Atleta olímpico capixaba Nacif Elias vem ao estado do Espírito Santo prestigiar a volta das competições de Judô e o projeto de inclusão de atletas com deficiência dentro do esporte

No último sábado (18), o atleta olímpico capixaba Nacif Elias foi prestigiar o evento de judô,  que aconteceu no ginásio de esportes Tancredo de Almeida Neves (Tancredão), e apoiar o projeto de inclusão de atletas com deficiência dentro do esporte.

“Fiquei super feliz em voltar ao Espírito Santo e ver um evento todo organizado e de alto nível. Quero dar os parabéns ao presidente da federação espírito-santense de judô doutor Márcio Almeida, ao vice-presidente Félix Gomes e ao organizador de eventos Walcleydi; pelo excelente trabalho que eles têm feito frente à federação espírito-santense, dando oportunidade aos jovens, adultos e às crianças a praticarem um esporte, fazerem atividades. Estão mudando a história do judô capixaba. O judô capixaba por muitos anos ficou abandonado. E graças ao Sr. Márcio Almeida, está se alavancando. E tenho certeza que este trabalho em conjunto que iremos fazer, ajudaremos o alto rendimento capixaba, e em todas as esferas, crianças carentes, trabalho de inclusão de pessoas com qualquer tipo de deficiência física. O esporte é para incluir e ajudar! Então, é lindo de se ver este trabalho sendo efetuado no Espírito Santo, para que eles possam ter um futuro melhor e viverem felizes”, declarou Nacif Elias. 

O grande exemplo de inclusão de pessoas com deficiência no judô é de Reinaldo Ricardo Margon, que hoje atua como árbitro estadual. Em 2017, ele perdeu a perna direita, quando era faixa marrom de judô. Mas ele superou suas dificuldades e em 2018 tornou-se o primeiro faixa preta com deficiência do estado do Espírito Santo. E a partir de 2018, ele passou a atuar como árbitro regional capixaba. E em 2019, passou a ser árbitro estadual. Mas em 2021, por problemas ocasionados pela diabetes, ele precisou amputar a outra perna. Mas nem isso o fez parar:  

Fui atleta de competição na década de 90, em nível estadual, por amor ao esporte. Fiquei parado por alguns anos. Já com problema clínico de diabetes. Retornei ao judô por questão de saúde e de convívio no meio esportivo. Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Conviver com velhos e novos amigos. O judô vem abrindo portas, pois é um esporte de inclusão. Todos podem praticar judô! O que poderia ser um momento trágico em minha vida, ter depressão, e gerar outros problemas, pelo contrário, o judô me deu forças, contribui bastante na minha recuperação, superando às adversidades. Pouco mais de três meses de ter a perna amputada, eu já retornei aos treinos de judô, adaptando a parte técnica para o solo. Atuando como técnico, me apaixonei pela arbitragem durante o curso de faixa preta. Me sinto grato por participar dos eventos da Federação Espírito-Santense de Judô, como árbitro, no meio esportivo, todo o incentivo que recebo, vem das pessoas envolvidas no judô. Não tenho outro emprego, sou aposentado por invalidez, e em meio às dificuldades, tento levar a vida de uma maneira bem, alegre e superando a cada dia. O prazer é imenso participar da arbitragem capixaba! 

Mas pela deficiência das suas duas pernas, ele está impossibilitado de atuar como árbitro central, podendo ser árbitro apenas de mesa e lateral. Para que ele retorne a ser árbitro central, é necessário colocar as próteses nas duas pernas. Mas por falta de condições financeiras, ele não consegue. Se alguém puder ajudá-lo, só entrar em contato com a Federação Espírito-Santense de Judô pelo telefone: (27)3222-0713. 

E Reinaldo Margon conclui:  

“Que o meu exemplo de vida e de superação venha motivar outras pessoas para praticar judô.” 

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