Semana Acadêmica de Letras reúne egressos de sucesso

Acadêmicos do Curso de Letras /Literatura do Centro Universitário São Camilo – ES vivenciaram, nos dias 28 a 30/08, a VI Semana Acadêmica de Letras Língua Portuguesa, que trouxe para discussão o tema “Discursos Desvelados: Ética, Estética e Política”. O evento ocorreu no Auditório PE Inocente Radrizzani e finalizou-se na noite de quarta-feira, 30, com um belíssimo Momento Cultural, apresentado pela contadora de história Maria Elvira Tavares, em seguida, participaram de uma mesa redonda os Egressos do curso: Adriano Zucolotto Martins, Nathália Dias Maciel, Rodrigo Davel, Ronald Onhas e Luciana Maximo.

Para a professora Beatriz Fraga, uma das defensoras do curso presencial de Letras-Língua Portuguesa-USC-ES,  a ideia foi discutir com os alunos as várias camadas que o discurso comporta. O profissional de Letras, preparado pelo Centro Universitário São Camilo – ES, entre seus vários objetos de estudos tem como discussão: Ética, Estética e Política, não como uma disciplina específica, mas como um tema transversal, uma linha que “tangencia” todas as disciplinas. “O tema emergiu depois de uma série de discussões sobre a crise que estamos vivendo, uma crise que possui diversas faces: política, economia, social, principalmente existencial. Nosso medo é que essa crise gere uma perda de sentido, uma perda de noção da dinâmica da vida, que ela agrave a reificação existente. Quando pensamos em estética, não estamos pensando em algo estereotipado, nada disso. Pensamos na díade ética e estética nas relações humanas – para que haja dignidade nelas. A literatura concorre para isso, por ativar conhecimentos e sensibilidade. Os três momentos da semana constituíram um tripé, porque a ideia  é pensar em um profissional que tenha sensibilidade e crítica, que domine o seu objeto de conhecimento que é a Língua Portuguesa e que saiba instrumentalizá-lo com segurança, com curiosidade suficiente, para desvelar os discursos que circulam na nossa sociedade”, ressaltou Fraga.

De acordo com Beatriz, independente de o aluno ser formado para ser professor, após cursar Letras, ele pode exercer outros fazeres. “Nós queríamos mostrar isso para os nossos alunos. Nossos alunos precisam expandir suas possibilidades de atuação no mercado. Cursar  Letras-Língua Portuguesa permite ao sujeito atuar  como professor, oficineiro, revisor, editor, assessor linguístico, cerimonialista, blogueiro, youtuber, contador de histórias etc. Devido à crise pela qual as licenciaturas passam, principalmente Letras (pelo grau de exigência, pela concorrência desleal de cursos a distância), os alunos acabam perdendo um pouco da essência dessa graduação. “Eu entendo a formação de um professor a distância, tenho respeito às instituições que trabalham com essa modalidade de ensino,  mas eu não conheço, ainda, uma instituição que consiga formar um professor de Língua Portuguesa com a competência devida, para se inserir  e se manter no mercado de trabalho. Devido à formação cultural e ao processo  educacional que os nossos alunos enfrentam, geralmente, eles não têm autonomia suficiente, para administrar a própria construção do saber, por isso, que eu defendo o curso de Letras presencial. Um exemplo, eu recebo alunos, para trabalhar  Literatura Brasileira que não têm a mínima noção de História Geral, História do Brasil, que praticamente nunca ouviram falar em Filosofia, Sociologia, Mitologia, Psicanálise. Como eu posso trabalhar um texto literário sem esses pré-requisitos? É inviável. Ler um texto literário exige instrumentos específicos e atenção. O curso presencial permite a figura pró-ativa de um professor mediador entre o aluno e o objeto de conhecimento e as produções derivadas dele.   Democratizar o ensino não significa fragilizar a formação de educadores”, frisou.

A Semana foi intensa com convidados especiais que abordaram diversos temas, como: “Os Discursos de direita e de esquerda na contemporaneidade”, com participação dos professores: Rafael Magalhães, Poliana Bittencourt e Silvia Karla do Nascimento; “Do texto para a tela: diálogo entre literatura e cinema” e exibição de documentário Brilhantino”;  “A interface da filosofia com a arte, estética, ética e política”, com o prof. Dr. Cesar Albanes de Mendonça Cruz, cientista político e coordenador do mestrado em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local da Emescan e mesa redonda com os ex-alunos que falaram das suas vivências no universo das Letras.

“Senti-me muito honrada quando a professora Beatriz me convidou para falar sobre as Letras na minha vida profissional. Erroneamente, muitos pensam que o curso oferece base apenas para reger aulas de Língua Portuguesa, e não é isso. O mercado de trabalho clama por pessoas com desenvoltura na escrita, pessoas críticas, observadoras, polivalentes. Eu escrevi um livro, revisei uns três, atuei como revisora em gráfica, ministrei aulas, promovi eventos, concursos literários variados, assessorei prefeituras, ONGs , lancei jornal, escrevi artigos, crônicas, notícias, fotografei inúmeras cenas, exibi em mostra, enfim, queria ter mais tempo para me dedicar às Letras, pois elas mudaram a minha vida”, salientou Luciana Maximo.

A Semana Acadêmica de Letras foi um evento destinado a alunos, egressos do curso de Letras/Língua Portuguesa e comunidade externa. Finalizou com um delicioso coffee break. O curso sinaliza que realizará ações decorrentes dos diálogos experienciados na semana, para alunos, egressos e comunidade em geral.

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