CHARCUTARIA ABIKAHIR: na cozinha que descobriu a verdadeira vocação

Quem diria, formado em direito, diretor de turismo de Iúna e na cozinha ele comanda a Charcutaria Abikahir em Iúna, faz cada produto que a boca enche d’ água só em ver as fotografias

Nagem fazendo o que mais gosta: cozinhar

“Cozinhar não é um serviço é um modo de amar os outros”, a afirmação é Nagem Antonio Abikahir, bacharel em direito, hoje diretor de turismo de Iúna e um apaixonado pela cozinha. Desde ainda “moleque”, quando se aventurava ao lado da avó Zuleica – uma cozinheira e tanto.

Aos 12 anos a paixão pelas panelas o faz desertar o gosto por temperos e pratos. “Eu ficava em volta de vovó e falava que estava com vontade de comer um pato ao molho pardo rs, na verdade, eu não queria só comer e sim aprender e foi assim com vários tipos de comida. Mas meu primeiro prato que fiz foi caranguejo, aos 13 anos e ficou muito bom e fui pegando gosto. Fazia tudo que tinha vontade de comer e dava certo”.

Mas o pai de Nagem queria que o filho seguisse na profissão de advogado e chegou a hora da uma faculdade. Não teve jeito, mesmo entre livros e leis, Nagem nunca deixou de cozinhar. Na verdade, ele já sabia a vocação, mesmo assim concluiu o curso de Direito.

Contou Nagem ao Jornal que em 2001 os pais resolveram abrir um bar e ele foi para a cozinha com a mãe trabalhar e foi se aperfeiçoando mais. Anos depois apostou numa lanchonete, estava disso a fazer lanches, yakisoba e caldos.

Como sempre teve outros empregos chegou um momento que se cansou e parou com lanche. “Um dia me deu vontade de tomar uma cerveja e comer uma linguiça caseira, resolvi fazer uma chamada cuiabana (feita com alcatra de boi, leite e queijo coalho) picada na faca como antigamente e ficou um espetáculo. Quem experimentou disse que nunca havia comido nada igual e me despertou o interesse de fazer a tradicional de porco, fiz 5 kg e postei no face, um rapaz me mandou uma mensagem me perguntando se eu vendia rsrsrs, como um bom libanês eu disse que sim e me comprou os 5 kg. Aí logo já vi que dava para investir nessa área”.

Nagem foi além investiu em conhecimentos acerca do assunto. “Comecei a estudar, fiz um curso de charcutaria com um professor de Maringá-PR e fazendo em casa as linguiças, salames italianos e espanhol e fui ganhando cliente. Chegou um momento que tive que investir em maquinários e alugar um local adequado para a fábrica e hoje tenho muitos clientes em Iúna, outras cidades do ES, MG, RJ e SP. Além disso faço eventos com comidas de boteco, da culinária árabe e frutos do mar. E pra resumir: sou um apaixonado pelo que faço, faço por amor, pois a cozinha me leva pra dentro da casa das pessoas levando amor através dos meus produtos e das comidas”, ressaltou.

Atualmente Nagem fabrica na Charcutaria Abikahir linguiças artesanais: tradicionais, com pimenta biquinho com coalho, Quatro queijos, cheddar com palmito, bacon com azeitona, libanesa, vinho com nozes, tomate seco com rúcula além dos salames italiano e espanhol.

E para quem quer saber mais dos trabalhos de Nagem com a Charcutaria pode segui-lo nas redes sociais: Face: Nagem Antonio Abikahir /Instagram: Charcutaria Abikahir e YouTube: Nagem Antonio Abikahir.

“Gratidão primeiramente a Deus, pela minha saúde para desenvolver meu trabalho, o jornal Espírito Santo notícias, pela oportunidade desta entrevista, aos meus clientes amigos que acreditam no meu trabalho e que sem eles não sou nada e são minha motivação para prosseguir, e não podia deixar de agradecer do fundo do meu coração a minha filha Sâmia, meus pais e irmãs, meu sobrinho Lorenzo e minha família em geral”.

Curiosidades

A palavra charcutaria deriva de sua origem francesa charcuterie, que oriunda de carne (chair) e cozido (cuit) e denominava, no século XV, as lojas de produtos de porco e miúdos de diferentes animais.

A charcutaria representa um dos mais antigos métodos de produção de alimentos da humanidade, figurando na própria história da evolução das sociedades humanas. A preservação dos alimentos, em especial das carnes, permitiu que a humanidade sobrevivesse durante períodos de escassez e possibilitou longas viagens de migração, onde nem sempre era possível obter alimentos frescos diariamente. Portanto, os procedimentos de manipulação dos produtos da charcutaria foram desenvolvidos, inicialmente, para fins de preservação, pois inexistia tecnologia de refrigeração adequada para garantir vida útil longa às carnes

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