Piúma: mais de 41 mil exames realizados

Secretaria de Saúde de Piúma faz um comparativo de atendimentos e comemora os números. Somente em 2017, mais de 41 mil exames ofertados a população

 

A avaliação feita pela Secretaria Municipal de Saúde de Piúma no serviço prestado na área da atenção especializada aponta motivo de comemoração, mas faz acender o sinal de alertar para a organização.

A secretária de Saúde, Ana Luiza Ferreira Mathias vem contabilizando muitas reclamações dos cidadãos que procuram suas consultas especializadas e exames, no entanto, o relatório de serviços prestados com exames e consultas apresentou resultado surpreendente, o que está sendo muito comemorado.

Para se ter uma ideia no ano de 2017 foram realizados em Piúma pelo menos 41.960 exames laboratoriais e 14.813 exames mais complexos, como RX, ressonância magnéticas, mamografias, ultrassom, sessões de fisioterapia entre outros, somando mais de 10 mil atendimentos em plantões médicos, enfermagem, radiologia, odontologia, socorristas entre outros.

Ao assumir a Secretaria Municipal de Saúde, Ana Luíza se espantou com o número de caixas e mais caixas com solicitações de exames e consultas, alguns casos o paciente já inclusive ido a óbito pela demora no atendimento. Era necessário encontrar uma solução para pôr fim a fila enorme de espera.

Para se chegar aos números de atendimentos, a metodologia utilizada pela secretária foi a da comparação. Ela buscou todos os procedimentos pagos pelo Consórcio de Saúde no ano de 2016 e comparou com o ano de 2017, ano em que já estava à frente da secretaria. O relatório apresentou quase o dobro de procedimentos durante o ano de 2017. Em alguns casos a diferença é enorme: as consultas angiológicas saíram de 155 em 2016 para 878 consultas em 2017; neurológicas de 628 para 759; psiquiátrica de 546 para 650; e, as consultas dermatológicas, enquanto não apresentam contratos com o consórcio no ano de 2016 apresentando saldo zero, no ano passado foram 1.050. A exemplo do número de consultas, também aumentou a quantidade de exames em 2017, sendo 34.201 exames laboratoriais à mais.

A quantidade de exames/procedimentos (ressonância, mamografias, ultrassom, RX…) pulou de 13.271 e para 14.813. Pesquisado em separado, o relatório demonstra um aumento extraordinário nos exames de laboratório, aqueles comumente chamados de exames de sangue. Os exames de sangue saltaram de 7.759 em 2016 para 41.960 em 2017. No caso dos exames de laboratório, o resultado extraordinário em 2017 pode ser explicado pelo fato do laboratório que presta serviços para o hospital estar funcionando pela primeira vez pelo consórcio.

O sinal de alerta foi decorrente do resultado positivo apresentado na quantidade de serviços à disposição da população, não ter a mesma proporção satisfação verificada. “Estamos trabalhando e muito, quando nos comparamos com ano anterior a 2017. Prestamos muito mais serviços. Agora precisamos de medidas de aperfeiçoamento para satisfação do cidadão”, disse a secretária, que já determinou desde o ano passado o planejamento na atenção básica e agora luta para emplacar a Regulação na Saúde.

 

A Regulação é o grande “lance”

Na avaliação da secretária Ana Luíza o que estava acontecendo era um descontrole nos encaminhamentos das solicitações de consultas e exames. Esse descontrole provoca possibilidade de adiantamento de procedimentos para uns enquanto outros aguardam muito tempo na espera. Há notícias de casos em que o exame e consulta não aguardam 24 horas para liberação enquanto outros estão no aguardo há mais de cinco meses. É simples o entendimento: os privilégios de uns é o atraso de outros.

Com a Regulação passando a funcionar, segundo a secretária, todos os procedimentos deverão entrar pela Unidade de Saúde onde o paciente está inscrito. A requisição é encaminhada à central de vagas quando o médico fará a regulação aprovando o requerimento e classificando para que o paciente entre numa lista de atendimento. Os funcionários passam então a marcar as consultas e exames conforme as regras da lista de atendimento, de forma que ninguém fure a fila, acabando o privilégio. Então não existirá aquele que, sem motivo, tem seu exame marcado como urgência, mas, também, não haverá mais o longo período de espera.

O programa que visa a humanização com justiça na marcação de consultas foi denominado PAI – PROGRAMA DE ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO e precisa de um tempo, após sua implantação, para que seja avaliado e aperfeiçoado, é o que fala a secretaria exercitando sua humildade. Agora, ela espera combinar o bom resultado obtido no número de atendimentos em 2017, com um atendimento igualitário, o que, segundo a secretária, poderá ser o que falta para a satisfação do cidadão diante da prestação do serviço.

 

Foto/ Carla Pacheco / Luciana Maximo

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