Ex-marido preso pela morte de juíza não aceitava o fim do relacionamento

Ex-marido preso pela morte de juíza não aceitava o fim do relacionamento

Rio – O ex-marido da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, que foi preso em flagrante após matá-la a facadas na véspera de natal, não aceitava o fim do relacionamento. Segundo a Polícia Civil, Paulo José Arronenzi se calou na delegacia e disse que só vai ser manifestar em juízo. O crime aconteceu por volta das 18h, na Avenida Rachel de Queiroz, na frente das três filhas do casal menores de idade.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, Viviane havia feito um registro de ameaça e lesão corporal contra o ex-marido em setembro. Na época, ela chegou a ter escolta policial concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), mas logo pediu a suspensão.

De acordo com a Guarda Municipal, agentes estavam na base do subgrupamento, que fica ao lado do Bosque de Barra, quando foram acionados para ajudar a vítima. No local, encontraram a mulher caída e desacordada. O criminoso recebeu voz de prisão no local e foi encaminhado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, onde foi atendido e posteriormente conduzido para a delegacia.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento do assassinato. Nas imagens, aos gritos, as crianças pedem que o pai pare de golpear a mãe.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento do assassinato. Nas imagens, aos gritos, as crianças pedem que o pai pare de golpear a mãe.

A juíza não foi a única mulher a denunciar o engenheiro para a polícia. Em 2007, uma ex-namorada dele registrou ocorrência policial porque estaria sendo importunada por ele, que também não aceitava o fim do relacionamento.

Fonte: O Dia

Movimento de Mulheres Berta Lutz ES lamenta e faz uma série de interrogações

O feminicídio da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi foi um dos temas mais debatidos nesta sexta-feira no Movimento Mulheres Berta Lutz Oficial. A presidente do Movimento no ES Vania Venâncio faz uma série de interrogações.

“Trágico demais o feminicídio da juíza, esfaqueada pelo ex-marido na véspera de Natal. Para pôr fim à violência contra a mulher temos que enfrentar o patriarcado misógino que cultua a masculinidade tóxica e despreza vida de mulheres. Ele ainda fez as 3 filhas assistirem ao crime.

Ela já havia feito registros anteriores de violência doméstica e chegou a andar com escolta por algum tempo. Mas nem a LMP, nem a prisão dele e posterior condenação por feminicídio são suficientes se não combatermos o machismo. As apostas em respostas punitivas não resolvem.

E quando vemos que uma juíza, mulher branca de classe alta , que registrou ocorrência e chegou a ter escolta foi assassinada dessa forma, imaginem tantas mulheres pobres e negras que não têm acesso a nenhuma política pública de proteção? O que podemos fazer em relação a isso ??? Estamos sendo mortas sem dó nem piedade”.

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