(MAL)DITOS

Deu Crônica

Na série Stranger Things, da Netflix, crianças vivem fugindo de um ser sobrenatural que nomearam como Demogorgon e este vive num mundo invertido, ou seja, há um portal onde as pessoas saem do mundo normal para outro habitado por seres horrendos. Não obstante, é necessário notar que a ficção está virando realidade, pois nesta encontramos não os monstros sobrenaturais, mas sim pessoas com as mesmas qualidades e poder de destruição para com a humanidade. O que temos para o momento é um grande espetáculo de horrores.

Instituídos em 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU), os Direitos Humanos estão numa constante corda bamba, protagonizando o show de absurdos que estamos presenciando em nosso país. Há que se observar que vivemos numa nação com muitas dívidas históricas, porém, parece que algumas pessoas que estão no poder querem ignorá-las e o pior de tudo é que uma parte significativa da população está agindo como Maria vai com as outras.

É sério que os índios têm que perder terras? Essa dívida com o extermínio indígena já foi paga? A hecatombe produzida no processo de colonização deixou de existir? Querem apagar essa tragédia de nossas memórias?  É real essa balbúrdia de que universidade deve perder verbas e que pobre não tem direito aos estudos? Eu entendi bem quando propuseram que as minorias devem trabalhar até depois da morte (piada)? O quê? No Brasil não teve Ditadura? Aqui ninguém passa fome?

A ignorância do Poder Executivo não fecha os olhos somente para a história. Na Geografia, a Paraíba virou região. Na Língua Portuguesa, cônjuge virou “conje”. Para o meio ambiente, excesso de agrotóxicos é normal. Pisando no Estatuto da Criança e do Adolescente, é banal criança trabalhar. População armada virou sinônimo de Segurança Nacional. E há quem ainda defenda essas ideias e propaga tais aberrações, inclusive, em espaços de saberes coletivos, como as salas de aula.

Você achou interessante ouvir “fique à vontade” quem quiser vir ao país “fazer sexo com uma mulher”? Então não se importará com um profissional da educação espalhando aos quatro ventos que “mulher não presta pra nada”. É difícil pensar que um indivíduo como esse nasceu de uma mulher, ainda conseguiu casar com uma mulher e colocar uma filha no mundo. O energúmeno consegue com frases como essa ignorar sua própria existência. Porém, infelizmente, ganha adeptos que, lá na frente, assassinarão uma mulher, aumentando ainda mais nossas taxas de feminicídio do nosso tão amado Brasil.

É difícil engolir pessoas que acreditam em tais circunstâncias abordadas e que exaltaram (e exaltam) o “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, ignorando um preceito tão essencial para nossas vidas que é “amar o próximo como a ti mesmo”. Será que essas pessoas se dão conta das asneiras que contam? Queria entender… Por que esses malditos ficam espalhando mal ditos?

VI E GOSTEI

Simba (Donald Glover) é um jovem leão cujo destino é se tornar o rei da selva. Entretanto, uma armadilha elaborada por seu tio Scar (Chiwetel Ejiofor) faz com que Mufasa (James Earl Jones), o atual rei, morra ao tentar salvar o filhote. Consumido pela culpa, Simba deixa o reino rumo a um local distante, onde encontra amigos que o ensinam a mais uma vez ter prazer pela vida. Fonte: Adoro Cinema.

LI E GOSTEI

Nos tempos sombrios que atravessamos, em que frustração e ódio se alimentam mutuamente e a incivilidade parece triunfar, qual o papel da literatura? Campo de disputas, como qualquer outra prática social, ela não oferece respostas ou soluções. Mas pode ajudar a elaborar perguntas e, ao aproximar leitores de outras experiências, de outras perspectivas, a produzir uma consciência mais clara tanto de nossa humanidade comum quanto das estruturas de dominação que nos separam. Fonte: Amazon.

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