“Live” comemorou os 20 anos do Teatro Municipal Fernando Torres de Guaçuí/ES

O grupo Gota, Pó e Poeira organizou a “live” que foi transmitida por meio de seu canal oficial no Youtube e contou um pouco da história do teatro

Talvez não tenha sido como os artistas de Guaçuí, principalmente, os componentes do Grupo Teatral Gota, Pó e Poeira, imaginavam a comemoração dos 20 anos do Teatro Municipal Fernando Torres, com as cadeiras vazias, por causa da pandemia do novo Coronavírus que não permite aglomerações de pessoas. Mas como “todo artista tem que ir aonde o povo está”, o jeito foi entrar na casa das pessoas pelas redes socias com uma “live” transmitida direto do palco do teatro, na noite da última terça-feira (30).

O grupo organizou a “live” que foi transmitida por meio de seu canal oficial no Youtube e contou com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Semcultes) e do Setor de Comunicação da Prefeitura. A apresentação ficou por conta do diretor do grupo, Carlos Ola, e da também componente do grupo, a atriz Aline Saraiva. Antes, um vídeo apresentou um breve histórico do teatro, falando sobre o início das obras até sua inauguração e sua importância na cultura capixaba. O espaço é referência no Estado, em apresentações de dança, teatro, seminários e shows, sendo muito importante no movimento da economia de Guaçuí.

A história do Teatro Fernando Torres também foi o foco da conversa entre Carlos Ola e Aline, ao mesmo tempo em que foram exibidos vídeos de artistas que se apresentaram na cidade, no palco do teatro, falando de sua importância, para a cultura do município, do Estado e até do Brasil, destacando a realização anual do Festival Nacional do Teatro que, este ano, não deve acontecer, pela primeira vez, desde que o teatro foi inaugurado, reunindo grupos teatrais de todo o país. Entre os depoimentos, podem ser destacados, o bailarino e professor Rick Reis, de Guaçuí, José Celso Cavalieri, da JC Produções, de Vila Velha, Luiz Navarro, da Trupe Cara & Coragem, do Tocantins, Luiz Carlos Cardoso, do Grupo Anônimos de Teatro, de Vitória e Cachoeiro, o ator, diretor e iluminador, Erike Busoni, e o diretor artístico do Grupo Teatral De 4 no Teatro, do Rio de Janeiro. Tudo isso, entre intervalos da apresentação do peça “Bumba meu boi”, feita por outros membros do grupo.

Momentos

Carlos Ola lembrou do início das obras, em 1985, destacando o empenho do ex-prefeito Luiz Moulin, para sua conclusão, o que não foi possível, sendo preciso esperar 15 anos, para que o sonho se concretizasse. A obra foi finalizada com recursos do Governo do Estado e, na inauguração, em 2000, na administração do prefeito João Leonel, o destaque ficou com a presença do ator Fernando Torres – guaçuiense e homenageado da noite –, junto com sua esposa, a atriz Fernanda Montenegro. “A ideia da construção partiu do então prefeito Luiz Moulin, mas depois as obras ficaram paradas e, para sua conclusão, foi muito importante a ação do Maurício Silva, do Departamento Estadual de Cultura (DEC), que levou à frente e concluiu o projeto”, lembrou.

O diretor do grupo também falou sobre os obstáculos, como as infiltrações no telhado – que deixavam chover dentro do teatro –, o que foi solucionado pela atual administração municipal que realizou a primeira reforma do local, desde sua inauguração. Assim como de momentos marcantes, como o primeiro espetáculo a se apresentar, “A Lenda do Talismã”, e a casa cheia em peças como “Por favor, matem minha empregada”, “Meu tio é tia” e “Pretas por ter”. “O primeiro festival também foi inesquecível e a peça vencedora, “Cante para eu dormir”, emocionou o público”, recordou, Carlos Ola. “Entre muitos outros momentos, como as peças ‘Deus no divã’, ‘Orlando’ e ‘Um minuto pra dizer que te amo’”, completou.

No hall de entrada do teatro também está montada a exposição fotográfica “20 anos – Teatro Municipal Fernando Torres”, com fotos que relembram momentos históricos e artistas que se apresentaram nele. Entre estas, fotos do dia da inauguração, onde estão Fernando Torres e Fernanda Montenegro que deixaram suas assinaturas na parede central do acesso à plateia do teatro, as quais são protegidas por uma placa de acrílico.

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