Médico do ES recomenda que pessoas com câncer evitem praias

Pacientes oncológicos devem evitar aglomerações mais ainda do que pessoas saudáveis, pois podem ter quadros graves da Covid-19

O verão chegou e a pandemia do novo coronavírus está ainda longe de acabar. No entanto, o que se viu na virada do ano no Espírito Santo foram praias lotadas e festas abarrotadas de pessoas. De acordo com o médico Guilherme Rebello, especialista em radioterapia, por maior que seja a vontade de sair e se divertir depois de 10 meses de restrições, o ideal é que as pessoas não frequentem estes ambientes, principalmente quem faz tratamento de câncer.

“Ninguém deveria estar frequentando estes locais, inclusive quem teve diagnóstico de câncer que porventura esteja com sua imunidade fragilizada, sendo então um paciente do grupo de risco da Covid-19”, explica Guilherme Rebello, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV).

E como fazer para evitar aglomerações na estação mais quente do ano? A dica é procurar uma praia mais deserta, respeitar o distanciamento social de um metro e meio de outras pessoas, além de sempre higienizar as mãos. E não frequentar festas, sejam elas clandestinas ou familiares que reúnam muitas pessoas.

“O paciente de câncer deve conversar primeiro com o seu médico. De preferência, ele não deve ir à praia. Caso ele possa ir, o ideal é procurar locais mais isolados, evitando as aglomerações. E deve sim usar máscara, porque além de obrigatória, ela protege de contrair e transmitir o vírus”, destacou.

De acordo com o especialista, frequentar ambientes aglomerados e pegar o coronavírus pode agravar o quadro de saúde de quem trata câncer. Isso ocorre devido à queda na imunidade após uma cirurgia ou por conta de tratamentos como radioterapia, quimioterapia, cortisona e transfusões de sangue.

“Pacientes oncológicos são mais vulneráveis e estão suscetíveis a quadros mais graves da infecção por Covid-19 e suas complicações”, disse Guilherme Rebello.

Como profissional de saúde que cuida de doença crônica como o câncer, o médico admitiu sentir tristeza ao ver tanta gente ignorando os alertas feitos pelas autoridades para evitar o coronavírus.

“O sentimento é de tristeza. Um total descaso com a parcela da população que está respeitando as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS)”, afirmou.

O que fazer após sintomas

Caso a pessoa em tratamento de câncer apresente sintomas do novo coronavírus, como febre, tosse seca e coriza, a orientação é avisar imediatamente os médicos que cuidam dela e fazer o isolamento domiciliar de 14 dias.

No geral, o paciente de câncer que faz radioterapia ou quimioterapia segue uma programação. E até mesmo quando há um familiar em casa com coronavírus, ele também tem que fazer o isolamento e avisar essa situação para o médico que o acompanha, para programar seu retorno às sessões para quando a quarentena terminar, pois o câncer não pode esperar. E antes de voltar precisará realizar o teste de Covid-19 para saber se está tudo bem.

Sobre o IRV

Fundado em 2005, o Instituto de Radioterapia Vitória (IRV) é a única clínica privada do Espírito Santo para o tratamento de câncer por meio deste serviço. Funciona nas dependências do Vitória Apart Hospital, na Serra, com tecnologia de ponta e equipe altamente qualificada que tem como filosofia de trabalho o acolhimento dos pacientes.

O IRV tem convênio com os maiores planos de saúde do Espírito Santo, como Unimed, Samp, São Bernardo, Bradesco Saúde, MedSênior, Pasa/Vale, ArcelorMittal, Petrobras, Cassi (BB), Saúde Caixa, Banescaixa, Amil, entre outros.

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