Milhares pessoas estão adiando a compra de imóveis em Vitória devido à crise

Veja como anda o comportamento dos clientes junto as imobiliárias

O sonho da casa própria tem ficado mais distante para a grande maioria dos brasileiros em virtude da crise econômica e social causada com a chegada da pandemia do Coronavírus. Assim como outros dos vários setores do mercado e da indústria, o segmento imobiliário está entre um dos afetados pelo recuo dos clientes.

Uma pesquisa realizada com mais 3.500 pessoas revelou que mais de 86% dos entrevistados deve rever a decisão de alugar ou comprar apartamento em Vitória no período a curto e médio prazo. Do percentual analisado, 64% diz que pretende esperar sete meses ou mais para fazer um investimento imobiliário.

Apesar da razão ser a mesma, pela chegada da pandemia, as motivações para o adiamento da decisão de compra entre os consumidores é diferente. O estudo revelou que entre os motivos está o fato de não poder realizar visitas em estandes ou conhecer a planta do imóvel. O segundo motivo se deve a insegurança financeira em tempos de pandemia. Ainda entre os motivos também aparecem o medo da contaminação pelo coronavírus (10%) e também sobre o que está por acontecer depois tudo passar (9%).

Essas reações em parte também são reflexo de um mercado que ainda não havia se recuperado da recisão nos últimos anos, acumulando uma demanda reprimida no setor. Em paralelo, esse comportamento resultou em um aumento no número de cancelamentos de contratos em torno dos 54%. Essa redução da procura também teve um reflexo na produção, onde cerca de 76% das construtoras e incorporadoras pesquisadas apontam atrasos na entrega das obras e outras 53% falam em atrasos significativos nas entregas. Veja a seguir quais as principais mudanças que já podem ser identificadas em meio ao mercado imobiliário:

Ritmo desacelerado

O mercado imobiliário dava alguns sinais de recuperação antes da chegada de 2020. Ainda em 2019 foram cerca de 44,7% de unidades residenciais vendidas, o que vinha representando cerca de 49,5% do que o ano de 2018. Já em unidades residenciais, foram cerca de 55,5 mil imóveis entregues, com um aumento de 49,6% do que em 2018. Em um panorama geral, foram R$ 22 bilhões de reais de vendas gerais no ano. Para 2020, a projecção era de um crescimento de pelo menos 10% no ano. Até o momento, o Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP) registrou queda de 35% nas vendas, com recuo de 55%. No mercado da construção cívil, os reflexos já tem um resultado mais imediato. Ainda no ano de 2019, o setor teve um crescimento tímido no Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 1,6%. Para 2020, a projecção era um pouco mais otimista, com uma perspectiva para em torno de 3%. Com a falta de um perspectiva mais otimista e um período sem previsão de fim, agentes do mercado estimam que o crescimento agora deve ser bem mais díficil.

Novas necessidades (e oportunidades)

As mudanças no momento da compra dos imóveis à venda em Vitória também provocam mudanças na tipo de imóvel procurado pelo consumidor brasileiro. Dados mostram que os clientes tem optado por bairros que apresentem comércio próximo (68%), unidades com ambientes bem divididos (63%), com a presença de varanda (57%) e vista desempedida (55%). Passado o choque inicial da transformação, as pessoas já começam a procurar por ofertas capazes de atender da melhor forma suas principais demandas, encarando as necessidade de uma forma diferente. Entretanto essas novidadades também trazem consigo novas oportunidades de gerar negócio. Existe uma expectativa por parte dos profissionais de mercado de imóveis no que diz respeito ao acesso ao crédito. Com recursos como a Taxa Selic e o acesso a emprestimos e financiamentos junto aos bancos, é possível que aumente a disponibilidade de crédito. Em relação ao preço dos imóveis, uma pesquisa revela que cerca de 22% dos consumidores acreditam que o preço dos imóveis diminuirá muito. Já 41% dos consumidores acredita que diminuirá um pouco e outros 25% acreditam que os preços devem permanecer iguais. Especialistas acreditam que quando a economia retomar e as atividades começarem a ser normalizadas, as negociações devem voltar a acontecer.

Novos caminhos

A chegada de uma pandemia acelerou a tomada de novas iniciativas para modernizar o mercado imobiliário e dar sequência nas vendas, a exemplo da digitalização. Um dos principais avanços apontados pelo Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP) são as escrituras que agora passaram a ser assinadas digitalmente, o que revela uma modernização também nas questões relacionadas aos cartórios tradicionais. Também é possível observar uma presença maior das imobiliárias no ambiente online, fazendo uso também de ferramentas de marketing digital, que possibilizam realizar as vendas de forma 100% online. Também outra novidade que tem sido exigida pelos próprios consumidores é uma modernização dos processos que já vem sido realizados atualmente junto também aos sites de imóveis e classificados online. Uma das principais necessidades dos consumidores também está no anúncio dos imóveis, para que passem a apresentar o endereço completo do imóvel facilitando uma busca mais aprofundada. Outros pontos revelam também a necessidade relacionada a fotos profissionais nos sites de busca, o que facilita a visualização dos imóveis, em tempos em que a visitação está restrita e em alguns casos até mesmo suspensa. Empresas que oferecem um atendimento diferenciado online, com o maior número de informações disponíveis, tem maiores chances de fechar negócios como de casas à venda em Vitória mesmo em período de pandemia. E mesmo com alguns iniciativas tendo sido iniciadas ou aceleradas neste período, a tendência segundo especialistas é que daqui para frente este processo seja cada vez mais procurado, desde o processo de pesquisa online até realização e finalização do contrato online, que agilize cada vez mais os processos de venda e locação e torne a experiência do cliente ainda mais moderna e fácil, com menos burocracia, mais segurança, confiança e entrega, junto aos parceiros de negócios como corretores de imóveis, imobiliárias e portais de imóveis digitais.

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