PC prende médico em flagrante no consultório

Além de Bruno, outro médico está sendo investigado, um dentista e uma servente, todos acusados de adulteração no ponto eletrônico

 

A Polícia Civil- PC prendeu em flagrante o neurologista Bruno da Silva Távora, na tarde desta terça-feira, 14, no consultório de uma Clínica particular de Fisioterapia por volta das 15h00, horário que ele deveria estar atendendo no Posto de Saúde Vitório Bossato, próximo ao Instituto Federal do Espírito Santo – Ifes, em Piúma acusado de burlar o ponto eletrônico. Bruno nesta terça-feira teria adiantado o relógio de ponto para sair mais cedo do expediente, depois ele atrasava para que os outros profissionais pudessem bater o ponto normalmente. Essa foi a pista deixada para a PC chegar nele e em mais três profissionais que serão interrogados nesta quarta, 15 na Delegacia.

O médico bolsista do Programa Mais Médico do Governo Federal atua em Piúma como clínico geral, ele foi preso após investigação da Polícia Civil que recebeu estratos dos relógios de ponto da Prefeitura de Piúma com adulterações.

Informações da PC dão conta que o médico obteve uma senha e alterava os horários, ele atrasava o relógio para chegar após o horário e também adiantava a hora e saia mais sedo do posto. Desconfia-se também que ele tenha deixado de ir trabalhar e batido o ponto como se estivesse cumprido o horário no posto.

Bruno foi o primeiro a ser detido, mas a Polícia investiga outro médico, além de um dentista e uma servente. Todos estão sendo acusados de burlar o relógio de ponto para favorece-los. A pena para este crime varia de 12 a 15 anos de prisão se for constatado realmente que os profissionais adulteravam o ponto eletrônico.

Os médicos e o dentista deveriam entrar no Posto as 7h00 e cumprir horário até as 16h00 tendo o intervalo para o almoço, porém, os investigados não cumpriam a carga horária, eles adulteravam o ponto eletrônico segundo o Recursos Humanos – RH da Prefeitura. Entretanto, a secretaria de Saúde estranhou quando o relógio voltou em um horário e parecia está descontrolado, ao imprimir alguns extratos desconfiou-se que alguns profissionais estavam om os horários adulterados. O que levou o RH denunciar o caso a Polícia para uma investigação mais apurada. Bruno negou que estivesse se beneficiando e adulterando, mas não convenceu a polícia.

A Prefeitura informou que estará abrindo uma sindicância e um processo administrativo para melhor apurar os fatos e tomar as atitudes em relação aos profissionais já investigados. O delegado estará ouvindo os outros profissionais nesta quarta-feira.

Bruno foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de Marataízes, onde ficará à disposição da justiça.

O caso continua em investigação. Na edição desta quinta-feira o Jornal vai citar os outros profissionais. O espaço está em aberto para que a defesa de Bruno se manifeste e relate a versão do médico.

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