Movimento de Mulheres Bertha Lutz se solidariza com o caso do suposto estupro das meninas de São Mateus e pede justiça

O vereador acusado do crime está preso desde o dia 20 de dezembro. O Movimento Bertha Lutz se solidaria com as vítimas

Temendo que o vereador de São Mateus Robertino de Assis, acusado de estupro contra duas sobrinhas, uma de 12 anos e uma de 16, preso há 24 dias seja beneficiado por conta da sua influência política para tentar se livrar da prisão, o Movimento de Mulheres Bertha Lutz – ES, envia nota à imprensa se solidarizando com a família das adolescentes que supostamente sofreram o crime. “Se comprovado for este fato gravíssimo, muito suja a trajetória de uma cidade séria como a de São Mateus. O fato por si só já é bastante grave, ainda mais preocupante vindo de um representante do povo. Nós, as mulheres Bertha Lutz, solicitamos que todas as providências cabíveis sejam tomadas, que os fatos sejam averiguados, e, se comprovados, a justiça seja feita”.

De acordo com a nota enviada a imprensa pelo MM Bertha Lutz, o Estado do Espírito Santo, é o mais violento para as mulheres. “Não é de hoje, é cultural e histórico! Pedimos por justiça todos os dias, a cada 18h, segundo um levantamento feito do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é estuprada no nosso Estado, e quase 70% desses estupros são contra vulneráveis. Até quando isso vai continuar acontecendo? Até quando a injustiça será feita?

Somos mulheres, somos Berthas, não nos calaremos, lutaremos juntas até o fim!

A Polícia Civil informou que as vítimas do suposto estupro foram até a Delegacia de Jaguaré, porque estavam com medo de denunciar na delegacia de São Mateus, devido à influência política do vereador.

RELEMBRE O CASO:

O vereador Roberto Pedro de Assis, o Robertinho, foi preso pela equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de São Mateus, suspeito de ter abusado sexualmente de duas sobrinhas/afilhadas de 12 e 16 anos. No momento da prisão, o verador estava na sede administrativa da Prefeitura de São Mateus.

A ação teve o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) e da Delegacia Especializada de Armas e Munições (Desarme) e foi realizada durante cumprimento de mandado de prisão temporária.

Segundo informações da Polícia Civil, as investigações começaram assim que os responsáveis pelas vítimas foram até a Delegacia de Jaguaré, porque estavam com medo de denunciar na delegacia de São Mateus, devido à influência política do autor.

Ainda de acordo com a Polícia, as diligências apontam que os abusos acontecem há nove anos, mas ele não assumiu a autoria do crime. Durante o cumprimento do mandado, no veículo estava um revólver calibre .38, devidamente municiado com cinco munições. Além do cumprimento do mandado, ele foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e encaminhado ao Sistema Prisional.

Câmara de São Mateus informou que não vai se pronunciar até que “reúna informações oficiais” e que “assim que tiver uma posição, esta será tornada pública”.

DEFESA DO VEREADOR NEGA DIZENDO SER IMPROCEDENTES AS ACUSAÇÕES 

“Hoje, 20 de dezembro de 2021, o vereador Robertinho tomou conhecimento de um mandado de prisão temporária expedido pela 3ª Vara Criminal de São Mateus.

Ciente da ordem judicial, não resistiu a sua prisão e foi conduzido ao DPJ, sem uso de algema e com todas as garantias constitucionais asseguradas.

Em tempo, esclarece, que na condição de investigado, Roberto de Assis, o vereador Robertinho, cumprirá rigorosamente com todas as decisões emanadas pelo Judiciário, mantendo-se sempre à disposição da Polícia Civil para esclarecer qualquer fato ou investigação que tenha sido instaurada contra a sua pessoa.

Desde já, ressalta a defesa que são improcedentes todas as acusações que pesam contra o Vereador Robertinho e que comprovará a sua inocência, sobretudo, em respeito aos eleitores que creditaram seu voto ao referido parlamentar municipal.

Registra-se, por fim, que a defesa do vereador prezará neste momento por tomar todas as medidas viáveis e cabíveis, agindo sempre dentro dos limites legais e constitucionais.”

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