícias, a Prefeitura tem uma equipe para receber estas denúncias. Mulher, vítima de violência, coragem, denuncie”, frisou.

A procuradora Letícia Martins Gomes falou as mulheres presentes e destacou que a campanha Agosto Lilás é importantíssima, frisou em tempo que, muito discutida, debatida e colocada em evidência a violência física e doméstica. Porém, a violência contra a mulher vai muito além da violência doméstica. “Ela é institucional, no campo, ocorre dentro de casa, no nosso local de trabalho e por isso, é tão importante colocar o tema em evidência. Hoje a maioria aqui é mulher, e aqui nós temos muitas mulheres empoderadas, valorizadas, mas cada uma de nós, sabemos, quantas vezes fomos caladas, interrompidas, silenciadas e tivemos de ficar em silêncio. Todas nós sabemos das nossas lutas, das nossas dificuldades e nós temos mudado, mudado o presente e mudado o futuro. Isso é responsabilidade minha, sua e deles também”.

Dra. Letícia destacou as cinco formas de violência: Humilhar, insultar, isolar, perseguir e ameaçar são formas de violência psicológicas, reter, subtrair ou destruir objetos e bens pessoais, controlar o dinheiro são exemplos de violência patrimonial. A procuradora salientou que, estuprar, assediar, impedir o uso de preservativo, forçar a relação são formas de violência sexual. Empurrar, chutar, amarrar, bater, violentar fazem partes da violência física e caluniar, difamar e injuriar são violências moral.

Segundo a procuradora, a Organização Nacional do Trabalho fez uma pesquisa e concluiu que o tráfico de pessoas, onde a maioria é mulher rende anualmente 32 bilhões de dólares. “Nós não temos noção disso, é o tráfico comercial, sexual. A Unesco realizou uma pesquisa há alguns anos e concluiu que dentre três meninas e mulheres, que ainda não completaram 18 anos, uma foi estuprada. O abuso sexual vai muito além de uma relação sexual, é um toque, é um beijo forçado, é um carinho forçado etc. Hoje esta caminhada e o mês de agosto torna em evidência o assunto. As pessoas não querem debater, por muito tempo isso ficou silenciado, mas hoje, nós temos a oportunidade de falar sobre o assunto, de promover políticas públicas e promover a inclusão da mulher em muitos locais que antes ela não era permitido adentrar e por isso, onde eu vou eu falo: mulheres, se capacitem, vão atrás para você ocupar qualquer espaço que seja, você precisa ter o conhecimento necessário para você estar lá, mas é possível para todas nós e por isso eu deixo o meu recado”, disse.

A procuradora salientou que é preciso prevenir a violência contra a mulher e é isso é responsabilidade de todos. E quando já tiver ocorrido é preciso combater o agressor ou a agressora e é necessário enfrentar a violência contra a mulher. E neste quesito, a procuradora citou a Secretaria de Assistência Social que vem trazendo assistência para as mulheres vítimas de violência doméstica.      

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