“Anchieta, é o meu lugar”, livro prontinho para recontar uma história que começa em meados de 1500

Anchieta ganha um livro recontando a sua história desde a sua fundação em 1576 quando os jesuítas chegaram e fundaram a Aldeia de Reritiba

Anchieta irá ganhar um novo livro sobre sua história e cultura. O professor Leonardo Nascimento Bourguignon, Dr. Em História, com apoio da Secretaria de Educação e da Gerência de Cultura e Patrimônio Histórico, acaba de concluir a obra. Ontem (03) ele entregou ao prefeito Fabrício Petri e ao secretário de Educação, Carlos Ricardo Balbino, a ‘boneca’ do livro, após seis meses de produção.

O auto do livro “Anchieta, é o meu lugar”, Dr. Leonardo falou com a Reportagem do Espírito Santo Notícias que o texto traz uma linguagem de fácil compreensão para que estudantes a partir do 3º do Ensino Fundamental compreendam o contexto. “Tentei escrever de uma forma bem direta e atrativa para crianças a partir do 3º ano. O livro ficou lindo. Ainda tem aquele “show de loja” que a editora fará, mas, está lindo”, disse Bourguignon.  

O próximo passo da obra Anchieta, o meu lugar, segundo informações da Secretaria de Educação (Seme), é a revisão e em breve impressão. Depois de publicado, as escolas municipais irão receber exemplares do livro em suas bibliotecas, para estarem à disposição de alunos e professores. A Biblioteca Municipal também irá receber exemplares obra..

Para o prefeito Fabricio Petri, o livro será de grande importância para fortalecer a cultura e as raízes do município, deixando mais informações para as novas gerações. “Uma obra ilustre para a nossa gente, falando do nosso povo. O conteúdo é riquíssimo e será importante para mantermos viva na lembrança as nossas histórias”, disse o prefeito.

O livro didático trás as informações históricas do município com uma linguagem simples para ser utilizado pelos alunos do ensino fundamental. Ele conta a história dos primeiros habitantes da aldeia Reritiba, a chegada dos jesuítas, a maior revolta da capitania do Espírito Santo ocorrida na aldeia, a história dos povos escravizados trazidos para a aldeia, a importância do porto na constituição da cidade, imigrantes europeus que vieram e aportaram em Anchieta, entre outros fatos.. “Ter algo tão bem documentado, ilustrado e de fácil acesso à população anchietense, aos professores e alunos, fará com que a história e cultura da nossa cidade não se perca e as novas gerações possam manter as raízes criadas nessa terra”, destacou o secretário de Educação, Carlos Ricardo Balbino.

Conforme o autor, o livro conta ainda a história de muitos bairros da cidade, pessoas ilustres, indústria, turismo e cultura da cidade.

Um breve capitulo da obra

“A cidade de Anchieta nasceu de um aldeamento jesuítico, a Aldeia de Iriritiba. Após obterem a autorização do morubixaba (cacique) local, os jesuítas se instalaram em uma comunidade indígena que existia em torno do atual Santuário Nacional de São José de Anchieta.

O lugar era ideal para os objetivos jesuíticos, afinal, sua localização, no alto e vizinha a foz de um rio, além de garantir a segurança e o acesso a aldeia, tornava a Igreja visível a partir de qualquer ponto da comunidade.

Esses primeiros contatos entre indígenas e jesuítas ocorreu em algum momento entre 1565 e 1579, sendo que, depois de 1581 as visitas dos jesuítas a Reritiba passaram a ser freqüentes. A aldeia então tornou-se a principal aldeia no sul do Espírito Santo, sendo inclusive um laboratório freqüentado por padres que queriam aprender a língua indígena. De lá os jesuítas visitavam diversas aldeias espalhadas pelo sul, como Parati, Mãe-Bá, Ubú, Quatinga, Parati, Jabaquara, Iriri, Monte Urubu, Salinas, Piúma, Itaipava, Montes do Castelo e Guarapari”.

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