Lideranças do café debatem sobre desenvolvimento do setor

A cafeicultura capixaba recebeu nesta segunda-feira (14), o planejamento estratégico para o desenvolvimento da cadeia do café, realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae/ES) em parceria com o Governo do Estado através da Secretaria Estadual de Agricultura, Aquicultura e Pesca (Seag) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), além da participação de diversos parceiros como FAES/SENAR, CETCAF e OCB/ES, MAPA, academias, entre tantos outros fundamentais que compõem os elos da cadeia. 

A entrega faz parte das ações de estruturação do Programa de Desenvolvimento da Cafeicultura do Estado e tem como objetivo aumentar a competitividade do setor, com foco no desenvolvimento para os próximos anos. 

“O Espírito Santo já se consagrou como o 2º maior produtor de café do Brasil e queremos ir mais longe ajudando o estado a ser uma referência cada vez melhor e mais forte em relação à produtividade, qualidade e agregação de valor ao café capixaba. A entrega de hoje representa um pacto de compromisso de cada entidade em oferecer o seu melhor para alcançar esses objetivos”, ressalta o diretor técnico, Luiz Toniato.

Para elaboração do documento foram realizadas várias etapas colaborativas entre todos os parceiros, incluindo a análise de dados de mercado e diversas iniciativas tecnológicas, além de ouvir cerca de mil integrantes da cadeia produtiva do café.

“Todo esse alinhamento contou com a participação de todas as instituições da cafeicultura. Escutamos todos os segmentos envolvidos, desde o produtor rural até os envolvidos no âmbito do comércio. Isso nos dá a oportunidade de fazer um programa de cafeicultura a curto, médio e longo prazo, que  atenda aos anseios da comunidade em geral que representa a cafeicultura capixaba”, frisou o coordenador do Programa de Cafeicultura do Incaper, Abraão Carlos Verdin Filho.

De acordo com o consultor do Sebrae/ES, Paulo Henrique Lemos, responsável pela construção do planejamento, é preciso tornar  o Espírito Santo a melhor referência nacional do café para os próximos 10 anos.

 “O objetivo do planejamento é construir uma cafeicultura que consiga trabalhar melhor a qualidade, produtividade e a valorização da origem com rastreabilidade. A ideia é ter uma evolução nas principais demandas do setor, trabalhando também a qualidade de vida no campo, com produtividade e agregação de valor para o elo mais fraco da cadeia, os produtores, a fim de garantir qualidade de vida e felicidade”, ressalta o consultor.

No documento estão estabelecidos cinco eixos de trabalho: governança, representando todos os atores do setor; sustentabilidade, trabalhando com rastreabilidade e certificação; tecnologia, levando inclusão digital para o campo; social, trabalhando a questão da responsabilidade e transparência na cafeicultura capixaba; e agregação de valor, diferenciando o café capixabas dos demais cafés. As atividades estão divididas em 21 objetivos estratégicos e 36 projetos.

A proposta, que tem validade de dez anos, foi entregue para os representantes do setor, que vão criar um comitê para validação e execução do planejamento que tem como propósito colocar o Espírito Santo como a principal origem produtora de café no Brasil até 2030.

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