Pecuaristas – Capixabas pedem ao Ministério da Agricultura menos burocracia

Mudanças instituídas por Ministério causam demora na resolução de problemas e dificuldades no diálogo com o Serviço de Fiscalização

Representantes dos pecuaristas capixabas se reuniram nesta quinta-feira (18) com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, para pedir menos burocracia nos procedimentos sobre o Serviço de Fiscalização – que deixaram de ser controlados pela Superintendência do Mapa no Estado. A reunião foi organizada pela senadora Rose de Freitas (PODE-ES) e contou com participação do superintendente federal de Agricultura no Espírito Santo, Dimmy Barbosa.

A mudança instituída pelo Mapa em fevereiro, chamada de verticalização, retira das superintendências nos estados a responsabilidade de conversar diretamente com os fiscais e com os produtores que demandam os serviços. Com isso, os produtores do Espírito Santo passaram a ser subordinados ao estado de Minas Gerais e não mais à superintendência local. No total, o Mapa definiu por Portaria 10 novas áreas para concentrar o Serviço de Fiscalização de Produtos de Origem Animal (Sipoa), em todo o país.

Os produtores reclamam que o distanciamento burocratizou a resolução dos problemas antes gerenciados pelas superintendências nos estados, além de criar dificuldades no diálogo com o Sipoa, por ficar em Minas Gerais.

“Com a verticalização, temos um acúmulo de processos e atendimento ruim das demandas dos produtores. A verticalização promovida pelo Ministério está trazendo problemas para a superintendência e para o setor produtivo no relacionamento com o Sipoa. Nós viemos colocar essas dificuldades para o ministro olhar com mais carinho o pleito do Espírito Santo”, apontou Dimmy Barbosa.

Diálogo aberto – O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa, Alexandre Pontes, disse que os procedimentos já estão sendo revistos. “Temos aperfeiçoado essas questões dos procedimentos. Há necessidade de padronização dos setores produtivos também, por isso essa dificuldade. Nossa responsabilidade é com a segurança dos produtos. Estamos abertos ao diálogo com todos os setores”, declarou Pontes.

O diretor-executivo da Associação dos Avicultores do Espírito Santo, Nélio Hand, saiu confiante da reunião. “Saímos bem animados em relação ao que conversamos. A verticalização não pode deixar o produtor afastado do serviço oficial, ao contrário, e essa é uma preocupação. Quando você tem um órgão que atende dentro do Estado, certamente a atenção é mais rápida para as demandas que existem dos setores”, ressaltou Hand.

Também presente à reunião, o diretor da Cooperativa Agropecuária do Norte do Espírito Santo, José Carnieli, comemorou o resultado do encontro. “A verticalização pode parecer que vai melhorar as análises dos procedimentos, mas nós como setor produtivo estamos tendo dificuldades. Foi muito boa a audiência porque a gente quer reestabelecer o diálogo, reestabelecer a transparência com o setor. Eu saio daqui satisfeito, realizado”, afirmou Carnieli.

Vídeo: https://wetransfer.com/downloads/49918db29057f6d82dc84369b18829ed20181018151358/83728e2aba44cee6de7880f9d36b764020181018151358/6ead2f

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