Manifestantes realizam novo ato em Vitória contra corte de verbas na educação

Eles se concentraram, inicialmente, em dois pontos na capital capixaba e depois se encontraram em frente à sede da Sedu, na Avenida César Hilal

Manifestantes realizam, nesta quinta-feira (30), um novo ato em Vitória contra o corte de verbas públicas para universidades e institutos federais. Eles se concentraram, inicialmente, em dois pontos na capital capixaba e depois se encontraram em frente à sede da Secretaria de Estado da Educação (Sedu), na Avenida César Hilal.

Antes do ato, os manifestantes se concentraram na praça de Jucutuquara, próximo ao Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), e no campus da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), nas imediações do Teatro Universitário, em Goiabeiras.

Por volta das 17h30, o grupo que estava na Ufes saiu do local e ocupou totalmente a pista da Avenida Fernando Ferrari, no sentido Centro. Eles seguiram pela Ponte da Passagem e pela Reta da Penha, deixando o trânsito bastante prejudicado na região.

Na Reta da Penha, o grupo seguiu até o cruzamento com a Avenida Rio Branco, onde os manifestantes entraram na direção de Santa Lúcia. Em seguida, eles acessaram a Avenida Leitão da Silva, em direção à César Hilal.

Já os manifestantes que estavam concentrados em Jucutuquara começaram a seguir pela Avenida Vitória, em direção a Bento Ferreira, pouco antes das 18 horas. Cerca de 40 minutos depois, o grupo chegou à Avenida César Hilal.

Em seguida, os manifestantes entraram na Leitão da Silva e, finalmente, se concentraram nas imediações da Sedu. Nesse ponto, o grupo ficou aguardando os manifestantes que haviam saído da Ufes. Eles chegaram nas proximidades da Sedu pouco antes das 20 horas.

A manifestação contra a medida do Governo Federal acontece diversas outras cidades do país e também no exterior. Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), há previsão de mobilizações em 143 municípios brasileiros. É a segunda vez este mês em que os manifestantes vão às ruas em defesa de manutenção de recursos para o ensino superior.

MEC

Segundo o Ministério da Educação (MEC), o bloqueio de recursos se deve a restrições orçamentárias impostas a toda a administração pública federal em função da atual crise financeira e da baixa arrecadação dos cofres públicos. O bloqueio de 30% dos recursos, inicialmente anunciado pelo MEC, diz respeito às despesas discricionárias das universidades federais, ou seja, aquelas não obrigatórias. Se considerado o orçamento total dessas instituições (R$ 49,6 bilhões), o percentual bloqueado é de 3,4%.

O MEC afirma também que do total previsto para as universidades federais (R$ 49,6 bilhões), 85,34% (ou R$ 42,3 bilhões) são despesas obrigatórias com pessoal (pagamento de salários para professores e demais servidores, bem como benefícios para inativos e pensionistas) e não podem ser contingenciadas.

De acordo com o ministério, 13,83% (ou R$ 6,9 bilhões) são despesas discricionárias e 0,83% (R$ 0,4 bilhão) diz respeito àquelas despesas para cumprimento de emendas parlamentares impositivas – já contingenciadas anteriormente pelo governo federal.

 

Fonte: Folha Vitória

Fotos:Reprodução Mídia Ninja

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