Manoel Manhães, o jornalista que nunca teve medo da verdade, colocava os hipócritas no lugar deles, morre no Hospital Evangélico

Para nós do jornalismo fica um legado, a verdade a escrita deve ser pontual, elegante, irônica para atingir no âmago a quem se destina a mensagem

A COLUNA DO DAHORAES

Quisera eu ter a honra de poder organizar seus mais polêmicos artigos e pudesse expor para que todos os jovens e estudantes pudessem se aproximar da escrita crítica do jornalista Manoel Manhães, que morreu na noite desta quarta-feira, 27, de Cachoeiro de Itapemirim. Há mais de 40 anos exerceu brilhantemente a advocacia.

Que lástima ter tido tão pouco tempo para prosear com um cara tão incrível como o jornalista que sofreu um aneurisma e acabou só, num quarto do Hospital Evangélico em Cachoeiro de Itapemirim, de onde partiu para um plano muito superior a esta medíocre galáxia onde estamos. Alguns agora vão chorar sua partida, lamentar e até dizer que foste um cara acima da média, sim, os hipócritas que te xingaram no silêncio deus covis, me lembra um pouco Brás Cubas.

Manoel Manhães, não teve medo dos ditos poderosos, não fez conchavos para se dar bem, escreveu de forma magnífica e deixou muitos imbecis políticos putos da vida. Eu sempre o admirei por isso.

O jornalista era acima de um PI (Pedido de Inserção), muito além da notícia, era muito mais corajoso do que somos, não procurava sinônimos nas palavras para dar o recado a quem tivesse a frente de sua “pena de galhofa”.

Nós vamos pedir licença dr. e jornalista, e a Tiago Rocha, editor do Da HoraES e vamos publicar na integra um dos últimos artigos de Manhães publicados na Coluna Desvio de Coluna, “O retorno da Verdade”, por hora só um trecho. “Precisamos amadurecer, político honesto é igual ácaro: a gente sabe que existe, mas nunca ninguém viu um! É incontestável! Basta de ilusões! Tá sacando qual é? Diz aí: o que o Campari, a política e o PT têm em comum com a inveja? A inveja é uma m….. Valeu! É isso aí! Você pode até ser Bota-Trico-Vascaino, petista, político, beber campari ou tudo isso junto. Mas sem racionalizar, sem fugir da verdade, respondeu com a própria. Absoluta. Imutável. Irrefutável”.

Eu, jornalista intrusa na imprensa, queria na verdade ter tido umas oficinas com você, meu caro Manhães, teria melhorado a minha escrita para que, enquanto ficar aqui, possa produzir artigos tão necessários quanto o que publicaras ao longo de sua trajetória.

Enfim, o corpo do Manoel Manhães, o tão polêmico jornalista para uns, está sendo velado na Capela Mortuária do bairro Coronel Borges, em Cachoeiro de Itapemirim, onde ele tanto amou fazer suas ponderações, principalmente, chamando para a responsa os detentores de cargos políticos, e será sepultado as 13h00. Manhães partiu as 20h00 de ontem. Sentirei, sem dúvida saudades de suas crônicas, dos seus artigos.

Onde estiver, descanse em paz, meu caro nobre amigo jornalista. Suas verdades ecoam em mim e eu quero produzir tantas outras enquanto estiver escrevendo por aqui. Siga na luz, em breve quem sabe a gente não se esbarra de novo.

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