IRIRI ESTÁ DE LUTO: Fumaça infartou e morreu

Fumaça era um ícone em Iriri, passou toda sua vida lá, dançava, brincava e cantava, parecia estar sempre alegre, neste domingo ele foi encontrado morto

Fumaça morreu, e o balneário de Iriri está de luto porque há quase 40 anos Luciano Araújo, 47 anos, morava lá, em um quarto cedido pela Família Caprini, de quem ele era afilhado.

Não somente os moradores de Iriri em Anchieta conheciam Fumaça e gostavam dele, os turistas também, e todos o amavam do jeito que ele era. Nasceu para ser livre como um pássaro, se tornou um homem alegre, que seu hobby predileto era dançar. Em todos os eventos ele marcava presença, nos barzinhos, nos shows era marcante, gostava de rock in roll dos “bão”.

Pois bem, na tarde deste domingo, 15, por volta das 13h00, o corpo de Fumaça foi encontrado no quarto do andar de cima da Distribuidora Caprini, ele infartou e morreu.

A comerciante Ciara Caprini contou ao jornal que Luciano Araújo era afilhado do pai dela, seu Athaíde Caprini, aos 10 anos ele foi para Iriri e ficou, não mais quis voltar para Iconha, onde residia a sua família. O avô dele era conhecido como Mané Fumaça e por isso, ele recebeu o apelido de Fumacinha, cresceu e virou Fumaça.

Muito querido da Família Caprini, Fumaça recebeu todo apoio, na infância ganhava uniformes, materiais escolares, tênis e outras coisas, mas não queria estudar e o trabalho para ele, só se fosse free lance, não era apegado a relógio de ponto. Fazia bicos, dos mais diversos, entregou peixe para seu Mauro da Peixaria, cortava árvore, limpava quintal e chegou até a tomar conta das filhas de Ciara quando elas saiam para a rua, era de confiança e respeitador.

Infelizmente, por uma razão que não se sabe qual é, Fumaça acabou se entregando aos poucos ao vício do álcool e a Família Caprini chegou a interná-lo há algum tempo, quando ele retornou estava gordo e parecia outra pessoa. Entretanto, o vício acabou o dominando. Ninguém sabe a dor que Fumaça poderia ter carregado em seu peito para ter bebido tanto.

A família Caprini deu trabalho na empresa e ele não tinha muito compromisso com horários, nao se preocupava com carteira assinada, INSS, gostava mesmo de ficar solto. “Ele era uma pessoa muito querida e amada, mesmo bêbado era respeitador. Ele ajudou a cuidar das minhas filhas, na rua ele não deixava ninguém mexer com elas. Estamos muito tristes com a morte dele. Estávamos preparando toda a papelada para fazer a internação dele. Ele estava bebendo muito nos últimos dias. Vamos sentir saudades do Fumaça”, disse Ciara Caprini.

Ninguém viu Fumaça sábado, 14, deveria estar se escondendo para não ser internado, mas neste domingo a falta dele foi sentida e Euci Ceccon, amigo da família Caprini ao chegar perguntando por ele, e ainda brincou, que haviam o internado escondido dele, relatou Ciara.

Para ter certeza de que Fumaça estava no quarto, um funcionário da Distribuidora subiu com seu Euci aos aposentos dele e o encontraram morto. Foi chamado uma equipe médica que constatou morte por infarto.

O corpo de Fumaça será velado na casa do padrinho Athaíde Caprini, ao lado da Escola Manoel de Paula Serrão, em Iriri, a partir das 21h00deste domingo. O sepultamento está marcado para as 9h00 desta segunda-feira 16. Adeus Fumaça, que Jesus te acolha nos braços e conforte aqueles que te amaram e cuidaram de você.