Ações de humanização e acolhimento levam mais conforto aos pacientes de Covid-19 na Unimed Sul Capixaba

Em um momento tão difícil como a internação, o atendimento humanizado para pacientes com Covid-19 e seus familiares tem feito toda diferença para os clientes da Unimed Sul Capixaba, que realiza diferentes ações de acolhimento, como o prontuário afetivo, o suporte psicológico, as vídeochamadas com familiares e a “mãozinha do amor”.

Segundo a psicóloga do Hospital Unimed, em Cachoeiro de Itapemirim, Sâmilla Macedo, as ações de acolhimento contribuem para uma recuperação mais rápida dos pacientes, com alívio dos sintomas de abandono e solidão provocados pelo isolamento durante a internação. “Emocionalmente, o acolhimento é fundamental porque, se a nossa mente não colabora, o nosso corpo também não vai responder”, afirma.

O prontuário afetivo é feito com todos os pacientes com Covid-19. Ele consiste em um prontuário escrito à mão, com informações sobre a família do paciente e do que ele gosta, coletadas durante o atendimento psicológico. O objetivo é que a equipe assistencial o conheça de forma mais íntima e acolhedora, contribuindo também  para um ambiente de trabalho mais pessoal e com um clima mais leve.

Já a “mãozinha do amor” é feita com pacientes intubados, na UTI Covid e na UTI Geral do Hospital Unimed. “É uma mãozinha de luva estéril, em que colocamos água morna dentro, entrelaçamos os dedos da luva e colocamos na mão do paciente, como se ele estivesse de mãos dadas com alguém. Assim, estimulamos a sua memória afetiva e mostrarmos que ele não está sozinho”, explica.

As videochamadas com familiares ocorrem tanto no Hospital Unimed, quanto na Maternidade. De acordo com a psicóloga da Linha Assistencial Materno Infantil da Maternidade da Unimed, Mariana Machado de Melo, na ala de Enfermaria Covid da unidade há todo um suporte psicológico para os pacientes. “Tentamos interagir bastante com as famílias, pedindo para que tragam pertences e mandem cartas, para que possamos trazer um pouquinho da casa dos pacientes nessa vivência de hospitalização”, afirma.

Segundo a psicóloga, as ações de acolhimento permitem ajustes emocionais importantes para os pacientes. “A Covid-19 é uma doença que produz muito desconforto em diversos âmbitos. A mãe que está com a doença, muitas vezes, não dá conta nem de viver aquele momento de alegria e de magia da maternidade, por medo de ela ou o bebê terem algum sintoma. Por isso, tornar o ambiente mais leve e dar espaço para que vivencie esse processo com alegria e afetividade são sempre positivos”, enfatiza.

Acalento durante ligações de vídeo

Após 68 dias de internação pela Covid-19, o pastor Hugo Sampaio, de 40 anos, recebeu alta na última sexta-feira, 21 de maio. Internado desde 13 de março, precisou ser intubado e ir para a UTI Covid. Como a família também estava com a doença, a equipe do hospital fazia videochamadas para que o pastor pudesse se comunicar. “Infelizmente, no dia 16 de março, ele precisou ser intubado e, mesmo assim, a equipe com todo carinho fazia ligações de vídeo, para que nós pudéssemos vê-lo e receber o boletim de notícias. Isso acalmava nosso coração”, afirmou a esposa de Hugo Sampaio,  a pedagoga Juliana Sampaio.

Aos poucos, o pastor apresentou melhora e foi para a UTI Geral e, em seguida,  para o quarto. Após 58 dias separados, a esposa e a filha de Hugo Sampaio, Beatriz, puderam visitá-lo. Hoje, ele já está totalmente recuperado. “O acolhimento de toda a equipe do hospital Unimed fez toda a diferença nesta caminhada. A equipe não caminhou e acolheu somente o Hugo, mas toda a nossa família, cuidando dele, de forma especial e humanizada, e do nosso coração, amenizando nossas angústias e preocupações. Somos muito gratos por cada um desta linda equipe”, afirmou Juliana.

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