Mestras da cultura popular de Cachoeiro receberão homenagem em Vitória

Dona Isolina, mestra de bate-flecha e caxambu, é uma das homenageadas

Reconhecidas como patrimônios vivos de Cachoeiro de Itapemirim, pela prefeitura, por meio da Lei Mestre João Inácio, três lideranças femininas da cultura popular do município estarão na capital do estado, neste fim de semana, para receber homenagem alusiva ao Dia Internacional das Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas, comemorado em 25 de julho.

São elas: Joanna D’Arc de Oliveira, mestra de bate-flecha; Niecina Ferreira (Dona Isolina), mestra de bate-flecha e caxambu, e Canuta Caetano (Dona Canutinha), mestra de caxambu.

A solenidade será neste sábado (21), às 20h, durante a programação da 5ª edição das Homenagens às Mulheres Negras do Espírito Santo. Promovido pela União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro/ES), o evento vai ocorrer no Museu Capixaba do Negro (Mucane), no centro de Vitória. O local receberá, na mesma ocasião, a Feira Cultural Afro Empreendedora.

Líder do bate-flecha São Sebastião Menino Jesus e do caxambu da Velha Rita, Dona Isolina confessa estar alegre com a honraria. “Hoje mesmo, uma amiga que conheço há mais de 30 anos me ligou para me agradecer pelos ensinamentos que transmiti a ela. Eu me sinto contente em cuidar do bate-flecha, uma tradição que precisa ser mantida”, disse a mestra, que vive no Zumbi.

“Eu e todos os membros do grupo Mártir São Sebastião ficamos felizes com esse reconhecimento. Aproveito para agradecer à Secretaria de Cultura e Turismo de Cachoeiro por todo o apoio à nossa manifestação”, destaca Joanna D’Arc, que desenvolve seu trabalho no bairro Rui Pinto Bandeira.

A secretária municipal de Cultura e Turismo, Fernanda Martins, também comenta a escolha dos nomes. “A cultura popular é a nossa raiz. Essas homenagens às nossas mestras são, para nós, motivo de orgulho e alegria. Reconhecer as nossas tradições é encontrar significado para a vida”, ressalta.

De Cachoeiro, além das três lideranças, será homenageada a pedagoga Patrícia Chagas, que atua no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do bairro Zumbi.

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